Flávia Saraiva espera ajudar o Brasil a conquistar vaga olímpica

Flávia Saraiva: 'O foco é na equipe'  / Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Rio de Janeiro - Flávia Saraiva sabe o tamanho do desafio que terá no evento-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016, competição de sábado a segunda-feira (16 a 18/4/2016) que define as quatro últimas vagas por equipe para a ginástica artística feminina, na Arena Olímpica.
 
Flávia faz parte da equipe brasileira que terá Carolyne Pedro, Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Milena Theodoro e Rebeca Andrade. 
 
Disputam o evento-teste as seleções de Brasil, Alemanha, Austrália, Bélgica, Coreia do Sul, França, Romênia e Suíça. A classificação individual e a final por equipes será no domingo (17/4). O Brasil está na Subdivisão 2 e se apresenta a partir das 13 horas.
 
Flávia, de 16 anos e 1,35 m, está apenas na sua segunda temporada na equipe adulta e é ainda uma ginasta em evolução. "Eu treinei para ajudar a equipe a se classificar para os Jogos Olímpicos. Todas as meninas se esforçaram e espero que todas possam fazer o melhor. Acredito que vai dar tudo certo. Competir em casa será ótimo", afirma Flávia. "Comecei o ano muito bem e os resultados me deram mais confiança - vi que posso melhorar. A prioridade é classificar a equipe. Não tenho objetivo individual. É tudo pela equipe agora", acrescenta Flávia.
 
"A Flávia vem treinando bem na temporada, mas como sempre fizemos nos últimos anos... trabalhando normalmente, no dia a dia, por uma evolução constante e segura. Sabemos, claro, que nesta competição o objetivo é muito grande, a classificação olímpica. Mas a Flávia é muito nova, uma ginasta em crescimento técnico e isso não pode mudar. Vai ter público, estamos em casa, vamos ver como ela vai se comportar", explica o técnico Alexandre Carvalho. O treinador acentua que o foco é no grupo. "Queremos que todas se apresentem bem e a Flávia também."
 
Nesta temporada, Flávia Saraiva conquistou duas medalhas de ouro, no solo e na trave, e uma de bronze, nas barras assimétricas, na etapa de Baku (AZE) da Copa do Mundo. Teve nota 15.150 na trave. Em Jesolo, na Itália, foi destaque da equipe com 14,950 na trave e 14,000 no solo. Ainda apresentou um salto com maior grau de dificuldade - 15,050 pontos - e teve um erro nas barras assimétricas - 14,400 -, somando 58,400 pontos, atrás da campeã olímpica Gabby Douglas (59,650) e das americanas Ragan Smith (59,050) e Lauren Hernandez (58,550).
 
Flávia está apenas em sua segunda temporada como adulta - em 2014, ganhou destaque como talento da ginástica ao conquistar prata no individual geral, ouro no solo e prata na trave, aos 14 anos, nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China. "Desde então, ela teve evolução nas séries da trave e do solo, também com a dupla no salto e a mudança na paralela, numa série com três largadas. No solo, ainda estamos buscando mais evolução. Enfim, estamos sempre investindo no crescimento. Essa é a fase da Flávia. Por ser nova, a gente não pode parar de investir na evolução e, se o Brasil se classificar, é capaz de a gente ainda pensar em mudanças de séries dela para a Olimpíada", avalia Alexandre.
 
O técnico concorda que Flávia mostrou melhoras nas duas competições que fez no ano, com a maior soma no individual geral na Itália e uma nota, entre as melhores, na trave, na etapa de Baku da Copa do Mundo. "Se repetir isso no evento-teste será bom."
 
 

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