Campeões mundiais comentam sobre a expectativa para o Rio 2016

Japonesa Mayu Hamada (de azul) em ação / Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br

Rio de Janeiro - Em 2015, eles tiveram muitos motivos para comemorar. Dmitriy Shokin, do Uzbequistão, e Mayu Hamada, do Japão, deixaram a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, no mês de maio, como campeões mundiais de taekwondo. O atleta de 23 anos ainda conquistou cinco torneios Open da modalidade e duas etapas do Grand Prix, além da Universíade em Gwangju (Coreia do Sul), no ano passado. Agora os lutadores querem completar a lista de títulos com um pódio olímpico no Brasil.
“Gostaria de agradecer ao Rio de Janeiro por organizar essa maravilhosa competição. Estou muito feliz com a vitória. Vou tentar mostrar o mesmo resultado nos Jogos Olímpicos”, avisou Shokin após sagrar-se campeão da categoria +80kg durante o evento-teste de taekwondo, no Rio de Janeiro, no último domingo (21.02).
 
Primeiro campeão mundial da história do Uzbequistão na modalidade, título conquistado após vitória sobre o cubano Robelis Despaigne em Chelyabinsk, Shokin é hoje o segundo colocado no ranking olímpico, com 384.74 pontos, atrás apenas do iraniano Mahdi Khodabakhshi (397.78 pontos), que não disputou o evento-teste no Brasil.
No torneio na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, Shokin faturou o ouro após derrotar o norte-americano Jonathan Healy na final por 4 x 3. O uzbeque, já classificado para as Olimpíadas, aprovou a estrutura. “Acho que tudo está legal e confortável para competir”, resumiu.
 
A japonesa Mayu Hamada também tem vaga garantida nos Jogos. “Aqui eu consegui captar esse clima de como é uma competição internacional no Rio de Janeiro. Consegui conhecer a instalação, então foi uma experiência positiva” , afirmou a lutadora, de 22 anos, que figura hoje em quinto lugar no ranking olímpico da categoria -57kg, com 268.48 pontos. “Gostei porque o espaço de competição é próximo das arquibancadas. Fiquei muito contente com isso”, acrescentou.
 
Na decisão, a japonesa enfrentou Yu Chuang Chen, de Taipé, e a luta terminou em 0 x 0 após os três rounds, sendo decidida a favor da japonesa no Golden Point. “Apesar de ser campeã mundial, sei que o nível das Olimpíadas é muito difícil. Estou trabalhando para conseguir o máximo possível. Espero conquistar o ouro”, comentou Mayu, que disputou os Jogos Olímpicos de Londres 2012 e terminou em quinto lugar após perder na disputa do bronze para a francesa Marlene Harnois. A asiática tinha, então, apenas 18 anos.
 
Em 2010, quando ainda era considerada uma promessa somente para a edição olímpica de 2016, Mayu conquistou a medalha de bronze no Mundial Júnior e atraiu mais atenção. A classificação para os Jogos de Londres foi garantida após o terceiro lugar nas eliminatória asiática, disputada na Tailândia, em novembro de 2011.
 
Todos os títulos não teriam aparecido caso a japonesa não tivesse seguido os passos do irmão mais velho, que já lutava taekwondo. O sonho da menina, quando criança, era pilotar barcos de corrida. Seu pai, contudo, a aconselhou a se dedicar à arte marcial enquanto jovem e deixar a outra carreira para quando não pudesse mais lutar. Hoje ela nem pensa mais em mudar de ramo. “Estou no taekwondo desde a primeira série, então é a minha prioridade”, definiu.
 
 

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