Hall da Fama do COB terá 10 novos homenageados em 2019

Equipe brasileira de Pistola Livre nos Jogos Olímpicos da Antuérpia 1920: Fernando Soledade, Tenente Guilherme Paraense, Afrânio da Costa, Tenente Mário Maurety e Dario Barbosa / Foto: Afrânio da Costa/arquivo pessoal

Rio de Janeiro - O Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil terá dez novos integrantes em 2019. 
 
Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro, em Munique 1972; Hortência e Paula, campeãs mundiais de basquete em 1994 e prata olímpica em Atlanta 1996;  Joaquim Cruz, campeão olímpico de atletismo nos 800m em Los Angeles 1984 e prata olímpica nos 800m em Seul 1988; os já falecidos Guilherme Paraense (tiro esportivo), primeira medalha de ouro olímpica do Brasil na história dos Jogos Olímpicos (Antuérpia 1920); João do Pulo, duas vezes medalhista de bronze olímpico no atletismo; Maria Lenk (natação), primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932; Sylvio Magalhães Padilha, primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, em Berlim 1936; e os treinadores de vôlei Bernardinho, bicampeão olímpico; e José Roberto Guimarães, tricampeão olímpico.
 
“O Hall da Fama do COB pretende eternizar os atletas e treinadores que ajudaram a construir nossa história olímpica. Tenho certeza de que a história desses grandes personagens do esporte será inspiração para novas gerações”, diz o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, que complementa. “As homenagens estarão à mostra no Centro de Treinamento Time Brasil, futura sede administrativa do COB, em um espaço aberto à visitação pública. Mas, antes, faremos a solenidade de gravação dos moldes junto à sociedade, em eventos ao longo do ano de 2019, como forma de valorizar ainda mais esses heróis”.
 
Os dez ídolos do esporte nacional deixarão suas marcas eternizadas em moldes de pés ou mãos, além de imagens das faces dos homenageados póstumos, em eventos como o Dia Olímpico, na comemoração de um ano para Tóquio 2020, nos Jogos Escolares da Juventude e no Prêmio Brasil Olímpico ou de acordo com a afinidade com a ação e disponibilidade de presença. Posteriormente, todas as recordações ficarão expostas em um mural no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
 
Este ano o COB recebeu 23 indicações para o Hall da Fama, sendo que apenas 17 estavam elegíveis às regras do edital de premiação. Participou do processo de seleção uma comissão formada por sete membros da diretoria do COB; os dois representantes nacionais do Comitê Olímpico Internacional (COI); dois integrantes da Comissão de Atletas; e quatro do Conselho de Administração do COB. Para que o candidato fosse eleito, era necessário ter, pelo menos, 75% de votos do total dos membros da Comissão Avaliadora. Os selecionados passaram, no total, por seis rodadas de votação até que os dez nomes fossem definidos.
 
Idealizado em 2018 pelo COB para celebrar as conquistas dos maiores atletas e técnicos do país, personagens que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações, o Hall da Fama homenageará anualmente 10 atletas. 
 
“Essa é apenas a segunda seleção de nomes para o Hall da Fama que pretende, pouco a pouco, ocupar essa lacuna de reconhecimento e valorização da história olímpica do país. Em breve tenho certeza de que teremos conseguido ressaltar os feitos e glórias dos grandes atletas e treinadores brasileiros”, comentou o diretor geral, do COB, Rogério Sampaio, campeão olímpico de judô em Barcelona 92.
 
Um espaço virtual dentro do site oficial do COB, com o perfil de cada um dos homenageados, as conquistas, fotos e vídeos, incluindo imagens do dia em que deixaram as marcas, também está sendo criado. Nesse espaço, a torcida poderá deixar mensagens para os ídolos. Os vídeos de gravação dos moldes durantes as homenagens também poderão ser vistos através do QR Code que cada peça receberá antes de ser exposta.
 
O Hall da Fama homenageou em sua primeira edição, durante o Prêmio Brasil Olímpico, em dezembro de 2018: Torben Grael, da vela, maior medalhista olímpico do Brasil; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva, do vôlei de praia, primeiras brasileiras a ganharem medalhas de ouro nos Jogos; e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Movimento Olímpico.
 
Confira abaixo os principais resultados dos homenageados do Hall da Fama do COB 2019:
 
Bernardo Rezende (Bernardinho) - vôlei
 
- Maior campeão da história do voleibol, acumulando mais de 30 títulos importantes em vinte anos de carreira
- Ouro nos Jogos Olímpicos Atenas 2004 e Rio 2016 (treinador da seleção masculina)
- Seis medalhas olímpicas como treinador (duas na seleção feminina e quatro na masculina)
- Prata nos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984 (como atleta)
 
Chiaki Ishii - judô
 
- Bronze nos Jogos Olímpicos Munique 1972 (categoria meio-pesado)
- Primeiro medalhista olímpico da história do judô brasileiro
- Bronze no Mundial de Ludwigshafen (Alemanha)
 
Guilherme Paraense (tiro esportivo)
 
- Ouro nos Jogos Olímpicos Antuérpia 1920 (pistola de tiro rápido) – primeira medalha de ouro do Brasil na história dos Jogos
- Bronze nos Jogos Olímpicos Antuérpia 1920 (por equipe)  
- Porta-bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Antuérpia 1920
 
Hortência (basquete)
 
- Campeã mundial na Austrália – 1994
- Prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996
- Ouro nos Jogos Pan-americanos Havana 1991
- Maior pontuadora da história da Seleção Brasileira
 
João do Pulo (atletismo)
 
- Bronze nos Jogos Olímpicos Montreal 1976 e Moscou 1980 (salto triplo)
- Antigo recordista mundial do salto triplo (17,89m em 15 de outubro de 1975)
- Porta-bandeira na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Montreal 1976 e Moscou 1980
 
Joaquim Cruz (atletismo)
 
- Ouro nos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984 (800m)
- Prata nos Jogos Olímpicos Seul 1988 (800m)
- Primeiro atleta brasileiro a ganhar medalha de ouro olímpica em prova de pista
 
José Roberto Guimarães (vôlei)
 
- Ouro nos Jogos Olímpicos Barcelona 1992 (treinador da seleção masculina)
- Ouro nos Jogos Olímpicos Pequim 2008 e Londres 2012 (treinador da seleção feminina)
- Único treinador no mundo campeão olímpico com seleções de ambos os sexos
 
Maria Lenk (natação)
 
- Participações nos Jogos Olímpicos Los Angeles 1932 e Berlim 1936
- Primeira atleta sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos na história
- Primeira brasileira a estabelecer um recorde mundial, nos  200m e dos 400m peito (1939) - 
 
Paula (basquete)
 
- Campeã mundial na Austrália – 1994
- Prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996
- Ouro nos Jogos Pan-americanos Havana 1991
 
Sylvio de Magalhães Padilha (atletismo)
 
- Primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, em Berlim 1936 (5° lugar nos 400m com barreiras)
- Porta-bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Londres 1948
- Presidente do COB entre 1963 e 1990 
 
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