Velozes e profissionais, S40 brilham na Rolex Ilhabela Sailing Week 2012

Largada da S40 em 2011 / Foto: Rolex / Carlo Borlenghi Ilhabela - A história dos veleiros de oceano one-design não ficou restrita à HPE. Com o crescimento da modalidade no País, após as vitórias de Torben Grael e companhia na Volta ao Mundo e a consolidação da Rolex Ilhabela Sailing Week, os barcos de um único modelo ganharam espaço na América Latina com a S40, a mais profissional das categorias. O evento, de 7 a 14 de julho no litoral paulista, chega à 39ª edição e terá outra classe sem handicap, como a C30, que faz sua estreia, e HPE. As demais classes serão ORC e BRA-RGS (Maxi, A,B,C e Cruiser).

 

Pela quarta vez, o Yacht Club de Ilhabela (YCI) terá a reunião dos melhores da classe, que inclui Torben Grael e Lars Grael entre os mais famosos. O Soto 40 é projetado pelo argentino Javier Soto Acebal, o mesmo que fez os HPE, e caiu no gosto dos principais velejadores do País. "É um barco espartano. Comparável aos carros de Fórmula 1. Se chover ou fazer frio, todos irão sofrer. Por isso, acredito que é uma classe diferenciada e muito profissional", revela o tático do Crioula, Samuel Albrecht. "Não há chance de fazer travessias com o S40. É um veleiro de regata, sem banheiro ou conforto".

Classificado como uma máquina de regatas, as embarcações de 40 pés são rápidas (podendo chegar a 40 km/h) e planadoras com 12,3 m de comprimento, 3,75 m de boca, 2,60 m de calado e desloca apenas 4.200 quilos. "O Brasil precisava de uma categoria de oceano. Foi difícil criar essa mentalidade entre os velejadores. Começamos com barcos menores e mais baratos no HPE e agora a batalha é no S40. O objetivo é consolidar, definitivamente, a classe no Brasil", explica Souza Ramos.

Apesar de ser construído na argentina, o projeto do S40 tem DNA e palpites precisos de brasileiros na sede do Yacht Club de Ilhabela. Em 2008, o desejo de um grupo de velejadores era ter um barco competitivo, veloz, leve e com tecnologia. Dito e feito: após a Rolex Ilhabela Sailing Week daquele ano, a história seria outra.

"Desde dos anos 2000, o YCI está na vanguarda da vela de oceano brasileira e da América Latina. Vimos a consolidação da HPE, o surgimento e a fama do S40 e agora os C30. Sem contar as classes que precisam de rating como ORC e RGS, que encontram no Yacht Club de Ilhabela espaço para evoluir tecnicamente. Os campeonatos são cada vez mais fortes e, depois da chegada da Rolex, a importância triplicou. Por isso, nossa responsabilidade em fazer um evento de alto nível aumenta a cada ano", relata José Manuel Nolasco, diretor de vela do YCI.

"Os adversários estão cada vez mais fortes. O nível está muito alto e todos os barcos inscritos estão prontos para vencer a Rolex Ilhabela", finaliza Samuel Albrecht. A classe one design (barcos iguais) reúne os melhores do País como Torben Grael (Mitsubishi Energisa), Eduardo Souza Ramos (Pajero), Eduardo Plass (Crioula) e Roberto Martins (Carioca).

Um dos confirmados para a competição. que começa no dia 8 de julho com a Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste, é o chileno Apolonia, do comandante Jaime Charad. "A S40 está cada vez mais forte no Chile. São nove ao todo, o que configura a maior flotilha do mundo. Vamos ao Brasil por duas razões:a primeira é que a Rolex Ilhabela Sailing Week é um evento de alto nível e a segunda é correr com feras da modalidade. Queremos vencer a competição e chegar forte para o Mundial de Soto em 2013, em casa", revela o líder do Apolonia, Jaime Charad.

 

Estreia da C30 - Assim como a S40 e a HPE, a Carabelli 30 é mais uma aposta de barco de desempenho para oceano. A estreia mundial da classe foi no final do ano passado no Yacht Club de Ilhabela, com dois barcos, e agora a Rolex Ilhabela Sailing Week será a primeira competição em que os seis veleiros já produzidos se enfrentarão. Desenhado por um dos maiores nomes da vela mundial, Horácio Carabelli, o veleiro une velocidade e custo benefício. O peso é de 1900 quilos e pode receber seis velejadores (timoneiro, tático, dois trimmers, proeiro e secretaria) somando 500 quilos.

Nas regatas em Ilhabela estarão presentes os veleiros: Loyal TNT (Marcelo Massa), Barracuda Matrix(Humberto Diniz Silva) e +Realizado (José Luis Apud), representando São Paulo e Katana Energia(Fábio Filippon), Kaikias(Tarcísio Matos) e Corta Vento (Carlos Augusto de Matos) de Santa Catarina. "É impossível ter previsão de resultados em um one-design. Vence quem veleja melhor e erra menos. A ideia é treinar e evoluir nas provas", revela o presidente da classe, Tarcísio Matos.

Na avaliação dos velejadores, o C30 é um barco com desempenho diferenciado, muito rápido comparado com os atuais. Estão presentes modernidade, tecnologia e inovação, além de ser robusto e seguro.

 

Juízes na água - Como no ano passado, a Rolex Ilhabela Sailing Week terá julgamentos de protestos dentro da água com árbitros credenciados pela ISAF e liderados por Nelson Ilha, que irá para sua quinta Olimpíada em Londres. O mesmo processo também é aplicado nas principais competições pelo mundo como America´s Cup e Match Race.

Serão 10 juízes treinados pela ISAF. O grupo de árbitros acompanhará as regatas de perto e julgará os pedidos de protesto na hora, evitando assim as definições no Yacht Club de Ilhabela. "Com este sistema nenhum protesto fica para ser definido em terra e o resultado sai na hora. Isso agiliza a competição", conta Cuca Sodré, presidente da Comissão de Regatas da Rolex Ilhabela Sailing Week. As classes HPE25, C30 e S40 terão julgamento na água. Já as que precisam de rating, como ORC e RGS seguem com o mesmo processo, ou seja, o julgamento dos protestos após as regatas, em terra.
 

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