Mais regular, Rexona-Sesc supera Vôlei Nestlé

Devido ao número insuficiente de adversárias na classe 49erFX, campeãs olímpicas competirão com os atletas do naipe masculino na Copa Brasil / Foto: João Pires/Fotojump

Rio de Janeiro - Vôlei Nestlé e Rexona-Sesc escreveram nesta sexta-feira (3) mais um capítulo na história do maior clássico do vôlei brasileiro. Depois de marcar 3 sets a 2 como mandante, no primeiro turno, o time de Osasco foi superado pelo rival carioca, fora de casa, na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca.
 
A oposta Monique foi eleita a melhor em quadra e o destaque na vitória por 3 sets a 1, parciais de 25/20, 21/25, 25/21 e 25/15. Paula, que entrou ainda no primeiro set, foi a maior pontuadora da partida, com 21 acertos. A equipe do Rio de Janeiro continua líder da Superliga 2016/17, com 56 pontos. Já Tandara e suas companheiras seguem na vice-liderança, com 45. 
 
Tandara fez uma análise da partida e de sua atuação. "Erramos bastante e em um clássico como Vôlei Nestlé e Rexona-Sesc leva quem erra menos. Não soubemos aproveitar nossas chances quando tivemos nosso melhor momento. Particularmente foi meu pior jogo de ataque. É o meu melhor fundamento e não consegui fazer a melhor tomada de decisão. Paciência e trabalho porque teremos pela frente dois jogos importantes e precisamos conquistar os seis pontos. Infelizmente hoje não deu e agora é foco no jogo contra o Renata Valinhos e sabemos que dentro da casa delas será difícil", afirmou a ponteira. 
 
O técnico Luizomar fez suas considerações sobre o duelo. "Esse é um jogo em que os detalhes fazem a diferença e o set que erramos menos do que o adversário foi o que vencemos. Faltou a melhor tomada de decisão nos momentos em que a equipe esteve pressionada. Nosso bloqueio tocou bastante nas bolas, mas nas transições eles foram melhores. Fomos efetivos na primeira ação, mas eles recuperavam na cobertura e vinham na segunda com mais qualidade. Saímos daqui com algumas tarefas para a fase final da competição e nesse nível de confronto temos que ser mais perfeccionistas. Encaramos o time mais regular da competição e o Vôlei Nestlé lutou do início ao fim com uma postura briosa", avaliou o treinador. 
 
Esse confronto foi disputado 82 vezes na história da Superliga e a equipe carioca leva vantagem com 47 vitórias contra 35. Nos últimos 24 jogos pela competição nacional, o Rio de Janeiro soma 14 vitórias contra 10 de Dani Lins e suas companheiras. Somando todos os campeonatos, de 2009 para cá, o time de Osasco está em desvantagem de 16 a 11. Esses são os clubes mais vitoriosos do vôlei brasileiro. São 11 títulos de Superliga e 4 Sul-Americanos pelo lado do Rexona-Sesc. Já a agremiação de Osasco tem cinco conquistas de Superliga, é tetracampeã Sul-Americana e campeã do Mundial de Clubes, em Doha/2012.
 
O Vôlei Nestlé tem mais dois jogos pela fase de classificação da competição nacional, ambos como visitante. O próximo adversário será o Renata Valinhos/Country, na terça-feira (7), às 20h30, no ginásio Pedro Ezequiel e, na sequência, o Genter Vôlei Bauru, no sábado (11), às 14h10, no Panela de Pressão. No primeiro turno, a equipe comandada por Luizomar derrotou ambos os rivais, por 3 a 0, no José Liberatti. 
 
O jogo - Sem passe, o Vôlei Nestlé foi dominado na série inicial. Mesmo com as entradas de Gabi e Clarisse para melhorar a recepção, a equipe visitante não conseguiu reverter o placar desfavorável. Destaque apenas para Paula, que entrou no lugar de Bjelica, e marcou 6 pontos. Resultado: 25/20 para Rexona-Sesc.
 
Até a metade da segunda série, o cenário era o mesmo: 18/14 para as mandantes. Aí a sérvia Malesevic foi para o saque e fez um estrago na recepção do Rexona-Sesc. Tanto que o Vôlei Nestlé empatou em 18/18 e abriu 20/18, com ataque de Tandara e bloqueio de Paula. A partir daí, só administrou a vantagem até fechar em 25/21, com Bia. Paula foi o destaque mais uma vez com 8 pontos.
 
O Vôlei Nestlé não manteve o ritmo na fase decisiva da terceira parcial. Após encostar em 15/16, com um ace de Carol Albuquerque, a equipe se desconcentrou e permitiu que o Rexona abrisse vantagem de 23/18. Após um pedido de tempo, Luizomar "arrumou a casa" e Tandara fez dois pontos seguidos, 21/23. Mas a reação acabou quando o juiz marcou dois toques de Dani Lins, o primeiro do jogo, o que provocou muita reclamação do banco do Vôlei Nestlé. Em seguida, as mandantes finalizaram em 25/21. Tandara fez 6 pontos.
 
O quarto set foi uma repetição bem piorada do anterior. Desconcentrado e com dificuldades no passe, o Vôlei Nestlé foi uma presa fácil. As donas da casa só foram aumentando a diferença até concluírem a série em 25/15 e definirem a partida em 3 a 1.
 
Pelo Vôlei Nestlé jogaram: Dani Lins (2), Bjelica, Tandara (17), Malesevic (6), Bia (9), Nati Martins (9) e a líbero Camila Brait. Entraram: Paula (21), Carol Albuquerque (1), Gabi (1) e Clarisse. Técnico: Luizomar de Moura.
 
Pelo Rexona-Sesc jogaram: Roberta (2), Monique (19), Anne Buijs (13), Gabi (16), Juciely (13), Carol (12) e a líbero Fabi. Entraram: Camila Adão, Helô e Drussyla (1). Técnico: Bernardinho
 
Nestlé busca sexto título - A Nestlé tem uma história vitoriosa no vôlei brasileiro e, até o momento, possui cinco títulos da Superliga. Na década de 1990, o Leite Moça ganhou a competição nas edições de 1994/95, 1995/96 e 1996/97. O time daquele período contava com craques como Fernanda Venturini, Ana Moser, Virna e Leila. A empresa retornou ao esporte em 2009, quando assumiu a equipe de Osasco. Na segunda versão do patrocínio, o Sollys/Nestlé foi campeão em 2009/10 e 2011/12. Os dois troféus foram conquistados sob o comando de Luizomar e o time contava com Carol Albuquerque na primeira e com Camila Brait na segunda. 
 
Osasco também almeja o hexa - Pentacampeão nacional, o clube de Osasco também está na briga por sua sexta taça da Superliga. Com o antigo patrocinador, a agremiação subiu no topo do pódio em 2002/03, 2003/04 e 2004/05. Já com a Nestlé de parceiro, o time foi campeão em 2009/10 e 2011/12.
 
Nutrindo os Sonhos dos Jovens - De olho no futuro e na nova geração do vôlei brasileiro, o Vôlei Nestlé reforçou o DNA de seu projeto ao firmar parceria com o Programa Global "Nutrindo os Sonhos dos Jovens", lançado pela Nestlé na Europa em 2013 e que chegou ao Brasil no final de 2015. O time para a temporada 2016/17 apresenta uma mescla de atletas experientes com jovens que buscam espaço em um clube tradicional como Osasco. Jogadoras vitoriosas e consagradas como Carol Albuquerque, Dani Lins, Tandara e Camila Brait serão as mentoras das novatas. O programa está voltado para a capacitação de jovens para qualificá-los profissionalmente.
 
Tabela da Superliga
 
2º turno:
07/01 - São Cristóvão Saúde/São Caetano 0 x 3 Vôlei Nestlé - Manaus
13/01 - Pinheiros 3 x 2 Vôlei Nestlé - São Paulo
21/01 - Vôlei Nestlé 3 x 0 Sesi-SP - Osasco 
03/02 - Rio do Sul 0 x 3 Vôlei Nestlé - Rio do Sul
10/02 - Vôlei Nestlé 3 x 1 Terracap/BRB/Brasília Vôlei - Osasco 
14/02 - Vôlei Nestlé 3 x 2 Fluminense - Osasco
17/02 - Camponesa/Minas 3 x 0 Vôlei Nestlé - Belo Horizonte
23/02 - Vôlei Nestlé 3 x 0 Dentil/Praia Clube - Osasco
03/03 - Rexona-Sesc 3 x 1 Vôlei Nestlé - Rio de Janeiro (SporTV) 
07/03 - 19h30 - Renata Valinhos/Country x Vôlei Nestlé - Valinhos
11/03 - 14h10 - Genter Vôlei Bauru x Vôlei Nestlé - Bauru (RedeTV)
 
1º turno:
29/10 - Vôlei Nestlé 3 x 1 São Cristóvão Saúde/São Caetano - Osasco 
01/11 - Vôlei Nestlé 3 x 0 Rio do Sul - Osasco 
04/11 - Vôlei Nestlé 3 x 1 Pinheiros - Osasco
12/11 - Sesi-SP 0 x 3 Vôlei Nestlé - São Paulo 
22/11 - Terracap/BRB/Brasília Vôlei 3 x 0 Vôlei Nestlé - Brasília 
26/11 - Fluminense 0 x 3 Vôlei Nestlé - Rio de Janeiro 
03/12 - Vôlei Nestlé 3 x 0 Camponesa/Minas - Osasco 
09/12 - Dentil/Praia Clube 3 x 2 Vôlei Nestlé - Uberlândia 
13/12 - Vôlei Nestlé 3 x 2 Rexona-Sesc - Osasco 
16/12 - Vôlei Nestlé 3 x 0 Renata Valinhos/Country - Osasco 
22/12 - Vôlei Nestlé 3 x 0 Genter Vôlei Bauru - Osasco
 

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