Meninas da ginástica querem superar desempenho de Guadalajara

Daniele Hypolito, que conquistou dois bronzes no Pan de 2011, faz parte da equipe que tentará superar esse resultado em Toronto / Foto: CBG

Rio de Janeiro - Para comprovar mais uma vez o salto de qualidade da ginástica artística brasileira nos últimos anos, a Seleção feminina da modalidade vai disputar os Jogos Pan-Americanos de Toronto com força total. A modalidade mudou de patamar no país após o intenso investimento do governo federal nos últimos anos: ganhou estrutura – com a maior compra de equipamentos dos últimos 40 anos –, ampliou o apoio direto aos atletas e, agora, tem todas as condições de enfrentar em pé de igualdade os países de referência no esporte.
 
A coordenadora da equipe de Ginástica Artística Feminina, Georgette Vidor, ressalta as diferentes fontes de apoios que as jovens passaram a contar como suporte. “São as leis de incentivo dos estados, a lei de incentivo federal, os programas de bolsas...tudo isso junto faz com que os atletas possam apresentar um nível de performance que é o que a gente deseja e sonha. Se não fosse isso, certamente, o resultado não viria”, explicou.
 
Em Toronto, a seleção será representada por Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Julie Kim Sinmon, Letícia Costa, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa, que substituiu Rebeca Andrade, após esta sofrer uma ruptura no ligamento cruzado anterior. Na equipe, cinco ginastas recebem o benefício do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte. As meninas entram em ação no próximo domingo (12), às 20h05.
 
Georgette explica que os investimentos permitem às atletas terem tranquilidade para treinar e se manter em alto nível, com equipe multidisciplinar dando suporte e toda a estrutura necessária. “Elas são muito jovens. Para você abrir mão da infância, da adolescência e até sacrificar um pouco o estudo, é importante ter tranquilidade financeira. São anos de dedicação e, quando acaba essa história, elas têm que ter um dinheiro para poder fazer uma boa universidade, abrir um negócio. Na minha época, a gente se dedicava ao esporte só por amor. Hoje, o alto nível que o Brasil chegou, querendo ser potência olímpica, isso requer coisas que você tem que fazer que custam muito dinheiro”, conta.
 
A meta no Pan é superar o desempenho da última edição em Guadalajara, no México. Para isso, a Seleção Brasileira precisa conquistar mais do que os dois bronzes de Daniele Hypolito, no solo e na trave, em 2011. Os Jogos Pan-Americanos servirão também como preparação para o Mundial de Glasgow, na Escócia, que será disputado em outubro e valerá como classificatório para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.
 
Com o domínio dos Estados Unidos na modalidade, as brasileiras vão brigar pelo segundo lugar na prova por equipes. Destaque da delegação nacional nos Jogos Olímpicos da Juventude 2014, Flávia Saraiva fará a sua estreia em uma grande competição multiesportiva na categoria adulta. Aos 15 anos, ela espera repetir os bons resultados internacionais. “Estou muito empolgada. Quero trazer uma medalha para o Brasil. Estou confiante”, diz.
 
Sobre o desempenho do país, Georgette também se mostra confiante. “A gente está com uma equipe muito bem preparada. Nós vamos para surpreender e disputar com canadenses e mexicanas e apertar um pouco as americanas, para não se sentirem tão tranquilas na competição”, promete.
 
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