Shimano prevê crescimento quatro vezes maior na América Latina

Fábio Takayanagi ao lado da bike de Marcel Kittel / Foto: JB Carvalho / Shimano

São Paulo - O mercado de bicicletas é um dos que mais cresce no mundo, embalado pelas discussões sobre mobilidade urbana e suas alternativas de melhoria. Nesse contexto, as bikes são sempre apresentadas como um dos meios de transporte a se investir e incentivar. 
 
Atualmente, no Brasil, são produzidas 6 milhões de bicicletas por ano, sendo que a frota circulante, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Bicicleta, Peças e Acessórios (ABRADIBI), é de 80 milhões. O Brasil é o terceiro maior produtor, atrás apenas da China e Índia, e o quinto maior consumidor de bikes.
 
A Shimano, empresa líder de mercado em componentes e acessórios para bicicleta e pesca, vê tanto o Brasil quanto a América Latina como regiões estratégicas para explorar esse mercado. Em 2012, faturamento mundial da empresa foi de cerca de US$ 2,55 bilhões (R$ 5,5 bi). No caso, as duas regiões em questão tiveram importantes papeis. Nos últimos anos o crescimento da empresa nos países latino-americanos foi de 300%, o que corresponde a 3% do faturamento total da Shimano. O objetivo é de chegar até a US$ 100 milhões (R$ 216 mi) de faturamento na América Latina em 2017. Em todo o mundo, a Shimano tem uma previsão de crescimento de 4% este ano, sendo que nos países latino-americanos a projeção é de chegar a 15%.
 
O Brasil é peça fundamental nesse objetivo porque hoje representa o maior mercado da empresa na região, enquanto Argentina e Colômbia dividem o segundo lugar. As cerca de 6 milhões de bicicletas comercializadas no Brasil por ano equivalem a mais de 50% do mercado latino-americano, que tem 11 milhões de bicicletas. O País é o terceiro maior fabricante do mundo, atrás apenas da China e Índia, e é o quinto maior consumidor. A Shimano está presente em cerca de 5 mil pontos de venda no Brasil, entre "bicicletarias de bairro" e as chamadas de "bike shops", com uma extensa linha de produtos tanto para modelos mais sofisticados quanto para os níveis de entrada no ciclismo.
 
Desde o início das operações diretas da Shimano no Brasil, em 2009, a empresa investiu fortemente em ações de marketing, com eventos do segmento, patrocínio a atletas renomados e cursos gratuitos para profissionais do meio. Em julho deste ano, a empresa iniciou um programa chamado Programa de Especialização Shimano (PES), no qual é ministrado um treinamento de vendas e merchandising 100% gratuito para profissionais do setor, no Brasil e na Argentina. Quatro meses depois, mais de 3.500 profissionais já participaram da atividade. "Mais do que um treinamento de vendas, nossos profissionais visitam as lojas para, além de reforçarem os temas abordados no treinamento, compartilharem um pouco da experiência adquirida ao longo do tempo, já que muitos tiveram chance de trabalhar também no varejo. Temos visto que isso tem contribuído com o desenvolvimento de muitas lojas, pois eles atuam como se fossem consultores. E isso sem custo algum para a loja visitada", afirma Daniel Oliveira, gerente de vendas da Shimano Brasil.
 
"Neste ano a Shimano quer consolidar as bases e tem como principal objetivo agrupar os mercados emergentes para manter o ritmo de crescimento", analisa Fábio Takayanagi, presidente da Shimano da América Latina, Ásia e Oceania. O executivo brasileiro comanda a Shimano em 35 países e chegou na manhã de quinta-feira, dia 7 de Novembro, a São Paulo para participar da Cycle Fair, a maior feira de bicicletas da América Latina, aberta com palestra do ex-ministro Maílson da Nóbrega. A feira reuniu 150 expositores, com expectativa dos organizadores de gerar R$ 77 milhões em negócios.
 

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