Bronze olímpico de Robson Caetano nos 200 m faz 32 anos

Robson Caetano   / Foto: Marcelo Ferrelli/CBAt

São Paulo – A medalha muito especial da velocidade brasileira comemora 32 anos nesta segunda-feira (28/9). Robson Caetano da Silva foi o autor da façanha ao ficar em terceiro lugar na prova dos 200 m (20.04 com vento de 1.7) dos Jogos Olímpicos de Seul-1988, atrás dos norte-americanos Joe DeLoach (19.75) e Carl Lewis (19.79), e à frente do britânico Lindford Christie, um dos favoritos, com 20.09.
 
“Lamento não ser igualado na história olímpica e torço para que aconteça. Tenho a única medalha olímpica individual de velocidade do Brasil. Além de ter sido finalista dos 100 m em Seul-1988. Fiz duas finais olímpicas, em quatro dias de provas”, lembrou Robson.
 
“Na verdade, achava que ficaria com uma das medalhas depois de ter batido o recorde sul-americano dos 100 m, com 10.00. Me sentia preparado e pronto para ela. Fiz uma final dos 200 m muito tranquila, eu até dei uma bobeada na largada. Sabe quando a vida passa na frente de seus olhos? Pois é, entre o pronto e o tiro de partida dei uma viajada e por um instante desconcentrei, mas eu devo dizer que quando juntei corpo e mente fiz uma prova satisfatória, que poderia ter sido melhor, já poderia ter corrido 19.85 e, infelizmente, corri 20.04, o que foi suficiente para superar os adversários. A sensação de estar no pódio.”
 
Na sua vitoriosa carreira de 22 anos - de 1979 a 2001 -, disputou quatro Olimpíadas, de Los Angeles-1984 até Atlanta-1996. Em Barcelona-1992, ficou bem perto do pódio duas vezes, terminando em quarto lugar nos 200 m e no revezamento 4x400 m. Em Seul, ainda foi quinto colocado nos 100 m, prova que ficou famosa por causa da desclassificação do canadense Ben Johnson por doping.
 
Robson tem entre muitas outras conquistas duas medalhas de bronze olímpicas: nos 200 m, nos Jogos de Seul-1988, e no revezamento 4x100 m, nos Jogos de Atlanta-1996.
 
O velocista comemorou 56 anos no dia 4 de setembro. Ele fez história no atletismo brasileiro, com dezenas de conquistas importantes. A consistência nos resultados de Robson foi impressionante. Durante 10 temporadas, de 1985 a 1994, esteve entre os oito melhores do mundo nos 200 m. Outro exemplo importante: é recordista sul-americano dos 100 m, com 10.00 (1.6), desde o dia 22 de julho de 1988, marca obtida no Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, na Cidade do México.
 
Símbolo de uma geração, Robson tem entre as suas conquistas o tricampeonato dos 200 m na antiga Copa do Mundo – Camberra-1987, Barcelona-1989 e Havana-1992, além de integrar os revezamentos 4x100 m ganhadores de prata em Camberra e Havana. Ganhou o bronze no Mundial Indoor de Indianápolis-1987 e quatro medalhas em Jogos Pan-Americanos: ouro nos 100 m e nos 200 m em Havana-1991, prata nos 200 m em Indianápolis-1987 e bronze com o 4x100 m em Caracas-1983, quando tinha apenas 19 anos.
 
Nascido na comunidade de Nova Holanda, na zona norte do Rio de Janeiro, Robson, que queria ser jogador de futebol, se encontrou no atletismo e foi revelado pelo Pentatlo Nacional, programa patrocinado pela Coca-Cola no início da década de 1980. Primeiro descobriu o salto em distância, orientado pela professora Sonia Risseti, no Botafogo. Os bons tempos nos 100 m e 200 m, no entanto, o levaram para as pistas.
 
“Ser DJ, jornalista, ator, diretor, profissional de educação física é uma forma de ter opções de manter minha cabeça, meu corpo e espírito em movimento”, disse Robson, que orienta exercícios para várias pessoas na praia e é adepto do voo livre e paraquedismo. “Eu me defino como um educador, que de forma amável leva às pessoas confiança para alcançarem objetivos. Eu aprendi com o tempo que estamos aqui para ensinar e aprender e isso é muito importante.”
 
Em 2020, ele é candidato à vice-presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB) na chapa encabeçada por Helio Cardoso, presidente da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno.
 
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