Em clima olímpico, Brasil estreia no Grand Prix nesta quinta

Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, recebe a primeira rodada do grupo B do Grand Prix / Foto: Bruno Miani/Inovafoto/CBV

Rio de Janeiro - Na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico do Rio de Janeiro, a seleção brasileira feminina de vôlei começa o caminho em busca do décimo primeiro título do Grand Prix. O campeonato, em 2016, é também um momento-chave na preparação rumo ao tri nos Jogos Olímpicos.
 
Faltam menos de 60 dias para o megaevento, o grupo precisa adquirir ritmo e o técnico José Roberto Guimarães tem a missão de reduzir a lista divulgada em abril de 19 convocadas – agora 18, porque a oposta Monique pediu dispensa da seleção – para apenas 12. O Grand Prix vai pesar na escolha e o primeiro desafio é nesta quinta-feira (9.06), a partir das 14h10, contra o jovem time da Itália, campeão do pré-olímpico mundial.
 
“É um time novo de idade, mas que já está rodando há algum tempo. Elas são o futuro do voleibol italiano e o técnico italiano está querendo antecipar isso. Elas vão jogar soltas, sem pressão, e têm jogado muito bem contra todos os times do mundo, Então, precisamos ter atenção”, disse Zé Roberto.
 
Brasil e Itália tiveram 24 encontros em edições de Grand Prix, com 20 vitórias das brasileiras e quatro das italianas. O último jogo entre as duas equipes foi na fase final do Grand Prix do ano passado, com vitória do Brasil por 3 sets a 1.
 
Para o treinador, a equipe brasileira tem melhorado a cada dia nos treinamentos, mas precisa evoluir sobretudo no sistema defensivo. “A gente quer um bloqueio melhor, uma defesa melhor posicionada, contra-ataques saindo com mais velocidade. Ainda está faltando, a gente precisa continuar treinando nesse ritmo, com esse comprometimento”, observou.
 
Testando o nível - O Grand Prix é a oportunidade de checar o nível do time em relação às rivais. Além da Itália, nesta primeira rodada o Brasil enfrenta  o Japão – bronze nos Jogos de Londres 2012 – e a Sérvia, todos classificados para o Rio 2016. “Quando você joga com esses times, começa a ter um parâmetro de como seu time está em relação a elas. A gente está exigindo, exigindo, quer melhorar, melhorar, melhorar, mas a gente tem que ver também como os outros estão”, explicou.
 
“A gente está treinando há muito tempo e realmente querendo jogar para saber como está a equipe. Estamos ainda sem ritmo, então aqui a gente vai ter uma noção de como estamos, e também já do calor brasileiro, da torcida. Esse movimento olímpico a gente já está sentindo”, acrescentou Fabiana, central bicampeã olímpica.
 
Clima olímpico - Na Olimpíada, o vôlei será disputado no Maracanãzinho, mas jogar uma fase do Grand Prix no Rio, ainda que seja em outra arena, é considerado por técnico e jogadoras um teste importante. “É diferente quando a gente joga em casa, nossa torcida é diferente, participa. Neste ano especialmente vai ser bom porque temos os Jogos Olímpicos no Brasil. A participação, a alegria são coisas que contagiam em momento de dificuldade, mas é claro que a gente sente um pouquinho da responsabilidade. A gente trabalha para caramba e quer fazer bonito diante da torcida”, disse a ponteira e campeã olímpica Fernanda Garay, que jogou a última temporada na Rússia, pelo Dínamo de Moscou.
 
Para Zé Roberto, o clima olímpico já é uma realidade no grupo. “O que mais a gente escuta é Jogos Olímpicos. Preparação, logística, contexto, ginásio, a gente fala o tempo inteiro sobre os Jogos. É preparação 24h, ou falando dos adversários ou o que a gente está vivenciando. Não tem como você não viver isso, eu vejo o clima entre elas,  o foco que elas mostram, o assunto é esse”, explicou.
 
Cortes - Até os Jogos, o treinador terá que fazer cortes na equipe para chegar ao número de 12 jogadoras. Das 19 convocadas em abril, além de Monique que pediu dispensa, a levantadora Fabíola também não está com o grupo porque teve filho em maio e ainda não retornou. Outra ausência no treino desta quarta-feira (08.06) na Arena Carioca 1 foi Naiane, também levantadora, que estava com a seleção B na disputa do Torneio de Montreux, na Suíça. As outras 16 participaram das atividades. A central Carol, que torceu o tornozelo esquerdo na semana passada, saiu mais cedo de quadra para tratamento.
 
Em cada semana do Grand Prix, Zé Roberto pode inscrever 14 jogadoras: para as partidas contra Itália, Japão e Sérvia, ficam de fora Carol e Jaqueline. A ponteira, que sofreu uma entorse no joelho esquerdo em 26 de maio e havia ficado de fora dos dois amistosos contra a República Dominicana, em 27 e 29 de maio, também será poupada.
 
Vontade de “mostrar serviço” não falta entre as brasileiras. Uma das disputas mais acirradas para estar na tão cobiçada lista das 12 para os Jogos é entre as centrais. Thaísa e Fabiana são nomes praticamente certos, e a briga é boa entre Adenízia, Carol e Juciely para uma outra vaga. Outra dúvida é quem será a companheira de Dani Lins como levantadora no grupo da seleção. Fabíola precisará entrar no ritmo rapidamente após a pausa para a maternidade, enquanto Roberta quer mostrar todo o seu jogo a cada dia, começando pela primeira rodada do Grand Prix.
 
“Tenho o pé no chão e o Zé já tinha me falado que eu viria como terceira levantadora, mas não vim de cabeça baixa. Estou mostrando meu voleibol e sei que pode rolar uma vaga ou não. Não tem torcida nenhuma contra a Fabíola, mas estou lutando, buscando meu espaço. Não me vejo fora da briga. Já que estou aqui, vou me doar de corpo e alma”, disse Roberta.
 
Sequência - Na próxima semana, o Brasil vai para Macau, na China, e terá como adversárias as donas da casa, Sérvia e Bélgica. Encerrando a fase de classificação, a equipe joga contra Itália, Bélgica e a anfitriã Turquia, em Ankara, no fim de junho. A fase final será na capital tailandesa, Bangcoc, entre 6 e 10 de julho. Zé Roberto já avisou que a decisão sobre as 12 convocadas não será tomada logo após o Grand Prix.
 
“O Grand Prix não é decisivo. São jogos que vamos usar como preparação para os  Jogos Olímpicos.  Nós não vamos cortar logo depois do Grand Prix, tem decisões que vamos levar até muito próximo dos Jogos. Mais desagradável é você reduzir o grupo e depois ter que reconvocar uma jogadora que você cortou. Infelizmente você tem que cortar mais em cima da hora para não correr esse risco”, explicou.
 
Grand Prix- Grupo B – Primeira rodada - Arena Carioca 1
 
09.06 (quinta-feira)
14h10 – Brasil x Itália
17h15  - Japão Sérvia
 
10.06 (sexta-feira)
14h10 – Brasil x Japão
17h15 – Itália x Sérvia
 
12.06 (domingo)
10h05 – Brasil x Sérvia
12h30 – Itália x Japão
 
 

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