Musas argentinas derrubam técnico e compram briga

Leonas vibram com gol na Liga Mundial, em Londres, 2013 / Foto: Charlie Crowhurst / Getty Images

Rio de Janeiro - Se aqui no Brasil a seleção feminina de hóquei na grama luta para se classificar para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, na Argentina, as "leonas", como são chamadas as jogadoras, estão promovendo uma verdadeira revolução na seleção principal. 

Conhecida mundialmente pelo sucesso nas campanhas internacionais e pela beleza de suas jogadoras, as argentinas conseguiram agora derrubar o técnico e inclusive sugerir possíveis novos nomes para o posto de dirigente. 

A Confederação Argentina de Hóquei (CAH), entretanto, não aceitou as proposições de imediato. Quatro jogadoras abandonaram a seleção logo após a saída de Rosario Luchetti, um dos principais nomes da nova geração. "Hoje não estão cuidando dos valores com os quais fomos formadas", disseram. 

O papel das leonas tem força pelo histórico que carregam. Foram campeãs mundiais em 2002 e 2010 e possuem quatro medalhas olímpicas (duas de prata e duas de bronze), além de seis títulos Pan-Americanos consecutivos, de 1987 a 2007. 

Diante da pressão, Aníbal Fernández, presidente da CAH e senador da Argentina, teve que atender às reivindicações das leonas. A primeira medida: tirar Carlos "Chapa" Retegui do comando da seleção, demanda antiga das jogadoras. 

"Nós cometemos o equívoco de aceita-lo novamente porque faltava pouco tempo para o Mundial de Haya (em junho). Erramos ao imaginar que depois de um ano e meio muita coisa teria passado e daria certo, mas no Mundial vimos que a relação já estava quebrada", afirmou Luciana Aumar, principal jogadora da seleção atualmente que, mesmo sem saber se irá se aposentar, foi cogitada como técnica. 

Ao não aceitar a posição, Luciana passou o cargo para Santiago Capurro e a CAH aguarda agora decidir o chefe da comissão técnica. As jogadoras indicaram três nomes e se refutam a aceitar outra opção.

 

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