Ministério do Esporte e CBG anunciam os contemplados com a Bolsa Atleta Pódio

Arthur Zanetti / Foto: Ricardo Bufolin / CBG

Rio de Janeiro - Na semana em que a contagem regressiva para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016 marca 1.000 dias, os ginastas brasileiros Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Sérgio Sasaki são anunciados como os mais recentes contemplados com a Bolsa Atleta Pódio, que oferece apoio complementar aos atletas brasileiros com chance de disputar medalhas nos Jogos Olímpicos e nos Jogos Paraolímpícos de 2016.

Com a lista desta segunda-feira (04.11), passou para 124 o número de atletas que tiveram os nomes anunciados pelo Ministério do Esporte para receber a Bolsa Atleta Pódio, investimento financeiro que faz parte do Plano Brasil Medalhas. Já foram contemplados judô (27), vôlei de praia (15), atletismo (19) e pentatlo moderno (1), além de dez modalidades paraolímpicas – atendendo 59 atletas.
 
Em parceria com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), as medidas do governo asseguram aos atletas os recursos necessários para formação de equipes técnica e multidisciplinar, viagens de treinamentos e competições e compra de equipamentos e materiais esportivos. A meta é colocar o Brasil entre os dez primeiros países nos Jogos Olímpicos e entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos de 2016.
 
A Bolsa Pódio é um incremento aos investimentos já existentes. Os valores das bolsas são de R$ 5 mil, R$ 8 mil, R$ 11 mil e R$ 15 mil, para atletas de modalidades olímpicas e paraolímpicas individuais. O número de contemplados pode ter variações, uma vez que, para ter direito ao apoio, os atletas devem atender a vários critérios técnicos, entre eles estar situados entre os 20 melhores do ranking mundial de suas provas e comprovar evolução na carreira. Os atletas não selecionados na Bolsa Pódio continuam recebendo os recursos do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
 
O secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, argumenta que “o investimento que o governo vem fazendo na preparação das seleções principais visando aos Jogos de 2016 reflete na formação das categorias de base das modalidades olímpicas e paraolímpicas, porque os jovens atletas acabam convivendo com os técnicos e outros profissionais que treinam as equipes de ponta, utilizam os mesmos equipamentos, usufruem das mesmas estruturas”. Para ele, essa convivência cria um “efeito irradiador” que deixa um “legado incomparável” para o esporte brasileiro. “Fruto da realização dos Jogos de 2016 no Brasil. Do contrário, o esporte brasileiro jamais receberia tanta atenção e investimento”, acredita.
 
Investimentos na ginástica
 
A Bolsa se junta a outros investimentos federais que a ginástica vem recebendo nos últimos anos para que os atletas disputem em igualdade de condições com seus adversários. Atualmente, as três modalidades da ginástica (rítmica, artística e de trampolim) contam com 104 beneficiados com a Bolsa Atleta em quatro categorias de bolsas (Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica). A estas se soma, agora, a Bolsa Pódio. Os três atletas anunciados já eram bolsistas do Ministério e migram para a nova categoria. As bolsas, portanto, abrangem todos os estágios de desenvolvimento da ginástica, da base ao olímpico.
 
Por meio de convênio, o Ministério do Esporte repassou à CBG R$ 7,2 milhões para aquisição de equipamentos para aparelhar centros de treinamento da ginástica artística e de trampolim em diversos municípios. Outro convênio, de R$ 859 mil, foi destinado à preparação da Seleção Brasileira de ginástica rítmica, que se classificou em 12º lugar na disputa de conjunto no Campeonato Mundial realizado na Ucrânia em setembro deste ano. No Mundial anterior, a seleção havia ficado em 22º lugar. Nas provas individuais também houve evolução significativa.
 
Em Santa Catarina, o Ministério do Esporte firmou convênio com a Federação de Ginástica do estado para implantação e estruturação de núcleos de base de ginástica artística nas cidades de Blumenau, Florianópolis, Joinville, Chapecó, Criciúma e São Bento do Sul.
 
Plano Brasil Medalhas
 
O Plano Brasil Medalhas foi anunciado em setembro do ano passado e terá aporte de R$ 1 bilhão adicional em investimentos públicos federais para este ciclo olímpico. O plano é destinado a apoiar atletas e construir, reformar e equipar centros de treinamento. São 21 centros de treinamento de modalidades olímpicas e um das paraolímpicas que comportará 15 modalidades, em São Paulo.
 
Também faz parte do plano o apoio de empresas estatais para modalidades coletivas e individuais em formato diferente e adicional ao patrocínio que a maioria das empresas federais já dá a vários esportes.

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