Tri mundial de Scheidt e Prada comprova importância da classe Star na vela brasileira

Tricampeões mundiais, brasileiros são favoritos ao ouro olímpico / Foto: Pierrick Contin / CoychSão Paulo - Na sexta-feira, Robert Scheidt e Bruno Prada conquistaram o inédito tricampeonato do Mundial de Star, após vencer o torneio de Hyères, na França. O título confirma a importância da classe para a vela brasileira, que já soma oito conquistas mundiais e cinco medalhas olímpicas.

Esse sucesso, porém, tem data marcada para deixar o palco olímpico: a Star está incluída nos Jogos de Londres/2012, mas está fora do programa dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

"O Robert e o Bruno estão de parabéns pela conquista do tricampeonato mundial. Não é fácil atingir essa marca, que é pra poucos. Eles devem ganhar mais títulos. Esse fenômeno não para por aí. O Robert dá continuidade ao sucesso que plantou na classe Laser. Tem foco, determinação e genialidade", explica Alan Adler, que foi campeão mundial de Star em 1989 ao lado de Nelson Falcão.

Bicampeão mundial, Marcelo Ferreira conquistou o título em 1990, com Torben Grael, e em 1997, com o alemão Alexander Hagen. Um dos melhores proeiros que o país já teve, ele faz questão de elogiar a dupla que deu continuidade ao domínio brasileiro na classe Star, iniciado pelo bicampeonato olímpico que ele e Torben conquistaram. "Essa conquista do Robert e do Bruno já era esperada. Eles estão se dedicando à classe desde 2005 e, em todos os torneios que disputam, estão sempre nas cabeças. Do jeito que estão velejando, a expectativa para os Jogos de Londres é medalha. Zebra vai ser se eles não subirem ao pódio".

Os campeões mundiais, porém, lamentam o fato de, justamente no Rio de Janeiro, a classe mais importante da vela brasileira deixar o currículo olímpico. "A Star vai fazer muita falta e não só para o Brasil. É só você olhar para o histórico do Mundial. Os melhores velejadores da história velejam de Star. É a classe mais técnica e mais importante", fala Marcelo. "É triste e lamentável. A escolha prejudica não só a vela nacional, mas todos os velejadores do mundo", completa Alan.

História de conquistas - Poucos sabem, mas a primeira conquista do Brasil na classe Star foi em 1938. Walter Von Hütschler, que nasceu no Rio de Janeiro, foi bicampeão mundial em 38 e 39, representando um clube alemão. Após a Segunda Guerra Mundial, ele voltou ao Rio de Janeiro e disputou oito edições do Mundial com barco de bandeira brasileira. Com ele, o país soma sete velejadores campeões mundiais.

A primeira medalha olímpica do Brasil veio em 1988, com o bronze de Torben Grael e Nelson Falcão nos Jogos de Seul, na Coréia do Sul. Um ano depois, Nelson voltou a brilhar, agora como proeiro de Alan Adler: a dupla ganhou o Mundial de Porto Cervo, na Itália, no primeiro título 100% nacional da vela brasileira na Star.

Em 1990, Torben Grael venceu seu único título mundial, já velejando ao lado de Marcelo Ferreira. Os dois formaram uma das duplas mais vitoriosas da história da classe Star em Jogos Olímpicos, faturando três medalhas, duas de ouro (Atlanta/1996 e Atenas/2004) e uma de bronze (Sydney/2000). Marcelo tem ainda um título mundial longe de Torben, em 1997, ao lado do alemão Alexander Hagen.

Scheidt e Prada deram sequência a essa história vitoriosa a partir de 2005, quando Scheidt trocou a classe Laser, na qual foi bicampeão olímpico e 9 vezes campeão mundial, pela Star. Ao lado de Prada, venceu seu primeiro mundial em 2007, em Cascais, em Portugal. No ano seguinte, os dois conquistaram a medalha de prata na Olimpíada de Pequim. Os últimos dois títulos mundiais vieram recentemente: em dezembro de 2011, foram campeões em Perth, na Austrália, e agora, em Hyères, na França.

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