Thais Fidélis acredita na força da equipe do Brasil no Mundial de Doha

Thais Fidelis  / Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Curitiba - As ginastas Thais Fidélis dos Santos e Anna Julia Reis e a treinadora Iryna Ilyashenko são as representantes do Centro de Excelência de Ginástica (CEGIN) no 48º Mundial de Ginástica Artística de Doha, no Catar. 
 
Thais Fidélis, aos 17 anos, compete com Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade - a caçula Anna Julia deve ficar na reserva. O Brasil fará suas apresentações para a qualificação no Aspire Dome, neste domingo (28/10/2018), a partir das 8 horas (de Brasília).
 
Thais surpreendeu ao ficar em 4º no solo no Mundial de Montreal, em 2017, e quer voltar a estar entre as finalistas do aparelho nesta edição do torneio. “Mudei um pouco o meu solo – tirei uma diagonal – em relação a série do ano passado. Está um pouco mais fácil, mas acho que dá para chegar à final”, avalia.
 
A ginasta não está entre as 10 primeiras do ranking do solo, mas se fizer sua melhor apresentação tem chance de avançar, embora o foco, em Doha, seja na equipe. “Agora estou com a equipe. Em 2017, a Rebeca se machucou e eu competi sozinha, era individual. Com a equipe, a gente tem mais força, uma apoia a outra.”
 
O coreógrafo Rhony Ferreira, que também é o presidente do CEGIN, preparou a apresentação artística de solo que Thais apresentará no Mundial, ao som de Czardas, de Vittorio Monti, e Rapsodia Hungara nº 2, de Franz Liszt. “É um clássico folclórico, que lembra a dança cigana da Hungria, com muita expressão fácil e corporal que exigiu treino intensivo. A Thais é introvertida, mas tem uma apresentação limpa, sem erros de execução. Por isso, a parte artística pode ajudar.”
 
Thais nasceu em Ribeirão Preto (SP) em 23 de julho de 2001 – começou na Cava do Bosque, aos 5 anos. Passou por Barueri, em 2011, e chegou ao CEGIN em 2015, onde tem estrutura. Treina com Roger Medina e Iryna Ilyashenko. Aponta Daiane dos Santos como espelho. “Ela me inspira até hoje.” Sempre no pódio, desde a categoria infantil, disse que foi sua performance no Mundial de Montreal provocou sonhos. “Nunca tinha ido a um Mundial. Aquilo me fez sonhar com estar em outras finais e nas Olimpíadas também. Quero disputar os Jogos de Tóquio.”
 
Thais cursa o 2º ano do ensino médio no Colégio Estadual Professora Maria Aguiar Teixeira e vive com a mãe, Francisca, e o pai, José, em Curitiba. Os irmãos mais velhos, Denis Rogério e Patrícia, ficam na torcida. A rotina de Thais em Curitiba é treino-escola-treino e passeios em parque e shopping no tempo livre - gosta de ir ao Jardim Botânico de Curitiba, cartão postal da cidade.
 
Anna Julia Reis, nascida em 28/12/2001, é a caçula da seleção. Viu a ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, gostou e expressou seu desejo de aprender a modalidade para a mãe, Jacqueline. Aos 6 anos, entrou na escolinha do Flamengo, no Rio, onde treinou até 2013. Passou por Três Rios, após incêndio no ginásio do clube, e em 2014 chegou ao CEGIN. “Em 2017 disputei o Sul-Americano, minha primeira competição pelo Brasil”, comentou. Agora está no Mundial.
 
É fã de Simone Biles – “ela é completa, esforçada e focada”, observou. Cursa o segundo ano do ensino médio na mesma escola de Thais, Professora Maria Aguiar Teixeira, em Curitiba, onde vive dividindo casa com mais duas meninas – em revezamento, as mães cuidam das ginastas. “O Cegin é uma equipe respeitada e meu sonho sempre foi de ir a um Mundial, a uma Olimpíada.”
 
A técnica Iryna Olyashenko nasceu em Dnipro, na Ucrania, mas vive no Brasil há 20 anos e está naturalizada. A ginástica é sua vida – veio para o Brasil para desenvolver a modalidade e não deixou mais o país. “Tenho muito amor e sempre estou no ginásio bem arrumada, maquiada e pronta para trabalhar. Sempre quero todas bem no ginásio, mesmo em treinos.”
 
Iryna não tem expectativa de pódio individual para Thais Fidélis. Diz que a ginasta “teve um ano muito pesado por causa da mudança da faixa etária”. Apontou Estados Unidos, Rússia e China como candidatos para as três vagas olímpicas para Tóquio/2020 que estarão em disputa no Catar. Para o Brasil, o objetivo é estar entre os top 8 ou 12 e, consequentemente, entre os primeiros 24 que disputam o Mundial Pré-Olímpico em 2019 (9 vagas serão decididas para os Jogos Olímpicos de 2020).
 
 
 
 

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