Hortência não sente falta de jogar e vê medalha do filho em 10 anos

João Victor Marcari Oliva, filho de Hortência e cavaleiro da seleção brasileira / Foto: Reprodução / Instagram

Rio de Janeiro – A ex-jogadora de basquete Hortência, que hoje vive a iminência da estreia de seu filho, o cavaleiro João Victor Marcari, em Olimpíadas, garantiu que não sente saudades das quadras. Campeã mundial pela seleção brasileira em 1994, ela diz que sente falta apenas das vitórias, e dos momentos em que subia no pódio para ouvir o hino nacional.
 
“Eu sou uma pessoa que me realizei totalmente na profissão. Não sinto saudades. Gosto de reencontrar as meninas (campeãs mundiais em 1994) e relembrar coisas bacanas da nossa história. Torço para o meu filho sentir essa emoção de estar em uma Olimpíada. Sentir saudades eu não sinto. O que eu sinto falta é só de um sentimento, aquele de você subir no pódio, receber uma medalha, ouvir o hino do seu país tocar, essa satisfação é a única que sinto falta. De resto, eu me realizo vendo o meu filho competir”, afirma, ao GloboEsporte.Com.
 
Hortência diz que fica feliz de ver João Victor no lugar onde ele sempre sonhou, e que não gostaria de vê-lo jogando basquete, os as cobranças são muito grandes, segundo ela. “Ele nasceu no meio dos cavalos, nasceu no haras praticamente. Viveu aquilo tudo, aprendeu como o cavalo nasce, como cruza, conviveu junto com os animais”, explica.
 
“Fiquei feliz por ele não ter ido para o lado do basquete porque eu acho que seria muito cruel a comparação. Fiquei feliz de ele ter escolhido um esporte diferente, e estou feliz que ele esteja curtindo. Ele ama isso. É a vida dele. Todo o final de semana a gente estava lá”, emendou a ex-atleta.
 
Hortência ainda garante que segue à risca o papel de mãe. “Se tiver que dar bronca, eu dou. Se tiver que chamar atenção, eu chamo. A mãe tem que educar, não é? Por enquanto, acho estou indo bem. Mas temos que ficar atentas o tempo inteiro, conversando sempre. Se eu tiver que pegar no braço e botar de castigo, eu boto. Não bato, mas eu e o pai dele somos muito rígidos quanto à educação dos nossos filhos. E usamos o esporte para educá-los”, conta.
 
Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996 (o melhor resultado do Brasil na história dos Jogos), Hortência sempre dá as cartas quando o tema é Olimpíadas. Afinal, seus números dizem por si: foram 80 pontos em seis jogos em Atlanta 1996 e 94 pontos em cinco partidas em Barcelona 1992.
 
“Ele não fala nada, eu que falo. Mas apesar e eu falar com o João Victor muita coisa, sei que ele vai ter que viver. Não tem como você tirar a prática. Ele tem que viver, errar, acertar, corrigir, não tem jeito. Ele ainda é muito novo, em uma modalidade que exige experiência. Vai ter que passar por isso e é importante ele estar nas Olimpíadas. Vou ficar muito feliz de vê-lo entrar em um desfile de abertura nos Jogos e da sensação que ele vai sentir”, diz a ex-jogadora.
 
Hortência ainda afirma que João Victor não vai à Rio 2016 em busca de medalha. “Ele não vai disputar uma medalha olímpica. Ele não tem chances ainda. No adestramento, ele vai ficar bom daqui uns 10, 15 anos. Ele é muito novo, tem 20 anos. Mas só o fato de ele estar ganhando medalhas na América já e legal. 
 
Geralmente, o campeão do mundo tem 40 anos. O atleta é o cavalo e ele vai precisar de muita experiência”, conclui.
 
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