Ginastas comemoram conquista de melhores do ano no Prêmio Brasil Olímpico
São Paulo - O ano de 2016 foi especial para a ginástica brasileira. A modalidade teve sua melhor participação em Jogos Olímpicos, além de outras marcas históricas. Para três atletas, a felicidade ficou completa no início deste ano, por se destacarem também no Prêmio Brasil Olímpico, concedido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Diego Hypolito, da Ginástica Artística, Natália Gaudio, da Rítmica, e Rafael Andrade, do Trampolim, venceram a eleição realizada para definir os melhores esportistas em 43 modalidades. A escolha passou pelas mãos de um júri formado por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte. A honraria será entregue no dia 29 de março, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ).
"É a coroação de todo trabalho feito em 2016, a maior recompensa e reconhecimento. É um incentivo a mais para continuar firme e forte em 2017. Estou muito feliz por esse prêmio, é um honra estar entre os melhores atletas do País", comemorou Natália Gaudio.
A capixaba marcou seu nome na história: há 24 anos, desde Barcelona-1992, o Brasil não tinha uma representante na ginástica rítmica individual em Jogos Olímpicos. Natália não ficou entre as dez finalistas do individual geral, no Rio de Janeiro - terminou em 23° -, mas saiu do tablado ovacionada pela torcida. Antes da Olimpíada, a ginasta conquistou a maior nota da carreira em eventos internacionais, durante a etapa de Portugal da Copa do Mundo - 16.800 pontos na fita.
Pelo trampolim, Rafael Andrade já recebeu a premiação do COB como o melhor na modalidade em 2006. Dez anos depois, com 20 deles dedicados ao esporte, o goiano volta a se destacar. Nunca antes um brasileiro havia se classificado para representar a ginástica de trampolim em uma Olimpíada. Depois de conquistar a vaga inédita, terminou na 15ª colocação, muito comemorada.
"O ano de 2016 foi um marco na história do esporte no Brasil, com a realização de uma Olimpíada aqui pela primeira vez. Foi também a estreia brasileira no trampolim olímpico. Me sinto muito privilegiado por fazer parte desse momento. O prêmio é uma celebração de tudo isso. Acredito que o título de campeão pan-americano no ano passado também tenha feito com que eu fosse escolhido para recebê-lo pela segunda vez", celebrou.
Experiente, Diego Hypolito, bicampeão mundial, trilhou o caminho até o Rio com dois ouros e uma prata no solo em etapas de Copa do Mundo disputadas durante o ano. Na terceira Olimpíada da carreira, superou as quedas de Pequim-2008 e Londres-2012 e brilhou. Em casa, conquistou a primeira medalha olímpica, a prata no solo - uma das três da ginástica artística brasileira na competição, melhor resultado da história.
Atleta da Torcida - Considerado o Oscar do esporte no País, o Prêmio Brasil Olímpico também conta com a categoria "Atleta da Torcida". Essa eleição ainda está em andamento e o resultado será revelado no dia da cerimônia de premiação. Dois atletas da ginástica artística estão entre os concorrentes: Diego Hypolito e Arthur Nory Mariano, bronze no solo.
Aos 23 anos, Nory fez a estreia em Olimpíada e virou 'xodó' dos torcedores. No começo de 2016, o jovem ginasta foi o único representante brasileiro na etapa escocesa da Copa do Mundo de Ginástica Artística e conquistou a medalha de prata no individual geral. Pouco antes dos Jogos do Rio, foi campeão no salto na etapa disputada em casa.
A votação popular, aberta desde 5 de março, está sendo realizada por meio de uma enquete no Facebook, na página, facebook.com/timebrasil, e também no site cob.org.br/pbo. Cada fã pode votar uma vez no atleta preferido e participar da campanha compartilhando a enquete com seus amigos.