Um novo patamar para o esporte brasileiro

Planejamento do COB proporcionou a melhor participação brasileira na história dos Jogos / Foto: Divulgação COB

Rio de Janeiro - O Brasil viveu dias inesquecíveis durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Enquanto o público celebrava nas arenas do Parque Olímpico, nas ruas de suas cidades ou na frente da TV, novos heróis nacionais surgiram em modalidades até então pouco tradicionais ou mesmo desconhecidas dos brasileiros.
 
Os Jogos foram um marco fundamental para o esporte brasileiro, seja pela popularização de esportes pouco conhecidos dos brasileiros, pelo desenvolvimento dessas modalidades através do trabalho inédito de preparação para os Jogos ou pelo surgimento de novos ídolos e exemplos para toda uma geração de jovens amantes do esporte.
 
O planejamento do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e das Confederações Brasileiras Olímpicas, com apoio do Ministério do Esporte e das Forças Armadas, proporcionou a melhor participação brasileira na história dos Jogos, com recorde de medalhas conquistadas. Agora, toda a estrutura de treinamento e conhecimento adquirido estão à disposição do esporte brasileiro, que nunca mais voltará a ser o mesmo após a passagem da Chama Olímpica pelo país.
 
“O legado esportivo de uma edição de Jogos é visto ao longo dos anos seguintes. Os resultados iniciais alcançados neste início de ciclo olímpico mostram a qualidade do trabalho realizado”, afirma o diretor de esportes do COB, Agberto Guimarães. “Seguimos utilizando muito da base realizada para o Rio 2016 para capacitar da melhor forma possível os principais atletas do país com chances de integrarem a delegação brasileira em Tóquio 2020. Hoje temos profissionais capacitados, conhecimento e estrutura para isso”, garante Agberto. 
 
Ainda em 2009 decidiu-se elaborar um Mapa Estratégico para o COB, que ajudou a definir todos os detalhes do planejamento até o Rio 2016. Com a ajuda das Confederações Brasileiras Olímpicas, o COB preparou um guia para o desenvolvimento sustentável de todas as modalidades olímpicas. Em paralelo a isso, enviou equipes a mais de 20 países para visitas a 36 centros de treinamentos, com o objetivo de entender o que os países de ponta no esporte faziam e, assim, adaptar as melhores práticas à nossa realidade. 
 
Um dos pilares da preparação do Time Brasil para os Jogos Rio 2016 foi a preparação técnica, física e mental e a estruturação esportiva das equipes brasileiras, a partir de sete ações básicas: suporte para treinamentos e competições; utilização das Ciências do Esporte; apoio a atletas e aos técnicos brasileiros; disponibilização de serviços médicos e fisioterapêuticos; aquisição de equipamentos esportivos; contratação de técnicos estrangeiros; e monitoramento de resultados internacionais. 
 
A intensa utilização das Ciências do Esporte na preparação da delegação brasileira traz um legado importante para o esporte brasileiro, materializado na construção do Laboratório Olímpico, sob a gestão do COB no CT Time Brasil. Para os Jogos Rio 2016, o COB desenvolveu projetos customizados, em diversas áreas do conhecimento esportivo: Fisiologia (testes de campo e laboratório), Bioquímica, Nutrição, Preparação Mental (Psicologia e Coaching), Meteorologia & Geociência, Cinemática (análise de imagens) e Treinamento Esportivo. Foram acompanhados, em treinamento e competições, aspectos bioquímicos-nutricionais, ajustes necessários à preparação física, prevenção de lesões e ações fisiológicas de recuperação de atletas. Todo esse conhecimento está agora à disposição dos principais atletas do país rumo à Tóquio 2020.
 
Outra ação do COB foi manter e desenvolver o Centro de Treinamento Time Brasil, nas instalações do Parque Aquático Maria Lenk, que foi utilizado nos Jogos Rio 2016. O CT conta, além das piscinas de natação e de saltos ornamentais, com a Sala de Esportes de Combate, Sala de Força e Condicionamento, Sala de Descanso, Sala de Avaliação e o Laboratório Olímpico. Ao lado do Parque Aquático Maria Lenk, na Arena da Barra, funciona o CT de Ginástica Artística, que também integra o CT Time Brasil. Já na fase pré-Jogos, o COB montou bases exclusivas de treinamento para equipes brasileiras, sendo as principais o Centro de Capacitação Física do Exército e a Escola Naval, ambas no Rio de Janeiro.
 
A participação de treinadores qualificados no processo de preparação de atletas e equipes é condição fundamental para o sucesso de uma campanha em competições como Campeonatos Mundiais, Jogos Olímpicos e Jogos Pan-americanos. Por essa razão, a valorização dos treinadores, brasileiros ou estrangeiros, foi um dos pilares estratégicos do COB para o Rio 2016.
 
Durante o ciclo olímpico, cerca de 55 técnicos estrangeiros trabalharam com as equipes brasileiras, através de recursos da Lei Agnelo/Piva, e muitos deles foram responsáveis pelos bons resultados brasileiros nos Jogos. O brasileiro Torben Grael (vela), o espanhol Jesús Morlán (canoagem), a japonesa Yuko Fujii (judô), o croata Ratko Rudic (polo aquático) e o técnico de ginástica artística Alexander Alexandrov (Rússia) foram contratados diretamente pelo COB e cedidos às Confederações, atuando nas equipes olímpicas do Brasil. Todos multi-medalhistas olímpicos e mundiais. Torben, Jesús e Yuko, e vários outros contratados no ciclo passado, seguem à serviço do esporte brasileiro rumo à Tóquio.
 
Outro passo fundamental para o desenvolvimento do esporte brasileiro foi a formação de um conselho, composto por alguns dos nossos principais treinadores. Nomes consagrados como Bernardinho e Zé Roberto (vôlei), Torben Grael (vela), Jesús Morlan (canoagem), entre outros, passaram a ter uma oportunidade de trocar ideias e alinhar procedimentos, que passam a ser a base para preparações futuras. 
 
Pela força dessas ações, o Time Brasil foi elevado a um novo patamar de planejamento, preparação e competição, o que possibilitou o melhor resultado da história do país. Esse trabalho e investimento seguirão repercutindo positivamente no ciclo Tóquio 2020.
 

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