Melhor do trampolim troca o Brasil pelos EUA: "Melhor escolha"
Rio de Janeiro - Camilla Gomes não se importa com o fato de muita gente não conhecer o seu esporte, a ginástica de trampolim. "As pessoas perguntam se é de piscina, porque não fazem ideia do que é", conta.
O desconhecimento vai de encontro com outro problema do esporte aqui, a falta de estrutura. Por isso, desde o início do ano, a brasileira fez uma escolha importante, conforme conta em entrevista ao Globoesporte.com.
"Mora em Nova Jersey e minha rotina de treinos lá é puxada, são duas vezes por dia e três vezes por semana faço o cross fit para preparação física, direcionado para a modalidade. A visão do esporte é outra, a estrutura deles é muito melhor que a nossa. Meu ginásio lá tem nove trampolins; no Brail, apenas um e é para a seleção inteira", lamenta a ginasta.
Camilla treina nos EUA tendo em vista os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. "Foi a melhor escolha que fiz. Penso muito em 2016. Tranquei a faculdade de Administração para treinar mais vezes ao dia e me preparar melhor. Acho que temos que botar os objetivos na cabeça e o que precisamos fazer para alcança-los", afirma.
Ela foi eleita pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) a melhor atleta do País na ginástica de trampolim, no Prêmio Brasil Olímpico, na última terça-feira. Além disso, Camilla acumula algumas conquistas, como um 3º lugar no Pan da modalidade e a vaga para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano que vem.
Sobre a vida nos EUA, ela explica que é natural que os atletas busquem melhores estruturas. "Todo mundo treina junto no Rio, mas o Rafael (Andrade) foi para a Inglaterra treinar, ficou três meses. A Joana foi comigo em março, ficou seis e voltou. Eu continuei e minha ideia é ficar lá. É muito diferente", concluiu.