Geração talentosa luta para fazer história no Mundial de Revezamentos

Equipe em frente ao Estádio Internacional de Yohohama   / Foto: Divulgação/CBAt

Bragança Paulista - O Brasil nunca teve uma geração tão talentosa, considerada a performance individual de cada atleta, na velocidade masculina. 
 
No Campeonato Mundial de Revezamentos, que será realizado neste fim de semana (11 e 12/5), em Yokohama, no Japão, o treinador Felipe de Siqueira da Silva, do 4x100 m, tem a disposição nada menos do que cinco atletas que já correram os 100 m abaixo dos 10.15.
 
Teoricamente, depois do período de treinamento, realizado em Chula Vista, em San Diego, nos Estados Unidos, e em Saitama, no Japão, o grupo tem tudo para garantir o objetivo de disputar a final de Yokohama e a vaga para o Campeonato Mundial de Doha, no Catar, de 27 de setembro a 6 de outubro.
 
“As oito melhores equipes em Yokohama, segundo critérios da Confederação Brasileira de Atletismo, se classificam para o Mundial. Estamos confiantes porque o pessoal treinou duro”, disse Felipe. “Não definimos a formação ainda. Só vamos definir na véspera. Os cinco estão treinando juntos, vão aquecer juntos no Mundial e todos precisam estar sincronizados.”
 
No Mito Invitational Meet, realizado no domingo (5/5), a equipe masculina 4x100 m venceu a prova atípica, disputada com muito vento, com 39.12. O grupo foi formado por Rodrigo Nascimento, Jorge Henrique Vides, Derick Souza e Paulo André de Oliveira. Vitor Hugo dos Santos ficou como reserva.
 
Para Felipe, o Brasil terá de fazer uma boa prova porque enfrentará adversários fortes. “Estamos em segundo lugar no Ranking Mundial entre as seleções, com 38.76, atrás apenas do Canadá, com 38.34. Na competição, teremos Estados Unidos, Jamaica, Grã-Bretanha, China e Japão, que tem um time forte e corre em casa”, comentou. Aliás, a competição foi organizada no Japão este ano em função dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. No Rio 2016, a equipe japonesa foi medalha de prata.
 
Paulo André (20 anos) tem 10.02 (-0.6) como recorde pessoal nos 100 m. Jorge Henrique Vides (26) correu a distância em 10.08 (0.3), enquanto Derick Souza (20) tem 10.10 (0.2). Vitor Hugo (23) marcou 10.11 (1.7) e Rodrigo Nascimento (24), 10.14 (1.0).
 
Nas grandes competições, o 4x100 m masculino tem grande tradição. Tem nada menos do que três medalhas olímpicas: prata em Sydney 2000, com Vicente Lenilson de Lima, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos da Silva e Claudinei Quirino da Silva; bronze em Atlanta 1996, com Arnaldo de Oliveira, Robson Caetano, Edson Luciano e André Domingos; e bronze em Pequim 2008, com Vicente Lenilson, Sandro Ricardo Rodrigues Viana, Bruno Lins Tenório de Barros e José Carlos Moreira, o Codó.
 
Em Campeonatos Mundiais, ganhou prata em Paris 2003, com Vicente Lenilson, Edson Luciano, André Domingos e Cláudio Roberto de Souza. Além do bronze em Sevilha 1999, com Raphael Raymundo de Oliveira, Claudinei Quirino, Edson Luciano e André Domingos.
 
Nas três edições do Mundial de Revezamentos, o time tem dois quarto lugares: em 2014, com Bruno Lins, Jefferson Lucindo, Aldemir Gomes Junior e Jorge Henrique Vides, e em 2015 com Bruno Lins, Vitor Hugo dos Santos, Aldemir Gomes e Jorge Henrique. Em 2017, a equipe foi desqualificada nas eliminatórias.
 
O tempo obtido na conquista da prata em Sydney 2000 de 37.90 persiste até hoje como recorde brasileiro e sul-americano. O Brasil tem três equipes no Mundial de Revezamentos. Além do 4x100 m masculino, a Seleção tem a equipe feminina 4x100 m e time misto do 4x400 m, uma novidade para a Olimpíada de Tóquio 2020. 
 
A delegação deixou a Universidade de Rikkyo, em Saitama, uma das bases de apoio montadas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para receber atletas nesta temporada e a aclimatação aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, na noite de quarta-feira (8/5), no horário de Brasília. Seguiu em viagem de ônibus para Yokohama e montou sua base no Estádio Internacional de Yokohama, o maior do Japão, que recebe o 4º IAAF Mundial de Revezamentos sábado e domingo (11 e 12/5).
 
A equipe participa do Mundial de Revezamentos com recursos do Programa de Apoio às Seleções Brasileiras da Caixa, a patrocinadora oficial do atletismo brasileiro.
 
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