Ingleses tentam fugir do trânsito durante as Olimpíadas

Pontos quentes do transporte durante os Jogos estão em toda a parte / Foto: Transport for LondonLondres - Que os Jogos Olímpicos atraem a atenção do mundo todo e são uma vitrine gigantesca para a cidade-sede os londrinos já sabem e não se importam. Em contrapartida, um fator irreversível, que mudará a vida dos moradores de Londres e já os preocupa é o excesso de turistas e, consequentemente, os nós que estes habitantes temporários darão no transporte público já sobrecarregado da capital inglesa.

Discussões não têm faltado quando o assunto é um plano de contenção que iniba um possível cenário caótico nos trens de Londres. Durante os Jogos, pesquisas já dão conta de que o metrô terá pelo menos três milhões de viagens extras, além das já usuais 12 milhões diárias.

Os principais gargalos no sistema de transporte metroviário devem ser as estações de baldeação nas linhas Central, Jubilee, District e Hammersmith and City. Estas linhas levam às duas estações próximas ao Parque Olímpico - Stratford e West Ham -, nas quais todos irão querer chegar, para acompanhar as disputas olímpicas.

O Transport for London (TfL), órgão municipal responsável pelo transporte na cidade, tenta de alguma forma aliviar para os londrinos. No site do TfL, os trabalhadores e usuários comuns do transporte público já podem visualizar aqueles que serão, de acordo com a página, os "pontos quentes" durante os Jogos. Ou seja, aqueles locais que estarão congestionados muito além do normal e que certamente terão maior tempo de viagem.

Inicialmente, os pontos quentes não eram muitos; porém, apenas na última semana, o TfL agregou algumas dezenas deles e agora são 88 os locais dos quais os londrinos deverão ficar longe, caso queiram evitar o caos no transporte.

Outra tentativa de acalmar os ânimos preocupados dos londrinos é o site Get Ahead of the Games ("Chegue à frente dos Jogos", em tradução livre). A página, também governamental, basicamente dá dicas para tornas as jornadas mais fáceis durantes os jogos, expondo os caminhos que, em teoria, estarão na direção inversa para onde irão os espectadores dos Jogos.

Mas o novo site não fez muita diferença, de acordo com Jacquelin Magnay, editora de um dos maiores jornais de Londres, o The Telegraph. Jacquelin, aliás, usou o espaço que tem no diário londrino para criticar a falta de um plano alternativo para os moradores que utilizam o transporte público. No artigo, a jornalista afirma ser impossível fugir de todos os pontos quentes estabelecidos até então pelo TfL e lembra que eles ainda poderão aumentar, como ocorreu nos últimos dias.

O provável caos no transporte público é apenas um dos problemas para o Comitê Organizador Local lidar na relação com os ingleses. Eles reclamam ainda, dentre outras coisas, do valor inflado dos Jogos, que já foi revisto duas vezes e agora deverá girar em torno dos R$ 27 bilhões.

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