Ele escapou dos atentados em Paris e agora tenta 3ª Olimpíada

Mikkel Hansen / Foto: Jeff Gross / Getty Images

Rio de Janeiro – Um dos principais nomes da equipe dinamarquesa de handebol, o jogador Mikkel Hansen viveu dias difíceis em novembro do ano passado, quando diversos locais em Paris foram alvos de ataques terroristas, capitaneados pelo Estado Islâmico. A poucos metros do Bataclan, casa de show em que mais de 80 pessoas foram assassinadas, Hansen viu de perto o horror e o medo.
 
As cenas vividas pelo dinamarquês são impossíveis de serem esquecidas, como ele mesmo relata."Eu estava quase ao lado do show, a uns 200 metros. Estava com uns amigos e a polícia nos disse que não podíamos sair de casa a noite toda. É difícil entender e explicar essas coisas. E, quando você está ao lado disso tudo e vê as reações dos envolvidos, é ainda mais duro", descreveu, ao Mundo Desportivo.
 
Aos 28 anos, o atleta vive em Paris desde 2012, quando assinou contrato com o PSG. É um dos principais nomes da equipe junto com o francês Nikola Karabatic. Nos dias seguintes aos atentados, tentava lidar com a dor e o choque mostrado pelos parisienses nas ruas da capital francesa.
 
"É duro para todo mundo ver como há pessoas que fazem coisas assim. É difícil de entender e explicar. Muitos perderam amigos e familiares, e isso é muito duro", disse Hansen, que tenta focar agora no calendário de 2016.
 
O jogador tem pela frente o Campeonato Europeu, ainda em janeiro, e busca ainda uma vaga para os Jogos Olímpicos Rio 2016, o que seria sua terceira participação olímpica. Em Pequim 2008 e Londres 2012, a medalha escapou.
 
O melhor jogador de handebol do mundo, eleito em 2011, terá sua vaga olímpica garantida se a Dinamarca se sagrar campeã do Europeu, que será sediado na Polônia. Caso perca, um pré-olímpico em abril dará mais uma vaga na chave masculina.
 
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