Meninas da 470 têm dia perfeito e voltam a ficar entre as primeiras em Weymouth

Fernanda e Ana comemoram dia perfeito / Foto: Francisco Lino / ZDLWeymouth - O dia de descanso fez bem à dupla feminina da classe 470 no evento-teste da vela para a Olimpíada de 2012. Na raia de Weymouth, as brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Barbachan souberam aproveitar os ventos rondados e venceram uma regata e terminaram a outra em segundo.

Os resultados desta terça-feira (9) foram suficientes para a parceria alcançar o terceiro lugar e voltar a sonhar com uma medalha. "Foi bom não ter regata nesta segunda-feira, marcada por ventos fortes. Conseguimos descansar e ajustar os nossos materiais para o restante da semana", disse a proeira Ana Barbachan.

A medalhista olímpica Fernanda Oliveira comentou as regatas. "Pegamos rajadas de até 15 nós e ventos rondados. As provas foram bem difíceis, mas as nossas decisões deram certo. A variação nos favoreceu e nossa dupla teve a felicidade na parte tática", revelou a velejadora gaúcha.

As brasileiras somam 38 pontos perdidos, 14 a mais do que Hannah Mills e Saskia Clark, da Grã-Bretanha, que lideram o campeonato.

No masculino, a dupla Fábio Pillar e Gustavo Thiesen segue na 18ª posição com 111 pontos perdidos. Nesta terça-feira, eles tomaram uma bandeira preta e foram desclassificados de uma regata. Na outra, tiraram um nono lugar.

A classificação dos gaúchos para a medal race não é fácil, já que a diferença para o 10º (Finlândia) é de 42 pontos. "A classe se desenvolve muito na Europa e nós estamos longe daqui. Por isso, correr campeonatos como esse é importante para avaliar nosso nível e acompanhar as evoluções. Pelo que pudemos ver em Weymouth, nosso time não está longe dos concorrentes", salientou Fábio Pillar.

Bimba na medal race - Foi por pouco. O velejador Ricardo Winicki, o Bimba, terminou em nono após 10 regatas na classe RS:X e disputará nesta quarta-feira (10) a decisão em Weymouth. O representante brasileiro no simulado olímpico reforça que a meta é ganhar mais ritmo e ficar entre os melhores.

"O objetivo é tentar ganhar a regata. A raia é muito complicada e a há muita variação climática. Para complicar mais, os organizadores colocaram a raia próxima do público, o que pode nivelar a prova por baixo, além de aumentar o cansaço com mais de cinco horas na água", contou Bimba.

No feminino, Patrícia Freitas passou perto, mas não conseguiu avançar para a medal race e terminou em 11º (20º e 4º lugares). As regatas começaram às 14h (horário local) e as meninas ficaram seis horas competindo.

O evento-teste, na visão da brasileira, serviu para dar um parâmetro de como será a briga particular com a canadense Nikola Girke (nona colocada no geral), adversária direta nos Jogos Pan-Americanos.

"Agora, o meu objetivo será buscar uma medalha no México. Vou treinar bastante e reforçar o preparo físico e a alimentação para o restante da temporada. Logo após o Pan, em outubro, eu disputo o Mundial de Perth (dezembro), que é o mais importante do ano por valer vagas para os Jogos Olímpicos", disse Patrícia Freitas.

Brasileiros oscilam na Laser - O catarinense Bruno Fontes foi para sexto lugar depois de não repetir o bom desempenho das últimas regatas. Na primeira do dia, ele tirou 19º e foi obrigado usar o descarte. Na segunda, o brasileiro se recuperou e terminou em nono. Faltam duas regatas para terminar o cronograma da Laser.

Na Laser Radial, com 49 mulheres na flotilha, a brasileira Adriana Kostiw já não tem mais chances de avançar (31ª). A velejadora paulista veio a Weymouth para ganhar mais ritmo de regata e bagagem internacional. "É uma oportunidade rara enfrentar as melhores do mundo numa mesma raia. Em Ilhabela (SP), treino sozinha e esse intercâmbio é importante para a minha evolução da classe. Sei que preciso melhorar a parte técnica", afirmou Adriana Kostiw.

As regatas das classes Star e Finn voltam a ser realizadas nesta quarta-feira (10) após o dia de descanso e a previsão é de 20 nós de média de ventos. Os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada lideram a classe Star e Jorge Zarif ocupa a 18ª posição na Finn.

O evento-teste é uma simulação do que deve ocorrer durante a disputada dos Jogos Olímpicos em 2012. A competição conta com os melhores do ranking mundial em oito classes. São 378 velejadores de 44 países. O Brasil é representado por 11 atletas na 470 (masculino e feminino), Finn, Laser, Laser Radial, Star e RS:X (masculino e feminino) e não disputa as classes 49er e Match Race.

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