Rolex Ilhabela Sailing Week tem várias opções de disputa

Regata terá 150 barcos / Foto: Rolex / Carlo BorlenghiSão Paulo - Evento obrigatório na vela oceânica nacional, a Rolex Ilhabela Sailing Week chega a sua 39ª edição consolidada como a maior regata da América Latina, com a presença de 150 barcos divididos nas classes S40, ORC, HPE, C30 e BRA-RGS. Opções não faltam para correr com os melhores atletas do mundo nas raias do litoral norte paulista.

 

Famílias de velejadores, como os Grael, e escolas de vela são exemplos do alto nível da competição e mostram como confraternização e amizade a bordo são importantes no esporte. O evento será disputado de 7 a 14 de julho no Yacht Club de Ilhabela (YCI), com representantes de Brasil, Argentina e do Chile.

 

Famílias - O sucesso da Rolex pode ser explicado pelo antigo ditado do "filho de peixe". Feras da modalidade, como o maior campeão olímpico do Brasil, Torben Grael, costumam convocar toda a família para velejar ao seu lado. Nesta edição da Rolex Ilhabela Sailing Week, o clã Grael estará presente.

Torben, seu irmão mais Lars, também medalhista olímpico, a mulher Andrea e o filho Marco fazem parte da tripulação do S40 Mitsubishi Energisa. Outra filha do bicampeão olímpico, Martine é a única da família que não estará com a família: ela será a comandante do HPE Atik, da Marinha do Brasil, terceiro colocado no ano passado.

"São poucas as oportunidades que temos para velejar juntos e temos de aproveitar sempre. Os meus filhos estão bem encaminhados nas classes olímpicas e já apresentam resultados nas classes de Oceano. Sempre fui incentivador e tenho certeza que vão evoluir ainda mais", conta Torben Grael.

Lars também exalta o clima da Rolex Ilhabela Sailing Week: "É, sem dúvida, o principal evento da vela brasileira. Nem a previsão de vento e frio poderá atrapalhar o sucesso da competição. São velejadores de alto nível e barcos cada vez mais rápidos na raia".

Outras famílias tradicionais estarão na raia. Uma delas são os Buckup, com Marc e Mário, correndo no Maria Preta na BRA-RGS Maxi. "É muito legal correr em família, já que na maioria das manobras nem é preciso falar, só pelo olhar a gente já sabe o que fazer", revela Mário Buckup.

Na mesma categoria, Bayard Umbuzeiro Filho velejará com seu filho no veleiro Inaê-Transbrasa. Na Cruiser, Alain Simon terá a companhia do filho Patrick no Sessentão, o maior veleiro da flotilha com 60 pés. Campeão em 2011 na HPE, Fábio Bocciarelli terá o apoio da filha Marina para tentar o bi com o Atrevido.

 

Escolas - Quem quiser chegar ao nível dos Grael pode começar em um dos veleiros de escolas de vela inscritos na competição. As opções são variadas, entre barcos da Marinha (apenas para militares), como o Grêmio de Vela da Escola Naval, veleiros de escolas públicas, como o Charlie Bravo da Prefeitura de Ilhabela, ou escolas privadas, como o BL3, o Fram e o Cinthia&Lua.

Uma das mais ativas escolas de vela de Ilbabela, a BL3 está comemorando 20 anos em Ilhabela em 2012 e competindo com dois barcos. "Nesse período, conseguimos ensinar a arte da velejada para muitos atletas e amantes da navegação. Para esta 39ª edição da Rolex, investimos bastante e teremos dois barcos Wind 34 tripulados pelos alunos", conta o líder do BL3 Alísios, Clauberto Andrade.

Os dois veleiros da BL3 correrão na BRA-RGS. Maior classe da flotilha, com mais de 60 embarcações em Ilhabela, e mais cruzeirista, a categoria tem cinco subdivisões (Maxi, A, B, C e Cruiser).

Outro barco escola na classe é o Charlie Bravo. O veleiro, antes usado para transporte de cocaína, foi apreendido pela Polícia Federal e doado para a Prefeitura de Ilhabela. "Estamos a cada dia mais entrosados e esperamos fazer uma bela participação nesta que é a maior competição da América Latina, juntamente com nossos alunos da Escola Municipal de Vela de Ilhabela", declara o comandante Marcos Cardial.

A embarcação atende, atualmente, 70 jovens a partir dos 15 anos, que descobrem o dia a dia da modalidade na prática, sempre monitorados por professores especializados. Nos últimos quatro anos, mais de 1.400 marinheiros foram formados por meio de cursos e atividades sociais como essa em Ilhabela. Os jovens, muitos já inseridos no mercado de trabalho, aprenderam diversos aspectos do trabalho em um barco, entre eles a costura náutica, a veleria e a capotaria, além de como manejar um veleiro.

A tradicional competição terá 150 barcos nas classes S40, ORC, HPE, C30 e BRA-RGS. O calendário de provas começa na manhã do dia 8 de julho, com as regatas Eldorado Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil, Ilha de Toque-Toque por Boreste e Renato Frankenthal - HPE 25.

"O sucesso da Rolex Ilhabela Sailing Week é cada vez mais efetivo em função de conciliar os barcos mais modernos da atualidade, como os one design S40, C30 e HPE 25, com tripulações profissionais ou semi-profissionais, com veleiros de escolas de vela, com jovens de futuro, e grupos de amigos que velejam na BRA-RGS com o mesmo espirito competitivo, passando pela prestigiada ORC Internacional, a melhor regra para quem gosta de 'turbinar o rating' do seu barco", informa José Manuel Nolasco, diretor de vela do YCI e responsável pela organização do campeonato.
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Rugby campeão

Brasil é campeão do Sul-Americano 6 Nações

 
 

 

 
Mascotes

Mais lidas da semana

Curta - EA no Facebook