Vôlei estabelece meta de seis medalhas nos Jogos Olímpicos

Trade: A ideia é que a gente consiga repetir o pódio de ouro e prata do Circuito e ganhar o masculino e o feminino na quadra / Foto: Jordana Ribas/Divulgação

Brasília - Se depender do retrospecto, o vôlei brasileiro pode esperar bons resultados nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
 

Nas areias, desde a estreia da modalidade em Atlanta-1996, o país nunca deixou uma edição do evento sem subir ao pódio. Ao longo dos cinco ciclos, foram 11 medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, seis de prata e três de bronze. Nas quadras, os jogadores também não ficam para trás: nove pódios, sendo quatro de ouro, incluindo o bicampeonato feminino (Pequim-2008 e Londres-2012). Ainda assim, a meta para 2016 é audaciosa.

“Esperamos ganhar seis medalhas no ano que vem. Estamos trabalhando para isso, mas é lógico que pode ocorrer algum tropeço. Nosso foco é dar as melhores condições para que os atletas sejam campeões olímpicos e tragam mais esse título para o Brasil”, afirmou o diretor executivo da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Ricardo Trade. “A ideia é que a gente consiga repetir o pódio de ouro e prata do Circuito e ganhar o masculino e o feminino na quadra”, acrescentou, durante audiência na Câmara dos Deputados na última quinta (15.10).
 
Caso consiga as seis medalhas, o Brasil fará a melhor campanha de todos os tempos na modalidade. Até hoje, as melhores participações do país nos Jogos foram nas edições de 2000, 2008 e 2012, com a conquista de quatro medalhas, somando as disputas nas quadras e nas areias.
 
Em Londres e em Pequim, a seleção masculina de quadra ficou com a prata, enquanto a feminina sagrou-se campeã. Na praia, Alison e Emanuel foram prata na Grã-Bretanha e bronze na China, enquanto Larissa e Juliana ficaram com o bronze em 2012, e Marcio e Fabio terminaram como vice-campeões em 2008. Já em Sydney-2000, além do bronze feminino em quadra, três medalhas foram conquistadas nas areias: pratas com José Marcelo e Ricardo e Adriana Behar e Shelda, e bronze com Sandra Pires e Adriana Samuel.
 
Um ano especial - A alta expectativa para 2016 é baseada nas conquistas que os atletas tiveram ao longo de 2015. “O Brasil sempre teve tradição no vôlei de praia, vencendo campeonatos mundiais e também com medalhas nos Jogos Olímpicos, mas este ano o desempenho foi realmente extraordinário”, exaltou o diretor de Vôlei de Praia da CBV, Fulvio Danilas. Além de ser campeão e vice do Circuito Mundial tanto no masculino quanto no feminino, o país ainda foi campeão mundial na Holanda no masculino e formou um pódio 100% brasileiro no feminino. Nas finais do circuito, os jogadores faturaram o ouro e o bronze nos dois naipes.
 
Como preparação para os Jogos Olímpicos, as duplas convocadas disputarão uma série de torneios internacionais entre janeiro e agosto de 2016. Na última quarta-feira (14), a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) divulgou um calendário provisório para a próxima temporada, com 28 eventos, incluindo disputas no Brasil. Vitória (ES) e Maceió (AL) receberão etapas do Open em janeiro e fevereiro, enquanto o Rio de Janeiro sediará um Grand Slam em março. Além disso, em junho, o Mundial Sub-17 de vôlei de praia será realizado em Cabo Frio (RJ). Segundo Danilas, o esforço da confederação é no sentido de aproximar o público brasileiro da modalidade, já com foco nas partidas olímpicas.
 
Já nas seleções de quadra, a ordem é treinamento. Após a Superliga, que começa no próximo mês e vai até abril do ano que vem, as equipes serão levadas para o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ), onde ficarão concentradas. Em junho, a equipe masculina disputa partidas amistosas na Argentina, enquanto o feminino enfrentará a Polônia. Há ainda jogos da Liga Mundial e do Grand Prix, antes de as seleções retornarem a Saquarema, em julho. Dali, seguirão para a Vila dos Atletas.
 
Basquete e futebol - Além dos representantes do vôlei, a audiência da Comissão do Esporte desta quinta-feira, na Câmara dos Deputados, também recebeu o coordenador de Futebol Feminino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Aurélio Cunha, e o diretor técnico da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Vanderlei Mazzuchini.
 
Os dirigentes ressaltaram as chances de o país subir ao pódio no Rio de Janeiro, no ano que vem. “No futebol feminino, o trabalho é para tentar uma medalha. Não será fácil, o Brasil hoje é a quinta ou sexta força mundial, ao lado de outras seleções importantes”, explicou Cunha, que também disse acreditar em um ouro inédito no masculino, sob o comando do técnico Dunga e com a realização de amistosos no Brasil.
 
Já no basquete, a maior expectativa é em torno da equipe masculina. “Acredito que teremos uma seleção em 2016 com condições de brigar de igual para igual com as melhores do mundo. Temos chances de medalha e seremos competitivos”, destacou Mazzuchini.
 
No próximo dia 22, as modalidades em debate na Câmara dos Deputados serão ciclismo, boxe e hipismo.
 
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