Ventos favoráveis
Londres- Robert Scheidt escreveu de vez o seu nome na história olímpica do Brasil neste domingo, 5 de agosto, na raia de Weymouth. Com o bronze conquistado ao lado de Bruno Prada na classe star, ele se igualou ao também velejador Torben Grael no topo da lista de atletas brasileiros com o maior número de medalhas olímpicas. Ao todo são cinco – dois ouros, duas pratas e um bronze –, enquanto Torben mantém em sua galeria dois ouros, uma prata e dois bronzes.
O mais impressionante na trajetória olímpica de Robert é a regularidade. Em sua invejável carreira, ele pode se orgulhar de nunca ter voltado de uma edição de Jogos Olímpicos sem medalha. Sua série começou em Atlanta 1996, quando faturou o ouro na laser. Depois, na mesma classe, ficou com a prata em Sydney 2000 e voltou a subir ao lugar mais alto do pódio em Atenas 2004. Em Pequim 2008, já na star e ao lado de Bruno Prata, conquistou a prata, que se soma agora ao bronze de Londres 2012.
“É um número muito grande, medalhar em todas é muito difícil. Ir a todos os Jogos de 1996 para cá e sair com uma medalha é muito bom. É fantástico, tenho muito orgulho”, comemorou o velejador, já de volta a terra depois da regata deste domingo. “Estou muito feliz por mais uma medalha olímpica, porque é muito duro. Quantos atletas chegam como favoritos e saem sem medalha? Os Jogos Olímpicos são um evento muito difícil”, completou.
Já a peso-leve Adriana Araújo se tornou a primeira brasileira a vencer uma luta de boxe em Jogos Olímpicos. Neste domingo, a pugilista derrotou Saida Khassenova, do Cazaquistão, por 16 a 14 e agora só precisa superar a marroquina Oubtil Mahjouba, pelas quartas de final, nesta segunda-feira, para garantir um lugar no pódio. Isso porque os classificados para a semifinal já têm assegurada uma medalha, uma vez que não há disputa do terceiro lugar no boxe. “Fui a primeira brasileira a vencer uma luta de boxe olímpica, mas divido esta honra com as outras integrantes da equipe. A conquista é coletiva e não individual”, disse Adriana.
No vôlei de praia, Juliana e Larissa já estão entre as quatro melhores duplas femininas de Londres 2012. Com a vitória sobre as alemães Goller e Ludwig , as brasileiras passaram às semifinais do torneio. Pelo rendimento apresentado até agora, elas confirmam a condição de uma das melhores parcerias do mundo. As próximas adversárias das brasileiras são as norte-americanas Kessy e Ross, nesta terça-feira, 7 de agosto. “Hoje eu queria isso por mim, pela Juliana, pelas nossas famílias. São oito anos jogando juntas e a gente já venceu tudo quanto é torneio. A gente tem muitos títulos. Mas não tem esse”, disse Larissa.
No hipismo saltos, o Brasil continua na briga da medalha por equipes após a disputa da segunda eliminatória, neste domingo, no Greenwich Park. Embora conte agora com apenas três conjuntos na competição, o time brasileiro classificou-se em sétimo lugar – apenas os oito melhores passam para a série final - com oito pontos perdidos. José Roberto Reynoso/Maesto St. Louis e Rodrigo Pessoa/Rebozo cometeram uma falta cada um, enquanto Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, montando Rahmannshof’s Bogeno, continua perfeito e zerou mais uma vez o percurso. A disputa que apontará os medalhistas por equipe em Londres 2012 será nesta segunda-feira, 06 de agosto.
“Cumprimos 50% da missão, que era classificar entre os oito”, disse Rodrigo. José Roberto acredita que a medalha ainda está na mira. “Estamos na briga! Minha falta não era esperada, mas ainda é um bom resultado para a equipe. O clima é de motivação, a gente está acreditando. Agora é torcer para conseguir”, disse.
O Brasil já faturou duas medalhas de bronze por equipes: Atlanta 1996 e Sydney 2000. Nas duas conquistas, Rodrigo e Doda integravam o time.
No handebol, a seleção brasileira feminina terminou a fase classificatória como primeira colocada do grupo A, com oito pontos ganhos e apenas uma derrota em cinco jogos. Neste domingo, o time garantiu mais uma vitória, ao superar Angola por 29 a 26, no Copper Box. Nas quartas de final, a única certeza do grupo é que o jogo diante das norueguesas, adversária da próxima fase, será dos mais complicados. “O nível da competição está muito alto e todos os adversários são complicados. Há diferenças entre escolas e estilos, mas o importante é que o grupo vem ganhando confiança com os resultados positivos”, comentou o treinador do time brasileiro, o dinamarquês Morten Soubak.
O time feminino de vôlei conseguiu sua classificação ao derrotar a Sérvia por 3 a 0 e segu na competição de Londres 2012 para defender a medalha de ouro conquistada quatro anos atrás, em Pequim.