Ouro e prata em Londres pagaram propina para esconder doping, diz jornal

Lamine Diack posa com Usail Bolt / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro – Sem especificar os nomes dos atletas, o jornal inglês The Sun chocou o mundo do atletismo ao trazer que um medalhista de ouro e um de prata das Olimpíadas de Londres, em 2012, pagaram propina para não serem suspensos por doping no ano anterior e poderem assim estar nos Jogos, na Inglaterra.

O dinheiro, segundo a reportagem, teria sido pago para o então presidente da IAAF (Confederação Internacional de Atletismo), Lamine Diack, detido e liberado após pagamento de fiança na semana passada. O ex-dirigente deixou o cargo após 16 anos, sob fortes acusações de corrupção e recebimento de propinas.

A denúncia engrossa ainda mais o caldo da IAAF que, após reportagem veiculada pela TV alemã ARD, teve sua credibilidade colocada em cheque. Na ocasião, um esquema envolvendo centenas de atletas foi revelado. Nele, eram encobertos casos de dopagem, inclusive de atletas campeões mundiais e olímpicos, entre os anos de 2001 e 2012.

O documentário traz que 99% dos atletas russos estariam envolvidos no esquema da IAAF. Tanto a entidade do atletismo quanto a Wada (Agência Mundial Antidoping) investigam o caso.

Nomes como a da campeã olímpica dos 800m em Londres 2012, Maria Savinova, e da tricampeã da Maratona de Chicago, Lilliya Shobukhova, vieram a tona com as denúncias da ARD. Na semana passada, quatro atletas russos foram suspensos por testarem positivo para substâncias proibidas. Entre eles está a medalhista de bronze na Maratona de Chicago, Maria Knovalova, de 41 anos.

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