Mundial é 1º passo para vaga olímpica inédita do conjunto masculino
Rio de Janeiro - O Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que começa nesta sexta-feira (03.10) na cidade de Nanning, na China, será crucial para o trabalho do conjunto masculino brasileiro. A competição é o primeiro passo para a classificação inédita da equipe masculina em uma edição dos Jogos Olímpicos, na edição do Rio de Janeiro em 2016.
Até o momento, a delegação brasileira só conseguiu disputar por equipes os Jogos Olímpicos no feminino. No masculino, o país foi representado nas provas individuais. Assim, a meta da ginástica nacional é conseguir a vaga para a equipe masculina no Rio 2016 e figurar pelo menos entre as dez primeiras colocações, das 12 que estarão nos próximos Jogos Olímpicos.
O superintendente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Klayer Mourthé, explica que o planejamento da entidade para ampliar o número de medalhas na modalidade em 2016 tem o foco também nos ginastas generalistas – que têm média de bons resultados em todos os aparelhos (solo, salto sobre a mesa, cavalo com alças, barras paralelas, barra fixa e argolas).
“O Sérgio Sasaki foi quinto no geral individual do Mundial de Antuérpia 2013, na Bélgica, e o Arthur Nory, 17º lugar, o que é muita coisa. São posições muito fortes”, diz. “Por isso, temos reais possibilidades de melhorar o processo no individual geral e classificar atletas também em finais por aparelhos”, acrescenta.
Preparação do conjunto masculino para representar o país no Mundial da China (Foto: Divulgação/CBG) Klayer Mourthé explica que o Campeonato Mundial de Ginástica de Nanning é a primeira etapa para a classificação olímpica. “Será uma classificação tranquila para as equipes feminina e masculina, porque devemos estar entre os 24 países, no feminino e no masculino, para disputar o Mundial do ano que vem. Aí será a segunda etapa, porque 2015 garante apenas oito países no feminino e oito no masculino diretamente para o Rio 2016. No caso da ginástica artística, não existem vagas automáticas para o Brasil, por ser país-sede”, explicou.
Se hoje a ginástica artística pode pensar em medalha olímpica nas argolas com Arthur Zanetti, que segue entre os três melhores do mundo, o superintendente da CBG explica por que o trabalho então se volta também para os ginastas generalistas. “Historicamente quem ganha medalha no individual geral também consegue vaga em finais por aparelhos e consegue medalha em uma ou duas provas”, acrescenta.
A logística é, portanto, crucial para se tentar o maior número possível de medalhas olímpicas no Rio 2016. “No Mundial, por equipes, temos o esquema 5-4-3. São cinco atletas inscritos. Quatro competem – não necessariamente os mesmos. Valem as três melhores notas para a soma. Com dois generalistas fortes, e um campeão olímpico por aparelhos trabalhando também com solo e salto, mais um quarto atleta que se garanta, podemos pensar em chegar entre as seis melhores equipes do mundo”, afirma.