Ginastas dão “nota 1000” a equipamentos de Brasília
Rio de Janeiro - Com a apresentação de crianças do Distrito Federal, foi feita nesta sexta-feira (03.10) a entrega simbólica de equipamentos de ginástica artística no anexo do ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Resultado do convênio com valor em torno de R$ 7,3 milhões entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), o lote faz parte da maior aquisição da história da modalidade no país. Com mais de mil itens, os kits de equipamentos cobrirão 13 centros espalhados pelo Brasil, como parte da Rede Nacional de Treinamento que está sendo estruturada como legado dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Das crianças que testaram os equipamentos, Vitória Ribeiro e Daniele Farias Rodrigues deram “nota 10... 10, não! 1000!”, para os equipamentos, que “são mais macios, jogam você mais fácil lá para o alto e ainda não escorregam que nem na nossa trave mais velha, onde você tem de passar magnésio nela todinha”, disse.
O secretário Ricardo Leyser exaltou a formação de um legado para o esporte brasileiro para além de 2016 (Foto: Francisco Medeiros/ME)O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, explicou que a eleição do Rio de Janeiro a sede olímpica, em 2 de outubro de 2009, fez com que o governo federal aproveitasse o momento e se preparasse para transformar o esporte no país. “O Brasil planejou e vai entregar um legado. Não apenas medalhas em 2016, mas em 2020, 2024. O esporte brasileiro vai para outro patamar”, observou.
Equipamentos espalhados pelo país - A presidente da CBG, Luciene Resende, lembrou quando era preciso encher “duas carretas pelo Brasil com equipamentos da ginástica para se fazer um campeonato”, o que não será mais preciso, por causa dos equipamentos oficiais, aprovados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), em 13 cidades brasileiras – Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, São Bernardo (SP), Rio de Janeiro, Vitória, Contagem (MG), Brasília, Goiânia, Manaus, Belém, Macaíba (RN) e Aracaju.
A chegada de infraestrutura, obras e dos próprios kits de material, como lembrou o secretário Leyser – e não apenas para a ginástica, mas para vários outros esportes como atletismo, luta olímpica, tiro com arco, tênis de mesa –, movimenta não apenas os atletas, mas cursos para formação de mais técnicos, traz interesse para formação de especialistas em ciências do esporte e movimenta mesmo a indústria de equipamentos esportivos.
Secretário de Esporte do Distrito Federal, Célio René Vieira falou do esforço do governo federal, “que vê o esporte também como parte da educação das nossas crianças”, e de como o anexo do Nilson Nelson ficará lotado. O local passa a se chamar “Professor Dilcivan Monteiro” e o homenageado, técnico de ginástica olímpica, também se prontificou a ajudar seu esporte como puder.
Treinos, mas também competições - O presidente da Federação Brasiliense de Ginástica, Marco Martins, tem agora todos os aparelhos da ginástica artística feminina (solo, salto sobre a mesa, trave e barras paralelas assimétricas) e da masculina (além do solo e do salto, que são comuns, barras paralelas, barra fixa, cavalo com alças e argolas), e ainda um kit de ginástica artística, que deverá ficar na Universidade Católica.
Como já faz anualmente uma Copa Brasília – em maio deste ano participaram em torno de 600 crianças –, o dirigente espera aumentar agora o número de ginastas que irão se dedicar ao alto rendimento, além dos já tradicionais centros da cidade – como por exemplo a Asbac (Associação dos Servidores do Banco Central).
Kelma Almeida, ex-atleta, e Tatiana Freire, que dão aulas de ginástica artística no Centro Iniciação Desportiva – CID – do Setor Leste, dizem que são 160 alunos, de 4 a 17 anos, e todos estão ansiosos pela possibilidade de participar de visitas e períodos de treinamento nos novos aparelhos, “porque sabem que são os mesmos, iguaizinhos àqueles onde treinam os seus ídolos”.