Maria Esther Bueno, sobre Melo e Soares: “muitas chances de pódio”

Maria Esther Bueno / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro – Aos 76 anos, Maria Esther Bueno ainda é imbatível quando o assunto é a história do tênis feminino. Dona de 19 títulos de Grand Slams (sete na categoria simples, 11 em duplas femininas e um em duplas mistas), a brasileira ainda tem seu nome no Livro dos Recordes por ter vencido a final do US Open, em 1964, em apenas 19 minutos.
 
A maior da história nacional na modalidade será lembrada no revezamento da tocha olímpica e terá a chance de conduzir a chama, que passará por 329 cidades entre 5 de maio e 5 de agosto, data da abertura oficial dos Jogos Rio 2016. “É fantástico, uma chance única que eu recebi”, relata.
 
Maria Esther, porém, quando o assunto é o desempenho dos brasileiros, prefere ser cautelosa. “Acho que a chance dos brasileiros já estarem competindo com os melhores atletas do mundo já é uma vitória. É difícil a gente falar em expectativas quando se trata dos melhores do mundo, todos com muita gana. Então o que eu posso dizer é que vai ser uma experiência única, fantástica para os brasileiros”, afirma.
 
Por outro lado, a ex-tenista sabe que o Brasil não é peixe pequeno no torneio de duplas masculinas. Com o conjunto Marcelo Melo e Bruno Soares entre os melhores do mundo, Maria Esther reconhece que a chance de medalha olímpica existe e é grande.
 
“Eles têm muitas chances de medalha, porque a gente tem o Marcelo Melo que é atualmente o número 1, e o Bruno que ganhou três Grand Slams, então pelas credenciais eles devem fazer muito bonito, é o que todos esperam. E jogar em casa ajuda muito, o público aqui é muito fiel, incentiva bastante, acho que só ajuda”, analisa.
 
Questionada pelo EA sobre ter sido um caso isolado no tênis feminino do Brasil, Maria Esther rechaçou que isso deva ser cobrado das novas atletas.
 
“Eu acho que é uma coisa única. Não pode comparar. Foi uma coisa que eu consegui, e não deve passar essa pressão para os outros jogadores. Em todo país é assim, aparece um, quem sabe aparece outro, eu acho que aqui, o Brasil tão grande, com tantos talentos, possivelmente um dia ainda aparece alguém”, espera.
 
Maria Esther Bueno, além de participar do revezamento da tocha olímpica, estampará o nome da quadra central do Centro Olímpico de Tênis, dentro do Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
 
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