Pedal das Capivaras reúne 300 ciclistas em São Paulo

São Paulo - O 3º Pedal das Capivaras Shimano, realizado na manhã deste domingo (3) em São Paulo, com as 300 inscrições esgotadas, reuniu ciclistas que pedalaram por 20 km na ciclovia do Pinheiros em prol da despoluição do rio e da mobilidade urbana. Foi o último passeio no local, antes das obras da Linha 17-Ouro do Metrô, que irão interditar parte do percurso. 

 

A partir desta segunda (4) começa a pavimentação de uma nova ciclovia com 8 km de extensão na margem oposta, para suprir o trecho que será obstruído pela construção do monotrilho que ligará o Aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi, entre as pontes João Dias e Cidade Jardim. Os ciclistas se concentraram no Shopping SP Market, parceiro do evento. 

 

"O Pedal das Capivaras, que está em sua terceira edição, é um evento muito importante para nós da Shimano, uma iniciativa da empresa em favor do público, com o propósito de trazermos consciência para a pedalada, ratificando os princípios de nosso slogan: 'Perto da Natureza, Perto das Pessoas'. Defendemos esses valores mesmo em uma metrópole como São Paulo, oferecendo bem-estar aos ciclistas que têm ainda a oportunidade de conhecer diversos produtos da marca, expostos na área de concentração", reforçou o gerente de marketing da Shimano, Alexandre Okazaki.

 

No espaço de concentração, a empresa japonesa líder mundial em acessórios e componentes para bike e pesca, montou uma tenda para apresentar alguns produtos da marca, com direito a test-drive com bicicletas equipadas com o sistema de cubo de marchas Nexus, que permite ao ciclista trocar as marchas mesmo com a bicicleta parada, de forma suave, sem correr o risco de a corrente desprender-se, além do novo pedal e da sapatilha Click’R, projetados para facilitar a mobilidade de iniciantes que tenham receio em usar sapatilhas de encaixe. Fez sucesso também, a exposição da linha 'Eyewear Shimano', apresentando óculos exclusivos, com regulagem e lentes especiais com diversas características e benefícios para os ciclistas.

 

Sustentabilidade - O vereador José Police Neto (PSD), marcou presença no Pedal das Capivaras Shimano, pelo terceiro ano consecutivo, com a bike que utiliza diariamente para ir à Câmara dos Vereadores, no centro da cidade e em diversos outros compromissos. "A Ciclovia do Rio Pinheiros é a única em São Paulo que agrega duas questões de vital importância: o transporte urbano e a preservação ambiental. Nem tudo que diz respeito ao crescimento urbano é uma agressão ao meio ambiente. Embora não enxerguemos água em nosso rio, a pedalada acentua este desejo da sociedade, de se encontrar e conviver na margem de um rio saudável. Um rio pode ser a praia de quem vive no campo. Infelizmente São Paulo não consegue dar aos seus 11 milhões de moradores uma boa praia, como em outras cidades ao redor do mundo", resignou-se Police Neto.

 

Mesmo com toda a poluição do Rio, várias capivaras habitam o seu leito. Assim, a despoluição acaba sendo uma questão vital para estes e outros animais silvestres. Police Neto avaliou o que pode ser feito para que o Pinheiros seja despoluído. "A questão central da despoluição passa pelos contribuintes do rio, os diversos córregos que ali desaguam. Olhamos muito para o rio, mas não para esses afluentes, que infelizmente não são dotados de infraestrutura e de saneamento básico, o que compromete todo o sistema. Temos que investir forte nas comunidades ribeirinhas que não têm outro meio de lançar o esgoto doméstico. O trabalho será intenso para resgatarmos o Pinheiros como um espaço de inspiração e lazer".

 

Outra questão colocada em pauta no 3º Pedal das Capivaras Shimano foi o uso da bicicleta como opção de mobilidade urbana, iniciativa amplamente apoiada pela Shimano, CAB (Clube Amigos da Bike), responsável pela operação do passeio, e também pelo próprio vereador. "A bicicleta já é uma alternativa consolidada em muitas cidades e, principalmente, nas principais capitais da Europa. Há três anos deixei de usar o carro, ideia absorvida por outros vereadores que abriram mão dos carros oficiais e economizaram, assim, o custo de uma escola por ano. A bike tem de ser recepcionada com boa vontade pelo cidadão que utiliza o transporte motorizado. Hoje, quem está de carro não olha com carinho para o ciclista. Não vê que é alguém que deu mais espaço para ele, justamente por não sair de carro. Se houver essa percepção, o convívio na rua ficará mais fácil", recomendou Police Neto. 

 

"As vias também podem comportar a bicicleta. É uma questão de educação e compreensão. Se analisarmos a velocidade média dos deslocamentos na cidade, entre 17 e 18 km/h, a bicicleta pode ser perfeitamente incluída no contexto", defendeu o vereador.