Perto de evento-teste, 880 cavalos têm suspeita de doença no Rio
Rio de Janeiro - Foi iniciada nesta quinta-feira, pelo Ministério da Agricultura, a segunda coleta das amostras de sangue em cavalos do Rio com suspeita de estarem com mormo, uma doença sem cura, que pode matar os animais e até contaminar seres humanos. Pelo menos 880 cavalos são suspeitos de já estarem com a doença.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o governo suspendeu, recentemente, sacrifício de 45 animais suspeitos de estarem com o problema. Eles seriam mortos na Escola de Equitação do Exército, em Deodoro, zona Oeste do Rio. Apenas por lá 584 cavalos podem estar doentes. Outros 96 animais da Polícia Militar e 250 da Sociedade Hípica Brasileira deverão ser analisados.
A partir do dia 6 de agosto, no Centro de Hipismo de Deodoro, o Rio receberá o primeiro evento-teste do Hipismo, com 30 cavaleiros competindo. O local é o mesmo em que estão colocados os cavalos suspeitos de contaminação.
Segundo o Ministério, porém, a coleta de sangue é uma ação preventiva. O órgão se recusa a caracterizar o fato como uma epidemia. Tudo começou quando um cavalo foi diagnosticado com mormo, em fevereiro deste ano, após estar em Deodoro de fevereiro a novembro em 2014. A suspeita recai sobre os outros animais por eventual contato entre o bicho infectado e os outros.
Também em fevereiro outros dois cavalos foram diagnosticados com mormo e encaminhados para a Estação Quarentenária de Cananéia para estudos científicos e sacrifícios. A base abriga 17 animais com a doença hoje.
A primeira coleta das amostras, realizadas no início de julho nos 584 cavalos de Deodoro, de acordo com os militares, diagnosticou 17 animais doentes e 18 com resultado inconclusivo nos exames. Estes cavalos estariam separados por baias dos outros animais.
A segunda coleta, no entanto, foi solicitada porque oficias do Exército questionaram o teste e decidiram, em reunião com o Ministério, fazer novos testes.
Com isso, o sacrifício de 45 animais foi suspenso por ora. Até quarta-feira, o comando do Exército já havia solicitado que valas fossem cavadas para enterrar os animais, que seriam mortos com um tiro de pistola de pressão entre os olhos.
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