Alexander Alexandrov motiva atletas da ginástica brasileira
Rio de Janeiro - O trabalho é árduo, a rotina puxada, mas a motivação das atletas da Ginástica Artística Feminina reunidas em Três Rios (RJ), desde a última segunda-feira (15), é enorme. A chegada do técnico russo Alexander Alexandrov para comandar a Seleção Brasileira só trouxe ainda mais vontade de fazer parte da equipe que está sendo preparada para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, não só para as ginastas, mas também para todos os técnicos que acompanham os treinamentos até o próximo domingo (21).
Após a contratação feita por meio da parceria da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), esse é o primeiro contato do treinador - que já colocou mais de 20 atletas no pódio olímpico - com as ginastas brasileiras, que têm idade para representar o País em 2016. O primeiro momento é de avaliação e familiarização. "Vejo muito potencial nessas atletas, mas temos que trabalhar forte. Elas já progrediram durante esses dias. Temos boas ginastas no Brasil e temos bons técnicos. Só depende delas trabalhar forte para obter as conquistas", comentou Alexandrov.
Para a Ginástica Artística Feminina do Brasil, a vinda de um treinador com a experiência de Alexandrov, trará um ganho incalculável, conforme detalha a coordenadora da modalidade da CBG, Georgette Vidor. "Ele está entre os cinco melhores técnicos do Mundo. É um ícone da ginástica internacional. Estávamos buscando alguém para ser o treinador chefe da Seleção para que pudesse fazer uma mudança de resultado em pouco tempo e ele é a pessoa ideal", frisou.
A coordenadora conta que o russo está trabalhando muito bem em conjunto com os técnicos dos clubes, presentes nas atividades. "Ele está fazendo uma avaliação, a partir da observação desse camping, junto comigo e com os outros treinadores. A CBG hoje, com a gestão da professora Luciene (Resende), é mais participativa, em que os treinadores dão sua opinião, para que eles também sejam cada vez mais motivados a trabalhar", explicou.
Georgette acrescenta que Alexandrov já fez várias observações no que diz respeito não somente à técnica, mas também à preparação física específica de cada ginasta. "Ele já está mudando algumas coisas, dando muitas informações e orientando as meninas em vários aspectos. Posteriormente a esse Camping, ele também fará visitas aos clubes e, depois, vamos escolher um grupo de ginastas que, provavelmente, ficarão conosco até o final, na preparação para os Jogos Olímpicos."
Um dos treinadores que estão acompanhando as ginastas durante o camping é Ricardo Pereira, do Clube de Regatas Flamengo (RJ). Para ele, a vinda de Alexandrov para o Brasil era o que estava faltando. "Temos agora o maior desafio de nossas carreiras, que é uma Olimpíada em casa. Esta é uma nova geração da ginástica. A maioria dessas atletas nunca passou por um treinador estrangeiro. Elas chegaram até aqui preparadas pelos técnicos brasileiros, que já fazem um bom trabalho e, agora, ele irá lapidar. Ele irá nos dar uma diretriz para sabermos o caminho. Ele veio para acrescentar muito. Para nós é perfeito."
A ginasta Daniele Hypolito é a mais experiente do grupo e também celebra o início do trabalho com o treinador. "Está sendo muito bom ter esse primeiro contato com o Alexandrov. Ele está olhando tudo, vendo de uma maneira geral e está vendo também o trabalho diferenciado de cada clube. Com certeza, daqui para a frente, ele vai nos direcionar mais e ter um outro tipo de contato com a gente, para que possamos progredir cada vez mais", avaliou.
O camping conta com a participação de 23 atletas, oito técnicos brasileiros, cinco estrangeiros, incluindo Alexandrov, e oito árbitros. que farão uma avaliação das ginastas no sábado (20).