Doping mancha campanha do Quênia, líder geral no mundial

Joyce Zakari, pega no doping após obter melhor resultado da vida nos 400m em Pequim / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro – Líder no ranking de medalhas do Mundial de atletismo em Pequim, o Quênia teve sua campanha manchada nesta quarta-feira, com o anúncio dos dois primeiros casos de doping da competição. Joyce Zakari e Koki Manunga foram pegas em testes feitos no hotel da delegação queniana. 
 
As atletas estão provisoriamente suspensas e a IAAF (Federação Internacional de Atletismo) não deu mais detalhes sobre as investigações, que deve correr em sigilo até o fim. 
 
Zakari já havia despertado suspeitas por ter corrido os 400m feminino 33 centésimos abaixo de sua melhor marca da carreira (a atleta fez 50s71) e do recorde nacional do Quênia. O resultado, conquistado nas eliminatórias, não pode ser repetido nas semifinais, porque ela não apareceu para competir. 
 
Manunga, por sua vez, cravou 58s96 na fase classificatória dos 400m com barreira, ficando na sexta posição de sua série e em 35º lugar geral, fora da semifinal. 
 
Os novos escândalos corroboram com a reportagem publicada pela emissora alemã ARD e pelo jornal britânico “Sunday Times”, no início do mês, que dá conta de um enorme esquema de acobertamento de casos de doping pela IAAF. A matéria traz que, entre 2001 e 2012, mais de 100 medalhistas olímpicos e mundiais teriam apresentado amostras sanguíneas adulteradas – 18 deles do Quênia.
 
 
 

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