Onça morta após revezamento da tocha causa comoção mundial
Rio de Janeiro - O abatimento da onça-pintada Juma, durante passagem da tocha olímpica por Manaus, não comoveu apenas brasileiros. O ocorrido ganhou as manchetes dos principais sites do mundo depois que o Comitê Organizador da Rio 2016 assumiu parte da culpa no caso.
Agências de notícias como Reuters, Fox Sports, La Vanguardia, e sites como o do tablóide TMZ e do jornal Los Angeles Times, repercutiram a morte de Juma.
A Reuters deu que "uma onça amarela e sorridente é a mascote do time olímpico brasileiro", para logo depois mencionar que a espécie está em extinção. O mascote em questão é Ginga, da delegação brasileira na Rio 2016, fato também lembrado pela Fox Sports dos EUA e pelo TMZ.
O LA Times destacou ainda o fato de o Exército Brasileiro não ter autorização do Ibama para ter exibido a onça, acorrentada, durante o revezamento da tocha olímpica em Manaus.
No fim da tarde de ontem, o Comitê Rio 2016 lançou nota admitindo culpa pelo ocorrido. “Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre os povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores”, publicou o Comitê, no Facebook.
“Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha. Garantimos que não veremos mais situações assim nos Jogos Rio 2016”, conclui a nota.
A onça Juma foi morta logo após aparecer no revezamento da tocha. O animal, depois de aparecer acorrentado para fotos durante a passagem da chama, tentou fugir e foi alvejada por tranquilizadores. O efeito, porém, não a fez parar de correr, e soldados a abateram com um tiro.
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