Rebeca Andrade lidera nova geração nos Jogos da Juventude

Aos 14 anos, atleta carioca se prepara para os Jogos Olímpicos Rio 2016 / Foto: COB

Rio de Janeiro - Uma nova geração de ginastas está sendo preparada para dar prosseguimento a uma era de sucesso para a modalidade no Brasil. Comandadas pela carioca Rebeca Andrade, a equipe brasileira juvenil da modalidade quer seguir os passos de Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Jade Barbosa e Laís Souza, e continuar fazendo história para o esporte do país. O planejamento é para que boa parte deste jovem grupo, com média de idade de 13 anos, represente o país nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Nesta quarta-feira, dia 25, primeiro dia de finais por aparelhos dos I Jogos Sul-americanos da Juventude Lima 2013, o Brasil garantiu medalhas de ouro e prata no salto e nas paralelas. Além de Rebeca, Flávia Saraiva, Lorenna da Rocha e Thauany de Araújo formam a geração que se prepara para despontar nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020.

Com apenas 14 anos e resultados expressivos no currículo, Rebeca Andrade é a líder desta nova geração. Em Lima, foi ouro no individual geral, por equipe, e no salto, além de prata nas paralelas. A ginasta ainda compete nas finais do solo e da trave, nesta quinta-feira. A atleta do Clube de Regatas do Flamengo é bicampeã do Troféu Brasil 2012 e 2013 e campeã do pan-americano juvenil de 2012.No Campeonato Sul-Americano Juvenil, realizado na Colômbia, em agosto, conquistou três ouros, uma prata e um bronze. “Acho que me saí bem nesta competição. Estou treinando vários elementos, aprendendo coisas novas. Cheguei aqui com muita vontade de competir, querendo mostrar para todo mundo o quanto o Brasil é bom, que a gente tem chance de chegar em 2016 bem. Estamos no começo de um belo trabalho, que certamente trará resultados”, afirmou Rebeca.
 
Líder natural de um grupo jovem, Rebeca já se vê como exemplo para as meninas menos experientes. “Eu gosto de fazer o meu melhor para dar um bom exemplo”, destaca a carioca, que reconhece em Daiane dos Santos e Daniele Hypolito suas maiores referências na modalidade. “Minha relação com elas é super legal, tranquila. Elas conversam com a gente, dão força, explicam o que é melhor para gente. É muito bom ter essas referências”, acredita Rebeca, que me 2012 intergrou o Projeto Vivência Olímpica, do COB, que levou jovens promessas para os Jogos Olímpicos Londres 2012.
 
Outra revelação do grupo que compete nos Jogos Sul-americanos da Juventude é pequena Flavia Saraiva, de apenas 1,31m. A carioca foi a melhor nas paralelas deixando Rebeca com a prata. Flavinha, como é chamada pelas companheiras, está classificada ainda para as finais do solo e da trave. “Minha performance nesta competição está muito boa. Bem melhor que o sul-americano do ano passado, quando tive um monte de falhas. Até mesmo esse ano, no brasileiro, no juvenil, em cada competição eu tive uma queda. Por enquanto, aqui em Lima, não tive nenhuma. Me preparei melhor. Meu treinador me ajudou bastante”, relatou a jovem, que compete pelo Qualivida, de Três Rios (RJ).
 
Para Flavia, Rebeca Andrade já é uma referência dentro do grupo. “Eu gosto muito dela. Ela é bem minha amiga e a gente torce uma pela outra. Ela me ajuda bastante nas competições, porque ela já tem uma experiência maior do que eu”, explicou Flávia. Para a ginasta de 13 anos, o objetivo principal deste grupo está bem definido. “A meta é chegar em 2016 e conquistar uma medalha olímpica para o Brasil”, projeta.
 
O treinador da equipe brasileira feminina nos Jogos Sul-americanos da Juventude, Alexandre Carvalho, elogia a nova geração da ginástica brasileira. “Essa geração é muito talentosa. O único problema é que ela é muito nova. Ainda não podemos levá-las para o mundial para fazer a renovação da ginástica. Não temos muita quantidade, mas é uma das melhores gerações que já surgiram. Esse é o grupo que está sendo preparado para 2016”, afirmou Alexandre, que ressaltou a importância de Rebeca para este grupo.“A ginástica que ela faz hoje já é de adulta. E ter um espelho como esse acaba elevando o nível das outras meninas, então isso para gente é espetacular”, observou Alexandre.
 
A Seleção Brasileira feminina de ginástica artística treina no centro de treinamento de Três Rios sob o comando do russo Alexandre Alexandrov, contratado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para elevar o nível da modalidade no país. O COB também apoia a preparação das atletas com suporte na área de Ciências do Esporte.
 
O Brasil está com um total de 51 medalhas nos Jogos Sul-americanos da Juventude, sendo 25 de ouro, 15 de pratas e 11 de bronze.
 
Mais informações sobre a participação do Brasil no evento podem ser encontradas no site do COB.

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