Livro conta as histórias dos brasileiros no Race Across America

Livro relata as dificuldades na competição mais dura do ciclismo mundial / Foto: Divulgação

São Paulo - Foram mais de seis dias pedalando sem parar, 4.800 km cruzados da costa leste a costa oeste dos EUA, 22 cidades ultrapassadas e dezenas histórias de superação, determinação e convivência. Agora, Carlos Galvão, presidente do Grupo Latin, Guto Milano, proprietário da MATEC Engenharia, Ricardo Arap, sócio-diretor da Assessoria Esportiva Race, e Paulo Pontes, CEO da Michael Page, eternizam seus feitos nas 120 páginas de Ciclismo no Limite, da editora Olhares, que será lançado no próximo dia 8 de maio. 
 
Os empresários, que formaram o time Spirit of Brazil atingiram o melhor resultado de uma equipe brasileira na competição, quando completaram o percurso em 6 dias e 18 horas.  Um staff de 13 pessoas deu o suporte necessário para os atletas que se prepararam durante meses para rasgar os Estados Unidos pedalando. 
 
“É uma prova muita longa e complexa, em que o resultado depende de uma série de variáveis não controláveis. Um parafusinho fora do eixo pode comprometer a equipe, e a exposição ao risco de quatro ciclistas e mais treze pessoas de staff é muito maior do que numa prova individual”, explica Carlos Galvão, ciclista e triatleta, que já completou oito provas de Ironman e organiza essa competição no Brasil por meio da Latin Sports.
 
No Race Across America, não basta força e disposição aos atletas. A prova exige navegação complexa, com orientação por meio de mapas e GPS. E também muito equilíbrio psicológico.
 
“No fundo, é uma prova solitária. Você está ali com um monte de gente, mas vive cada momento daqueles sozinho na bicicleta. Mesmo com toda estrutura e o staff atento às suas demandas, é você quem tem que responder para você mesmo, buscar a força certa, a comida certa, o risco certo”, afirma Guto Milano, triatleta desde 1980 e empresário da construção civil.
“Na largada, você está um animal acuado, você vê aquela faixa “aqui começa Race Across America”, marcando 4.800 km até a chegada. Você está com uma bicicleta na tua mão e vai atravessar um continente inteiro”, observa Paulo Pontes, ciclista e presidente de uma multinacional.
 
A prova é feita sem intervalos. Cada ciclista pedala de hora em hora durante o dia e duas horas por turno à noite. O revezamento se dá na estrada mesmo, sem interrupções. Quem não está pedalando vai para o trailer da equipe, para descansar, se alimentar e fazer eventuais manutenções na bicicleta. A concentração é máxima em todo o trajeto.
 
“Eu passei a prova toda administrando a minha ansiedade, chegou na última noite, estava inteiro. Quando vi que todos estavam relativamente bem, eu comecei a fazer conta, sabia que tinha mais três sessões de uma hora para pedalar, eu pensei: “agora eu vou me matar”, Lembra  Ricaro Arap, o mais experiente na prova, tendo participado de 8 edições da Race Across America.
 

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