Robert Scheidt defende Star em programa olímpico para Rio/2016

Robert Scheidt defende Star em programa olímpico para Rio/2016 / Foto:  Thomas ScheidtSão Paulo - O velejador Robert Scheidt enviou carta para Goran Petersson, presidente da Isaf, a Federação Internacional de Vela, apresentando seus argumentos a favor da manutenção de sua classe olímpica, a Star, nos Jogos do Rio, em 2016. A disputa da classe está assegurada para a Olimpíada de Londres/2012, mas delegados da Isaf propuseram a exclusão da Star do programa olímpico de 2016. Em vez dos 11 pódios previstos para os próximos Jogos, em 2016 seriam dez na vela.

O Star é o barco mais antigo do programa olímpico - desde 1932. "A força da Star no Brasil e nas Américas certamente atrairá interesse do público e da mídia para os Jogos do Rio", observou Scheidt.

Scheidt esclareceu que ainda não há uma decisão tomada sobre as classes que estarão nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. "Isso será definido em maio, quando a Isaf fará a sua reunião. O que existe é a sugestão de alguns delegados da federação internacional que sugeriram alterações. Como a Star não tem grande representatividade em países da Ásia nem na Austrália e da Nova Zelândia, a área da Oceania, eles preferem optar por barcos mais simples."

O velejador observa que os representantes da Star têm argumentos sólidos na defesa da manutenção da classe no programa olímpico. Podem ser apontados, por exemplo, o ‘brilho’ e a competitividade que a classe traz para a disputa olímpica. "É a continuidade da carreira de vários atletas (ele próprio, nove vezes campeão mundial da Laser e dono de três medalhas olímpicas, mudou para a Star). A classe que concentra as maiores estrelas do iatismo mundial. E que apresenta regatas muito acirradas, decididas metro a metro. Na última Olimpíada, por exemplo, as medalhas só foram definidas na última perna da Medal Race", acrescenta.

Scheidt acha que ainda existe espaço e tempo para uma briga pela manutenção da classe Star, principalmente numa Olimpíada que será no Rio. "O Brasil tem cinco medalhas olímpicas conquistadas na Star, quatro com Torben e uma com a gente (Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram com a prata em Pequim/2008). Seria um baque muito grande para a vela nacional e acho que também para os organizadores dos Jogos e o próprio COB. Nossa batalha tem de ser pela manutenção da 11ª classe, como em Londres", observou Scheidt. No total, a vela, o esporte que mais medalhas deu ao País, tem 16.

O velejador observou que mudanças no programa olímpico são constantes e que já chegaram a retirar a Star uma vez, em 1997, após os Jogos de Atlanta - retornou em 1998. "Eles querem reduzir para dez o número de pódios", observou Scheidt. Existe uma tendência do Comitê Olímpico Internacional, seguida pelas federações de todas as modalidades, de tentar diminuir o número de atletas nos Jogos para evitar o gigantismo.

As dez classes propostas pelos delegados da Isaf, no congresso anual, em Atenas (GRE), segundo o site da entidade: kiteboard, masculino e feminino (avaliação); laser, masculino; laser radial, feminino; uma prova mista da 470; 49er, masculino; Finn, masculino; Elliott 6m, feminino; Skiff, feminino (avaliação); multicasco (avaliação).

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Rugby campeão

Brasil é campeão do Sul-Americano 6 Nações

 
 

 

 
Mascotes

Mais lidas da semana

Curta - EA no Facebook