Acessibilidade em alta nos Jogos de Londres
Londres - A relação dos Jogos Olímpicos com pessoas com necessidades especiais esteve, nos últimos anos, em uma curva ascendente. Desde que começaram a ser disputadas as competições Paralímpicas, em 1960, nos Jogos de Roma, os atletas com alguma deficiência também viram uma possibilidade de galgarem degraus tão altos quanto os das Olimpíadas.
Em Londres neste ano, os números já explicitam o quão importante os Jogos Paralímpicos, que começam dia 29 de agosto e vão até o dia nove de setembro, tornaram-se no calendário esportivo. O Comitê Paralímpico disponibilizou 2,2 milhões de ingressos para as competições e, há poucas semanas do início das disputas, mais da metade já havia sido vendida. São esperados em Londres em torno de cinco mil atletas, um terço do número de competidores nos Jogos Olímpicos.
E nas últimas duas semanas de Olimpíadas aqui em Londres a acessibilidade chamou bastante a atenção de quem presenciou alguma competição em alguma das arenas dos Jogos. Desde a canoagem, no Lee Valey, até o basquete, na Arena Greenwich e o vôlei de praia, no Horse Guards Parade, as pessoas com necessidades especiais tinham a devida atenção. Muitas vezes do voluntário, que auxiliava o espectador até o seu assento.
No caso dos deficientes físicos, em cadeiras de rodas, em muitas arenas haviam lugares especialmente reservados para eles. Um bom exemplo é o aconchegante Lee Valey, onde ocorreram as provas da canoagem: um espaço consideravalmente grande de onde era possível enxergar com clareza o que ocorria na prova.
No que se refere à comunicação, o grande número de sinalizações indicava onde quem necessitava de alguma ajuda deveria comparecer. Foi um verdadeiro exemplo de educação e provavelmente apenas uma parte do que os londrinos farão nos Jogos Paralímpicos.