Após polêmica, chinesas adotam minissaia no mundial de boxe
Rio de Janeiro - Pouco tempo antes do boxe feminino fazer sua estreia nos Jogos Olímpicos, em Londres, em 2012, a Associação Internacional da modalidade (AIBA) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) queria obrigar as atletas a usarem minissaias ao invés dos tradicionais calções, para atrair mais público.
A possibilidade logo foi rechaçada após uma série de reclamações por parte das boxeadoras e, durante os Jogos, elas ficaram livres para usarem a roupa que quisessem.
Agora, no mundial de Boxe, a China que havia já utilizado as minissaias nos Jogos, voltou com a roupa. "Esse é o nosso uniforme, e elas tem que usar esse. É mais feminino, e diferenvia do boxe masculino", contou o treinador chinês.
Dentre todos os países, apenas a China utiliza a peça do vestuário, que pode estar dando sorte: a delegação perdeu só duas lutas e permanece viva em oito disputas de medalhas.
O Brasil optou pela bermuda para suas atletas. Uma das boxeadoras brasileiras, Taynna Cardoso, eliminada na sua primeira luta da categoria até 57kg, brinca com a situação da China.
"A gente tira sarro, fala que é a saia para chamar atenção do árbitro. Essa ai delas está muito curta, né? Mas cada um escolhe o que acha melhor. Eu prefiro o shorts para ficar mais confortável quando sentar no córner, no intervalo das lutas. Mas a saia deixa o esporte mais feminino mesmo, aí vai de cada um", afirma, em entrevista ao Globoesporte.com.