“Não tem pai e filho”, diz Bruninho sobre relação com pai em quadra

Bernardinho é o técnico da seleção, enquanto seu filho, Bruninho, é o capitão / Foto: Divulgação / CBV

Rio de Janeiro – O levantador da seleção Bruninho já está acostumado às críticas que ouve por integrar o time comandado pelo seu pai, Bernardinho. Desde 2007 como titular do Brasil, o jogador de vôlei ainda lida com os comentários sobre ele ser convocado apenas por ser “filho do técnico”.
 
Em entrevista ao UOL, o agora titular da seleção afirma, porém, que a relação paternal que tem com Bernardinho é apenas extra quadra. Dentro das quatro linhas, na hora do jogo, segundo ele, não “tem pai e filho”.
 
“Tem hora que eu chego e falo: ‘está demais’. Porque isso acontece e você tem de se colocar como um deles [jogadores]. Sou um deles. Lá dentro não tem pai e filho. Ele é técnico, o chefe que vai cobrar e exigir. E de vez em quando tenho que bater de frente. Faz parte”, declarou o atleta, de 29 anos.
 
Com um título mundial e duas medalhas de prata olímpicas na carreira até aqui, Bruninho detém a braçadeira de capitão da seleção brasileira. Em dois meses, estará comandando a equipe dentro de quadra na busca pela medalha de ouro na Rio 2016. Por isso volta e meia precisa bater de frente com o pai, na discussão de estratégias e estilos de jogo.
 
“O mais importante é o grupo, o sentimento que eles têm em relação a mim. Será que eles têm confiança de chegar no capitão e falar? Vejo muito mais isso hoje em dia”, emendou o jogador. 
 
Sobre a volta da hegemonia da seleção brasileira masculina no vôlei, Bruninho acredita ser difícil esses tempos voltarem. Para a Rio 2016, admite a pressão mas se vier derrota, conseguirá tirar aprendizados disso. 
 
“A gente aprendeu a ver o Brasil vencer. Fiz parte de vitórias e títulos, e as pessoas e se acostumam. A pressão é para ganhar. Você não busca só medalha de prata e final. Seria hipócrita dizer que só a final está bem. Temos de ser bem firmes em relação a pensamento e sonho. As derrotas de certa forma ensinam”, conclui Bruninho.

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