Estrela do triathlon mundial espera superar má fase em 2011

Em crise, Vanessa Fernandes pretende voltar com tudo em 2011 e garantir uma vaga em Londres 2012 / Foto: Divulgação / Federação Portuguesa de Trithlon

Lisboa - Vanessa Fernandes, a melhor triatleta portuguesa de todos os tempos voltou a ser notícia no final deste ano, quando teve problemas na  concentração da seleção nacional de triathlon no Algarve.

O motivo? Teve dificuldades de ambientar-se inicialmente ao estágio.Apesar dos problemas, Vanessa parece ter se entendido com a rotina de treinamentos. Um alívio para a torcida portuguesa, que espera contar com a mais jovem triatleta da história a conquistar uma medalha olímpica em Londres 2012. Vanessa ficou com a prata  nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, quando tinha apenas 22 anos de idade. Depois do ápice, entrou em crise.

Pequim 2008 pareceu ser apenas o fim de um primeiro ciclo do sonho para uma atleta revelada muito jovem, mas viria a confirmar-se como o início de uma fase cinzenta. De uma atleta superconfiante e quase imbatível, num esporte sobre o qual é privilegiado quem tem mais maturidade, a portuguesa passava a estar constantemente machucada, quando não acidentada (foi vítima de fraturas e de um atropelamento), desmotivada e sem confiança. No início do ano pós-olímpico, deu sinais evidentes de que a carreira poderia terminar ali. 

Um talento precoce

Vanessa Fernandes começou a treinar muito jovem, com apenas cinco anos de idade, motivada pelo pai, o antigo ciclista Venceslau Fernandes. Aos 14 anos, já estava licenciada pela Federação Internacional de Triathlon. Aos 16, estreava em campeonatos europeus juniores, com um 18.º lugar, e no ano seguinte, em 2002, subia ao pódio dessa mesma competição com uma terceira colocação.

Em 2003, se tornava campeã européia júnior e nessa temporada venceria em Madri a sua primeira competição da Copa do Mundo Absoluta, naquela que viria ser a sua especialidade durante anos.

Foi uma arrancada sem limites que Vanessa protagonizou, e isso tudo no meio da adolescência. Em 2004, conseguiria pela primeira vez a participação numa olimpíada. Chegou a Atenas e apesar da pouca idade cruzou a linha de chegada na oitava colocação. Em 2005, passou a coleccionar triunfos em provas da Copa do Mundo. Ganhou em Madri entre 2003 e 2008; bateu o recorde mundial de vitórias no principal circuito mundial da Copa do Mundo (20) e, entre os anos de 2006 e 2007, parecia uma máquina. Foi segunda no Mundial de 2006, em Lausanne, e conquistou em 2007 o Campeonato Mundial, em Hamburgo, vencendo, nesse período, com grande vantagem a Copa do Mundo.

Os números demonstram o nível que Vanessa chegou. Entre 2006 e 2007, a jovem triatleta portuguesa competiu em 22 triathlons ou duathlons e ganhou por vinte vezes (não ficou com a vitória em no Mundial de Lausanne, em 2006, e na Copa do Mundo de Mooloolaba, na Austrália, no início de 2007).

A primeira desistência

Porém, 2008 começou com uma pessão sobre uma atleta ainda muito jovem, que era obrigada a ganhar sempre. Em Pontevedra, numa prova da Copa da Europa, desistiu pela primeira vez na carreira. No Mundial de Vancouver, culpando as águas frias, foi apenas a décima classificada. Logo depois, no último grande teste pré-olímpico, em Hamburgo, voltaria a desistir.

Apesar da fase, Vanessa foi para a China e voltou com a medalha de prata no pescoço. A atleta reconhece agora que teria competido muito e enquanto era muito nova. Confessou ainda que passou a olhar mais para si e a pensar no que poderia aproveitar da vida de uma jovem que antes só pensava em treinar e competir.

A crise de confiança levou a resultados totalmente adversos. Primeiro um 16.º posto na Copa da Europa de Quarteira, em 2009. Depois, as desistências passaram então a ser mais regra do que exceção. Três vieram seguidas, em 2009, no Mundial de Kitzbuhel e nas Copas do Mundo de Londres e Goald Cost.

Vanessa cortou trocou o seu antigo técnico, Sérgio Santos, e deixou o Centro de Alto Rendimento do Jamor, voltando para casa e passando a ser orientada por Paulo Colaço. Uma vitória no início de 2010 na Copa da Europa de Quarteira parecia indicar que esse seria o retorno da máquina, mas os atuais limites foram confirmados com um 10.º lugar na sua especialidade, a Copa do Mundo de Madri.

Foi o último triathlon que Vanessa completou, mas, após os problemas sentidos no início do seu estágio no Algarve, diz agora que tem de novo os obetivos perfeitamente definidos. Aos 25 anos, quer marcar presença nos Jogos Olímpicos de Londres e encara o ano de 2011 como uma grande rampa para conseguir chegar em Londres 2012 de novo como máquina.

 

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