Vice-mundial Aline Silva faz vaquinha para ter marido nos treinos

Aline Silva espera arrecadar R$ 18 mil / Foto: Flávio Perez / Divulgação

Rio de Janeiro – Maior nome da luta olímpica do Brasil, Aline Silva trava uma batalha pessoal que parece ser tão difícil quanto as que disputa dentro do tatame. Já assegurada para as Olimpíadas do Rio, em 2016, ela busca agora arrecadar dinheiro suficiente para bancar seus treinamentos.
 
Para isso, Aline iniciou no site Kickante uma vaquinha, na qual espera conseguir R$ 18 mil. Esse valor é o necessário para que o marido da atleta, o professor de educação física e lutador Flávio Ramos, acompanhe sua mulher nas viagens e nos treinos.
 
Flávio é o “saco de pancadas” oficial da lutadora. É ele que é jogado no chão, carregado nos ombros e empurrado pela vice-campeã mundial nos treinamentos diários. Foi assim que ela se destacou na modalidade, tendo conquistado o segundo lugar no Mundial de 2014 e um quinto lugar neste ano, em Las Vegas – resultado que deu a vaga olímpica.
 
"Nada é muito fácil na vida de atleta. Para Las Vegas tive que bancar a ida dele comigo, emprestei dinheiro para pagar as passagens", conta Aline ao jornal Folha de S. Paulo. Os resultados como atleta ainda não lhe garantiram um patrocinador pessoal. A ajuda que recebe vem dos programas de bolsa-atleta do governo federal, além das Forças Armadas e do clube do qual é contratada até o fim de 2016.
 
Aline conta que a ausência do marido no Pan de Toronto foi decisiva. "Me prejudiquei bastante sem ele no Pan [foi bronze]. E esse um mês que ele ficou comigo já fez diferença em Las Vegas. Por isso quero passar Natal e Ano Novo treinando direto para começar bem as competições em 2016. Mas para isso preciso do dinheiro", conclui.
 
A Confederação Brasileira de Wrestling (CBW) afirma que não é possível bancar as viagens de Flávio, pois o marido de Aline não faz parte do quadro de funcionários da entidade. Ele tem apenas permissão para acompanhar a atleta nas viagens e treiná-la para as competições, como sparring oficial.
 
Ano que vem, no Azerbaijão, Aline tem sua primeira competição do ano. Está preocupada que, com a alta do dólar, precise gastar todo o dinheiro arrecadado. Seu marido, que agora se dedica exclusivamente aos treinamentos da lutadora, recebe apenas uma ajuda financeira, no valor de R$ 1 mi, do Sesi.
 
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