Ginástica brasileira encerra ciclo olímpico marcado por conquistas históricas

Medalhas, participação das três modalidades olímpicas no Rio de Janeiro e envolvimento das novas gerações com o esporte fizeram de 2016 um ano inesquecível / Foto: Ricardo Bufolin/CBG

São Paulo - Um ano que ficará marcado para sempre na história do esporte brasileiro e, em especial, da ginástica. Em 2016, a concretização da tão sonhada edição dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. O Brasil e o Mundo respiraram esporte.
 
As três modalidades olímpicas da ginástica estiveram presentes e brilharam, coroando o forte trabalho realizado há anos. Na ginástica artística masculina, três medalhas. A Rio 2016, com certeza, encerrou com chave de ouro um ciclo vitorioso e inesquecível.
 
O público foi fantástico na Rio 2016. Torceu, gritou e vibrou, deixando até os estrangeiros emocionados com tanto carinho. Na ginástica artística, rítmica e de trampolim, a Arena Olímpica, palco das modalidades, ficou lotada em todas as competições. Os brasileiros, definitivamente, passaram a amar a ginástica. Muitos, inclusive, apontam as Olimpíadas do Brasil como uma das melhores de todos os tempos. Pelo menos no quesito animação e envolvimento, não há dúvida que esses dias ficarão para sempre no coração.
 
Antes de chegar aos dias de glória no Rio de Janeiro, 2016 teve início com uma intensa agenda de preparação. No primeiro compromisso do ano da ginástica artística masculina, Arthur Nory Mariano participou da Copa do Mundo da Escócia e garantiu a prata no individual geral. Por equipe, a Seleção levou o bronze no DTB-Pokal Team Challenge, na Alemanha. Na Copa do Mundo do Qatar, mais quatro medalhas. Diego Hypolito levou o ouro no solo e o bronze no salto, Rebeca Andrade ficou com a prata nas barras assimétricas e Thauany Araújo foi prata na trave. 
 
Pelo feminino, Daniele Hypolito e Flávia Saraiva conquistaram quatro medalhas na Copa do Mundo do Azerbaijão. Logo depois, a Seleção Feminina brilhou novamente no tradicional Trofeo Cittá di Jesolo, na Itália. As brasileiras conquistaram a prata por equipe e estiveram em várias finais por aparelhos.
 
Já a Seleção de Conjunto de Ginástica Rítmica foi uma das finalistas da Copa do Mundo de Portugal. Na sequência, no Internationaux de Thiais, na França, competição apenas para países convidados, Natália Gaudio, do individual, atingiu o objetivo de aumentar a pontuação em eventos internacionais. A brasileira garantiu 65,300 pontos no individual geral, grande evolução em relação ao Mundial da Alemanha, em 2015, quando a ginasta somou 46,766.
 
Pela ginástica aeróbica, o Brasil foi um dos participantes do Aquae World Cup e do Aquae Open Cup International, na França. As competições foram para ginastas das categorias juvenil e adulta.
 
O mês de abril começou com mais uma Copa do Mundo de Ginástica Artística, desta vez na Alemanha. Diego Hypolito conquistou o ouro no solo e Henrique Flores a prata nas argolas. Pela ginástica rítmica, o Brasil, mais uma vez, mostrou evolução durante a Copa do Mundo da Itália. No conjunto, as brasileiras foram finalistas nas cinco fitas. Natália Gaudio também conquistou boas notas e seguiu em crescimento nas competições internacionais.
 
No evento-teste, os brasileiros tiveram um ‘aquecimento’ para os Jogos Olímpicos. Durante quase dez dias de competições, ginastas de várias partes do mundo se reuniram para as apresentações de artística, rítmica e de trampolim. O Brasil contou com representantes nas três modalidades. 
 
A ginástica artística feminina precisava ficar entre as quatro melhores para conquistar a vaga por equipe. O grupo do País, liderado pelas experientes Daniele Hypolito e Jade Barbosa, não somente conquistou um lugar na maior competição esportiva do planeta como foi o grande campeão. Com o feito, pela primeira vez na história, o Brasil foi com duas equipes completas para uma edição dos Jogos Olímpicos - o masculino já havia garantido vaga pelo desempenho no Mundial da Escócia, em 2015.
 
Nas finais por aparelhos vieram mais quatro medalhas. Rebeca Andrade conquistou o bronze nas barras assimétricas. Nas argolas, Arthur Zanetti manteve a rotina de pódios no aparelho e levou o ouro. Já na trave, quem encantou a torcida e a arbitragem foi Flávia Saraiva. Em uma apresentação segura, a jovem ficou com a prata. Para fechar a participação brasileira veio o solo. Última a se apresentar no aparelho, Flávia levantou a torcida e conquistou a primeira colocação. 
 
Representante brasileiro da ginástica de trampolim nos Jogos Olímpicos, Rafael Andrade foi um dos participantes do evento-teste da modalidade. O goiano aprovou o desempenho na competição, que foi positiva como forma de preparação para o principal compromisso do ciclo.
 
Ainda no evento-teste, Natália Gaudio, da Seleção Individual de Ginástica Rítmica, com o samba bem brasileiro na fita, conquistou a maior nota da carreira até então no aparelho (16,466 pontos) e ocupou a 17ª colocação no geral. A Seleção de Conjunto estreou a série de cinco fitas ao som de Aquarela do Brasil, interpretada por Ivete Sangalo. No geral, o grupo ocupou a quinta colocação. Para as ginastas, a experiência foi única por estar em uma competição tão grande, na arena oficial e com a presença da torcida, sempre calorosa. Uma prévia do que encontrariam nos Jogos Olímpicos.
 
Em maio, a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Luciene Resende, integrante do Conselho da Federação Internacional de Ginástica (FIG), participou da reunião anual da entidade. O encontro com os dirigentes foi realizado na Tailândia e teve como objetivo aprovar e dar conhecimento às novas regras para o próximo ciclo olímpico, que abrange os anos de 2017 a 2020. Luciene ocupa no Conselho da FIG uma posição muito importante e de grande representatividade para a modalidade. 
 
Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil foi palco de uma Copa do Mundo de Ginástica Artística. Com saldo positivo para os atletas, a etapa de São Paulo foi um sucesso dentro e fora da quadra. Entusiasmado com a performance, principalmente dos brasileiros e de alguns estrangeiros que entraram no clima, o público conferiu uma competição de alto nível técnico e também de organização. Para o Brasil, não poderia haver saldo melhor. Os atletas nacionais estiveram em todas as finais e conquistaram medalhas em todos os aparelhos. No total foram 13, sendo seis de ouro, quatro de prata e três de bronze. 
 
Fora do Brasil, a Seleção de Conjunto teve pela frente uma ‘maratona’ de desafios. Em três Copas do Mundo, as brasileiras seguiram mostrando o crescimento da modalidade no País. Na etapa da Bielorrússia, o conjunto participou das finais das cinco fitas e de arco e maças, aumentou a pontuação e ficou em sexto lugar nas duas provas. De lá, seguiram para a Bulgária e depois para a Espanha, quando fizeram história. Pelo individual, Natália Gaudio garantiu a maior nota da carreira em eventos internacionais (16,800 na fita), superando a marca do evento-teste. Já a Seleção de Conjunto recebeu a maior pontuação da equipe neste ciclo olímpico (17,150 no arco e maças) e ainda se classificou para as finais por aparelhos.
 
Em junho, a ginástica aeróbica brasileira teve um balanço positivo da participação no Mundial por Idades, na Coreia do Sul, especialmente pelo ganho de experiência. No Mundial Adulto, também na Coreia do Sul, o grupo de aerodance, que representou o Brasil pela primeira vez na competição, conquistou o oitavo lugar. Antes disso, os brasileiros da modalidade já haviam brilhando na Copa do Mundo de Portugal.
 
Pelo trampolim, a Seleção participou da Copa do Mundo da Itália, com Camilla Lopes, Rafael Andrade e Ramirez Pala. Logo depois, na etapa da Suíça, Rafael e Ramirez foram os oitavos colocados no trampolim sincronizado.
 
Em mais uma Copa do Mundo de Ginástica Artística, desta vez em Portugal, os brasileiros conquistaram cinco medalhas. Pelo masculino, Sérgio Sasaki foi prata no salto. Já entre as meninas, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade foram os grandes destaques. A dupla garantiu as primeiras colocações na trave e no solo com excelentes notas. Flávia foi a campeã nos dois aparelhos, enquanto Rebeca ficou com a prata em ambos.
 
Com o objetivo de fomentar ainda mais a ginástica no Amazonas e revelar talentos, Manaus (AM) recebeu um novo centro de treinamento. O Centro de Ginástica do Amazonas 'Bianca Maia Mendonça' está localizado na Vila Olímpica de Manaus e pode receber competições locais, nacionais e internacionais, além de servir para preparação e aprimoramento das ginastas por meio de treinamento e intercâmbios. Antes mesmo da inauguração oficial, o centro recebeu o Brasileiro e a Copa Brasil de Conjuntos Pré-Infantil e Infantil de Ginástica Rítmica, com cerca de 80 atletas participantes.
 
Em julho, seguindo o ritmo forte de preparação para os Jogos Olímpicos, a Seleção de Conjunto de Ginástica Rítmica esteve em duas finais do Berlim Master. Nas cinco fitas, as brasileiras ficaram à frente da Ucrânia. Depois da Alemanha, embarcaram para a Copa do Mundo da Rússia. No conjunto geral, o Brasil somou mais do que o Uzbequistão, um dos destaques da ginástica rítmica mundial.
 
Pelo trampolim, Rafael Andrade se despediu das competições preparatórias para os Jogos Olímpicos. Na Copa do Mundo de Portugal, o brasileiro foi um dos participantes, ao lado de Ramirez Pala e Camilla Gomes. Todas as competições que o brasileiro participou ao longo do ano serviram para que o atleta ganhasse mais confiança e melhorasse a execução dos saltos em ambas as séries, a obrigatória e a livre, de olho na Rio 2016.
 
Já os jovens talentos da ginástica artística masculina e feminina, rítmica e aeróbica, de 15 a 17 anos, participaram da Gymnasíade, realizada na Turquia. Os brasileiros conquistaram várias medalhas.
 
No Brasil, Ouro Preto (MG) recebeu o Brasileiro de Ginástica de Trampolim por Idades, com provas de trampolim, trampolim sincronizado, duplo-mini trampolim e tumbling. A competição foi muito importante, pois mostrou um pouco do crescimento do nível da modalidade no País, principalmente entre os mais novos.
 
Todos esses momentos antecederam as maiores conquistas do ano. No dia 5 de agosto, antes mesmo de entrarem na Arena Olímpica do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos, os brasileiros já haviam feito história, já que, pela primeira vez, o País contou com as duas equipes completas de ginástica artística na maior competição esportiva do Mundo. No masculino, os convocados foram Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior e Sérgio Sasaki. Pelo feminino, Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade foram as representantes.
 
Um misto de emoções marcou as apresentações da modalidade. Lágrimas de alegria, de superação, sorrisos e abraços. Três brasileiros saíram da Arena Olímpica com medalha no peito. Os que não subiram ao pódio também fizeram história. Nas arquibancadas, uma torcida que aprendeu a admirar ainda mais a beleza da modalidade. Um verdadeiro legado para as próximas gerações, que viu de perto novos ídolos do esporte. Para as comissões técnicas, a certeza de que a ginástica está no caminho certo.
 
A ginástica artística masculina chegou ao Rio de Janeiro com uma medalha em Jogos Olímpicos: o ouro de Arthur Zanetti em Londres 2012. Saiu da capital fluminense com mais três. Diego, de 30 anos e na terceira Olimpíada, superou as frustrações de Pequim 2008 e Londres 2012 e chegou mais forte na Rio 2016. Em casa, brilhou e saiu ainda mais consagrado com a prata no solo. Nory, com apenas 22, surpreendeu. Após a classificação, foi para o 'tudo ou nada', dificultou a série e levou o bronze. A dobradinha brasileira no pódio emocionou a dupla de ginastas e toda a Arena Olímpica. Sob aplausos e gritos, Diego e Nory desfilaram como verdadeiros campeões. Zanetti coroou um ciclo vitorioso com mais uma medalha. Após ter conquistado os maiores títulos da carreira de um atleta, veio a prata, tão especial por ser em casa, com a família por perto. 
 
Já Sasaki poderia ter a palavra redenção no nome. Duas lesões tiraram o ginasta das competições por mais um de ano, mas ele voltou ainda mais forte. A nona colocação no individual geral, a melhor do Brasil até aqui, comprovou a determinação do atleta. O iluminado Francisco foi o primeiro brasileiro a garantir vaga na final de barra fixa. Entrou determinado, fez uma série limpa e ficou em quinto, à frente até do campeão em Londres 2012, o 'holandês voador' Epke Zonderland. Por equipe, o Brasil estreou em uma edição olímpica, avançou à final e ficou em sexto. O resultado é ainda mais importante se comparado ao do ciclo anterior, quando o País era o 13º. 
 
No feminino, mais destaques. Com um grupo mesclado de experiência e juventude, o Brasil brilhou. Por equipe, o País ficou com a oitava colocação, igualando o feito de Pequim 2008, com uma equipe jovem, talentosa e que tem muito pela frente. No individual geral, Rebeca, estreante em Jogos Olímpicos, ficou em 11º, com prova de salto elogiada até pela norte-americana Simone Biles, dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze na Rio 2016. Flávia ficou consagrada, definitivamente, como o xodó da torcida. A carismática de 1,38cm foi uma das mais assediadas e sagrou-se a quinta melhor do mundo na trave, igualando o feito de Daiane dos Santos no solo em Atenas 2004 como a melhor colocação de uma brasileira em Jogos Olímpicos. Daniele se emocionou ao anunciar que essa seria a quinta e última Olimpíada da carreira. Depois de tudo o que fez como ginasta, agora é a hora de se dedicar a outros projetos. 
 
Depois das apresentações da artística foi a vez do trampolim, quando, pela primeira vez, o Brasil contou com um representante. Rafael Andrade, de 30 anos, dono da prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011, entrou para a história ao fazer a estreia do País na modalidade. As provas de trampolim deixaram a Arena Olímpica lotada. Trazer as pessoas para perto de um esporte relativamente novo em Jogos Olímpicos - faz parte do calendário desde Sidney 2000 - foi uma de importância única. 
 
Na sequência, foi a vez da Arena Olímpica receber os atletas para o gala da ginástica. A torcida compareceu mais uma vez e aplaudiu com entusiasmo. Com a presença dos maiores campeões, entre eles Zanetti, Diego e Flávia, as apresentações contaram também com brasileiros da ginástica aeróbica e da ginástica para todos. Sem a pressão da competição, todos estavam bastante descontraídos.
 
Para fechar a programação da ginástica na Rio 2016, veio a rítmica. Primeiro, com o individual e a doçura de Natália Gaudio, que tinha como maior objetivo inspirar meninas a sonharem mais alto. Para a ginasta, essa foi a maior medalha que ela poderia conquistar por ser a representante brasileira da ginástica rítmica individual nos Jogos Olímpicos. Na classificatória, a torcida deixou a capixaba emocionada. Fazer com que o público se envolva ainda mais com o esporte é um dos maiores legados que uma Olimpíada em casa pode deixar. Natália não ficou entre as dez finalistas para a final do individual geral, mas isso não foi o mais importante. A meta era sair feliz e isso a ginasta conseguiu com louvor. Não somente ficou satisfeita, como foi ovacionada pela torcida. A sensação por ter chegado na Olimpíada fez com que valesse a pena todo o esforço.
 
Para o conjunto, a técnica Camila Ferezin convocou Emanuelle Lima, Francielly Machado, Gabrielle Moraes, Jéssica Maier e Morgana Gmach, todas estreantes em Jogos Olímpicos. Quando deixaram a Arena Olímpica, a sensação era a de dever cumprido. Afinal, as brasileiras tinham acabado de garantir um resultado importante para a modalidade no País. Na elite, agora entre as dez melhores do Mundo, a equipe superou potências da ginástica. Toda a dedicação e persistência estão rendendo bons resultados. Durante a classificatória, a Seleção apostou em duas músicas totalmente brasileiras. Na primeira série, a de cinco fitas, a coreografia foi embalada por Aquarela do Brasil, interpretada por Ivete Sangalo. Segundo país a se apresentar, a equipe ficou um pouco ansiosa e teve algumas falhas. Já no arco e maças, as ginastas se superaram. Persistiram, acertaram e levantaram a torcida ao som de ritmos genuinamente brasileiros, com destaque para Tico-Tico no Fubá e Brasileirinho. Entraram no tablado com o objetivo de cravar a série e conseguiram. A técnica Camila não se conteve de emoção. A torcida aplaudiu com fervor. No geral, o Brasil ficou em nono, como primeiro reserva na final. A diferença foi pequena em relação a Ucrânia, oitava colocada. 
 
Passados os Jogos Olímpicos, em setembro foi a vez dos jovens talentos da ginástica artística participarem do Brasileiro Caixa Juvenil, em Belo Horizonte (MG). A competição foi seguida pelo Brasileiro e Torneio Nacional de Ginástica Aeróbica, também na capital mineira, para atletas das categorias infantil, infantojuvenil, juvenil e adulta. 
 
Na Bolívia, quem brilhou foram as Seleções Juvenil e Adulta de Ginástica Artística nos Pan-Americanos das duas categorias. Os brasileiros conquistaram 15 medalhas. 
 
Em outubro, o Brasil subiu em todos os pódios do Sul-Americano de Ginástica Rítmica, na Colômbia. Ao todo, foram 39 medalhas, conquistadas por todas as categorias, do pré-infantil ao adulto. Natália Gaudio, representante da ginástica rítmica brasileira nos Jogos Olímpicos, garantiu todos os ouros da categoria e sagrou-se pentacampeã sul-americana.
 
Durante o mês foram realizadas várias competições nacionais. As primeiras foram o Brasileiro e o Torneio Nacional de Ginástica Acrobática, em São Bernardo do Campo (SP), que reuniram, aproximadamente, 130 ginastas, das categorias pré-infantil, infantil, juvenil, intermediária e adulta. Já pela artística, o Brasileiro Infantil, em Belém (PA), contou com cerca de 100 jovens atletas. Pelo trampolim, mais campeonatos importantes. O Brasileiro Elite e Júnior, principal evento da modalidade no Brasil, e o Torneio Nacional, foram realizados em Minas Gerais, um dos Estados com maior número de praticantes no País. As provas foram válidas pelo trampolim, trampolim sincronizado, tumbling e duplo mini-trampolim. 
 
Fora dos ginásios, a ginástica brasileira também está subindo em patamares cada vez mais elevados. Um exemplo disso foi a reeleição da presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Luciene Resende, como integrante do Conselho da Federação Internacional (FIG), durante o Congresso da entidade, realizado no Japão. Luciene recebeu 95 votos dos 113 possíveis e ficará no cargo durante todo o próximo ciclo olímpico, o que comprovou o prestígio internacional da ginástica brasileira. O Brasil ainda estará representado nos comitês técnicos, com Maria Eduarda Poli, da ginástica aeróbica, com Marco Antônio Bortoleto, da ginástica para todos, e com o advogado Rafael Andrade, no Tribunal de Apelação. A nova diretoria da FIG toma posse a partir de 1° de janeiro de 2017. Além de integrante do Conselho da FIG pelo segundo ciclo consecutivo, Luciene é vice-presidente da Região Sul da América da União Pan-Americana de Ginástica (UPAG) por dois ciclos consecutivos.
 
Em novembro, mais competições nacionais. Em São Paulo (SP), o Brasileiro e a I Etapa Caixa de Ginástica Artística levaram o público ao delírio na última competição da modalidade no Brasil em 2016. Já Aracaju (SE) foi palco do Brasileiro, Copa Brasil de Conjuntos e II Etapa Caixa de Ginástica Rítmica, das categorias juvenil e adulta. Natália Gaudio foi o grande nome da competição. Campeã por equipe com a Escola de Campeãs (ES), no individual geral e em todos os aparelhos, a capixaba encerrou na capital sergipana o extenso calendário de competições que fez no ano, sagrando-se pentacampeã brasileira. Para fechar o mês, Florianópolis (SC) recebeu o Brasileiro de Ginástica Rítmica de Conjunto Ilona Peuker. 
 
Internacionalmente vieram outros grandes resultados. No Sul-Americano de Ginástica Artística para as categorias pré-infantil, infantil e juvenil, realizado na Bolívia, o Brasil seguiu em destaque e conquistou várias medalhas. No Peru, a aeróbica participou de duas competições importantes: o Pan-Americano e a Copa Peru. Em ambas, os brasileiros demonstraram muito talento e estiveram presentes em praticamente todos os pódios. Pelo trampolim, no Sul-Americano da Colômbia, o Brasil fez bonito e garantiu 12 medalhas. Na sequência, no Pan-Americano de Trampolim, também em Bogotá, vieram mais 16 medalhas. Ambas as competições foram para atletas do trampolim individual, trampolim sincronizado, duplo-mini trampolim e tumbling, de 11 e 12 anos, de 13 e 14, de 15 e 16 e adulto.
 
No início deste mês foi realizada a Assembleia Eletiva da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que elegeu Luciene Resende por mais uma gestão, que vai de 2017 a 2020. A eleição, realizada em Aracaju (SE), contou com a presença de 23 presidentes das federações estaduais ou seus representantes legais, com o medalhista olímpico e mundial Arthur Zanetti representando a comissão de atletas, e com Márcia Rosa, representante da entidade de prática desportiva ou agremiação Grêmio Náutico União (GNU). A presidente foi reeleita por aclamação.
 
Ainda em dezembro, Luciene Resende, única mulher a presidir uma Confederação Olímpica no Brasil, teve um importante reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional (COI). A presidente recebeu um diploma do COI como forma de reconhecimento ao trabalho de promover o desenvolvimento e a participação de meninas e mulheres no esporte.
 
Após tantas conquistas, Luciene Resende frisou que todos os resultados alcançados ao longo de 2016 são frutos de muito trabalho. "A ginástica brasileira teve um ano excepcional. Todos esses frutos não vieram da noite para o dia. São conquistas após anos de dedicação, persistência e trabalho brilhante dos ginastas, comissões técnicas, equipes multidisciplinares, árbitros e demais profissionais envolvidos. Nos Jogos Olímpicos, o ciclo não poderia ter sido encerrado de maneira melhor, com três medalhas, participação inédita das três modalidades olímpicas, bom desempenho de todos os brasileiros e o enorme reconhecimento que tivemos do público. Esses são sonhos que se tornaram realidade, mas que só foram possíveis com o apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB), do Ministério do Esporte, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e pelas parcerias. Despertar o interesse no público e criar ídolos são os maiores legados que os Jogos Olímpicos em casa poderiam nos deixar. Estamos fechamos o ciclo mais vitorioso de nossa história, com a certeza de que temos potencial para crescer ainda mais nos próximos quatro anos", comemorou Luciene.
 

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