Puma vira líder da Volvo Ocean Race

Após mais de 10 mil quilômetros velejados, Puma se torna líder da Volvo Ocean Race / Foto: Amory Ross / PUMA Ocean RacingItajaí (SC) - Após mais de 5.604 milhas náuticas velejadas (10.300 quilômetros), o duelo entre Puma e Groupama na parte final da perna entre Auckland (Nova Zelândia) e Itajaí (Brasil) da Volvo Ocean Race pode ser classificado como match race.

Com diferença entre eles de seis milhas (11 quilômetros), ainda é impossível afirmar quem será o primeiro a chegar ao litoral catarinense. A previsão de chegada em Itajaí, único porto da América Latina desta edição, é sábado (7). A Vila da Regata catarinense, que será o coração da Volvo Ocean Race durante 19 dias, será aberta na quarta-feira (4 de abril).

A disputa barco contra barco pela ponta é travada na costa argentina. As palavras do comandante do Puma, Ken Red, mostram a intensidade do duelo: "A regata será decidida nos últimos 250 quilômetros". Os norte-americanos tomaram a liderança neste domingo (1) e devem chegar até o fim da semana em Itajaí, após 21 dias de aventuras por mares gelados e perigosos, incluindo a travessia pelo Cabo Horn.

"Atravessamos o Oceano Austral com várias tempestades. Não poderíamos imaginar que, depois disso, ainda teríamos uma corrida apertada com diferença de até 200 metros em alguns pontos. Se falássemos isso quando a perna começou, pareceríamos loucos", acrescenta Ken Red, comandante do veleiro norte-americano. "Esse duelo é ótimo para a vela e para os fãs, mas terrível para a minha úlcera".

Ataques e fugas são preparadas a todo momento, já que o vencedor somará importantes 30 pontos para a tabela. "Queremos os pontos para que possamos ter a chance de roubar a liderança do Telefónica", conta Damian Foxall, timoneiro do Groupama.

Por sinal, o Telefónica, terceiro colocado, já passou pelo temido Cabo Horn, depois de fazer reparos no barco no último sábado (31). A chance de encostar nos líderes e vencer a perna, no entanto, é quase nula pela distância superior a 250 milhas náuticas. "Os ponteiros estão ainda muito longe. Os últimos também (Camper e Abu Dhabi). O terceiro lugar parece mais realista, mas tudo pode acontecer. Temos que continuar correndo duro e cortando as milhas", relata Íker Martínez, que conta com o brasileiro Joca Signorini como tripulante no veleiro espanhol.

Vila da Regata aberta ao público na quarta - A Vila da Regata da Volvo Ocean Race em Itajaí, que será o coração da regata de volta ao mundo durante o mês de abril, já está pronta. A abertura oficial será na terça-feira (3 de abril), às 18h, para convidados e imprensa. A abertura para o público acontece no dia seguinte, quarta-feira, às 12h, dando início aos 19 dias de atrações gratuitas concentradas no local. A previsão é de que mais de 150 mil pessoas passem pela Vila entre a abertura e o fechamento, no dia 22 de abril.

Para entreter esse público, a organização agendou shows com bandas e cantores brasileiros, incluindo Os Paralamas do Sucesso (12/4), Nando Reis e os Infernais (13/4), Toni Garrido e Cidade Negra (14/4), Família Caymi (15/4), Mart’nália (19/4), Jorge Aragão (20/4), Dudu Nobre (21/4) e Olodum (22/4). A programação conta também com o projeto "Itajaí Canta Aqui", com apresentação individual dos artistas locais.

Os portões da Vila da Regata serão abertos para visitação pública diariamente às 12 horas. Além dos shows, uma série de opções de entretenimento estará à disposição, como um simulador de vela, cinema 180º (The Dome) e cinema 3D. Paralelamente, será realizada a Expo Náutica Brasil, feira de produtos e serviços voltados à atividade náutica. Para os estudantes, a parada de Itajaí terá visitas monitoradas aos equipamentos disponíveis na Vila.

Parada sustentável - As ações de sustentabilidade marcam a Parada de Itajaí da Volvo Ocean Race 2011/2012 e prometem ser o diferencial do evento. A agenda começou ainda no mês passado, com ação educacional no Dia Mundial da Água e um mutirão de limpeza no Rio Itajaí, que retirou 6,5 toneladas de lixo.

Além disso, o Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), realizará outras ações em parceira com organizações e empresas locais. A estimativa é impactar 1.162.209 milhão de habitantes em 30 municípios catarinenses durante seis meses.

Um dos produtos resultantes da realização etapa da Volvo será um Guia de Critérios de Sustentabilidade para que os impactos ambientais dos eventos realizados em Santa Catarina sejam minimizados. O impacto do evento no meio ambiente foi medido e, para mitigá-lo, várias medidas serão adotadas. A organização do evento, em parceria com o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí e com programas de recuperação de florestas da região, compensará as emissões de gases do efeito estufa. A metodologia aplicada no inventário de emissões também se tornará pública e servirá de modelo para novos eventos.

Eventos esportivos - Apesar do grande número de eventos sócio-culturais da parada, o Itajaí Stopover também tem uma grande oferta de eventos esportivos. Além das chegadas dos competidores (que ainda não tem data definida, mas deve acontecer a partir do dia 7/4), da Regata de Porto (In-Port Race, no dia 21/4) e da Largada (no dia 22/4), ainda estão previstas uma regata Pro-Am, em que convidados participam, em ambiente de competição, em uma regata a bordo dos próprios barcos da Volvo Ocean Race, e clínicas da Academy Team Racing. O programa, patrocinado pela própria regata, envolve clínicas de vela para jovens e competições entre velejadores que participam da ação.

A regata - A Volvo Ocean Race tornou-se um dos eventos esportivos coletivos mais exigentes e emocionantes do mundo. Velejadores utilizam a mais moderna tecnologia náutica para cruzar os cinco continentes do globo, percorrendo aproximadamente 39 mil milhas náuticas (72 mil quilômetros). A competição é realizada de três em três anos e está na 11ª edição. A maior competição de vela oceânica mundial teve início em outubro de 2011, na cidade de Alicante, na Espanha, e irá terminar no dia 7 de julho em Galway, na Irlanda.

A quinta perna, de Auckland, na Nova Zelândia, até Itajaí é considerada a mais estratégica da competição por se tratar de um trajeto cheio de ondas gigantes, ventos frios da Antártica e uma passagem pelo temido Cabo Horn. Além disso, as equipes navegarão 12.417 quilômetros (6705 milhas náuticas) - o maior trecho da competição. A chegada dos barcos ao Brasil está prevista para sábado, dia 7 de abril.

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

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