Bob Burnquist fica "em cima do muro" quanto a skate nos Jogos
Rio de Janeiro - O anúncio de que o skate pode entrar para o programa olímpico mexeu com as estruturas do esporte, acostumado a ser amador desde sempre. Bob Burnquist, no Brasil para curtir os desfiles das escolas de samba do Rio, comentou a situação de ver o skate nos Jogos Olímpicos.
"Na verdade é uma questão de estar com a entidade certa, ser feito da maneira correta, porque a gente sabe que quando entra como esporte olímpico entra mais dinheiro, e quando entra dinheiro... Bem, a gente viu o que aconteceu com a CBF, então tem que ter cuidado. Acho que é inevitável, mas eu fico em cima do muro, porque não sei quem vai representar, apesar de ser uma perspectiva boa", afirmou.
Bob pede cautela caso seja incluído o skate nas Olimpíadas. "É preciso ver como será feito porque é uma atividade mais rebelde, não tem como botar numa cartilha. Temos várias categorias dentro do skate: Megarampa, vertical, street... Então depende do que vão escolher e de quem vai escolher o quê", comentou o atleta.
Muitos dos praticantes veem o skate como um estilo de vida, um hobby e não uma modalidade olímpica. Bob, porém, contribuiu muito para a popularização do esporte, já tendo conquistado inúmeros títulos e promovendo o skate com megarampas.
O skatista ainda justificou sua vinda para o Carnaval do Rio. "Conseguimos fazer quatro Megarampas, duas no Sambódromo de São Paulo, duas no do Rio, então eu tenho que participar do Carnaval. A minha mulher curte muito, então quando eu posso estou por aí. Eu conheço a Beija-Flor bem. Hoje (segunda) tem a Portela. Eu gosto da festa. Fiquei sabendo que teve uma escola que trouxe o surfe, o skate, então é isso aí, a gente sendo representado. Não falo que eu sonho desfilar na Sapucaí, mas muita coisa que eu não planejava aconteceu na minha vida, então nunca digo não", concluiu.
Veja Também: