Por Tóquio 2020, Japão quer tirar suástica de mapas; entenda
Rio de Janeiro - Um documento, lançado pela Autoridade de Informação Geoespacial (GSI) japonesa, traz um conjunto de novos símbolos que deverão estar nos mapas turísticos do país a fim de se aproximar do padrão utilizado no Ocidente e facilitar a vida dos turistas que irão a Tóquio para os Jogos Olímpicos de 2020.
O objetivo é, também, uma tentativa de evitar uma polêmica e um desconforto internacional do Japão com o resto do mundo. Isso porque um dos símbolos utilizados historicamente para representar os templos é uma suástica. Agora, serão substituídos por um pagode de três andares, como você vê na foto.
A Mani, como é pronunciada a suástica no Japão, tem um significado bem diferente daquele atribuído por Hitler, na época de construção de seu império nazista. Por lá é um símbolo sânscrito, que significa boa sorte ou bem estar. O uso, feito há milênios por budistas e jainistas, gera polêmica desde o fim do nazismo.
"Para criar uma nação orientada ao Turismo e para facilitar a vida dos que estarão na Olimpíada de 2020, o Japão precisa criar um ambiente propício para isso. Assim os turistas poderão tranquilamente tomar transporte público e escolher hotéis. Por causa disso, é especialmente importante disseminar mapas multilíngues que facilite a vida dos estrangeiros", trouxe o GSI em nota oficial.
Diversos japoneses, porém, são contrários às mudanças e à "ocidentalização" do país. "Os japoneses estão divididos quanto à utilização de novos símbolos. Ainda vamos levar um tempo até fazer as mudanças. Temos de dialogar com diversos entes govermamentais", afirmou Takayuki Nakamura, chefe do GSI.