Seleção feminina de luta ficará concentrada no Rio até 2016

Medalha de prata no Mundial de 2014, Aline Silva é uma das atletas da Seleção Brasileira / Foto: CBLA / Divulgação

Rio de Janeiro - Todas as atletas da Seleção Brasileira feminina de luta olímpica passarão a morar no Rio de Janeiro, em regime de concentração total, visando aos Jogos Olímpicos de 2016. 
 
As seis lutadoras que moram atualmente fora da cidade ocuparão uma casa de três quartos, para facilitar o deslocamento para o Centro Nacional de Alto Rendimento, na Tijuca, ou para o Centro de Treinamento Internacional no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, da Marinha), na Penha.
 
“Decidimos que vamos mantê-las todas no Rio. É um passo que tinha de ser dado. Estamos demarcando o caminho para medalha olímpica”, afirma o presidente da Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA), Pedro Gama Filho. “Ficarão concentradas e treinando juntas até 2016”.
 
Segundo o dirigente, metade da equipe ficava no Sesi-SP e metade no Rio. “Todas vão continuar defendendo seus clubes, mas o trabalho será 100% com a Seleção. Elas mesmas buscavam isso, o treinamento conjunto permanente. De qualquer forma, não existe esse status de titulares fechado até os Jogos Olímpicos. Temos de manter a motivação, não deixar que se acomodem”, acrescenta.
 
Os treinos ficarão a cargo do técnico cubano Ángel Aldana – “que tem a confiança total das atletas”, segundo o presidente da CBLA, e também do técnico Pedro Miguel.
 
Com a seletiva realizada no início deste mês, o grupo feminino ficou assim:
 
categoria 48 kg - Susana Santos (RJ), Caroline Soares (RJ) e Kamila Barbosa (SP)
Categoria 53 kg - Giulia Penalber (RJ), Gracianne Helena (RJ) e Camila Farma (SP)
Categoria 58 kg - Joice Silva (RJ) e Josimara Rodrigues (MG)
Categoria 63 kg - Laís Nunes (SP) e Dailane Gomes (RJ)
Categoria 69 kg - Gilda Oliveira (SP)
Categoria 75 kg - Aline Ferreira Silva (SP)
 
Mundial classifica para Rio 2016 - O primeiro torneio do ano será entre o fim deste mês e início de fevereiro: o Grand Prix de Paris. Na sequência, as brasileiras ainda farão um período de treinamentos na capital francesa. De 13 a 15 de fevereiro, elas estarão em Kipplan, na Suécia, que sedia um tradicional torneio feminino de luta livre (as mulheres não competem na modalidade greco-romana, onde não se utilizam as pernas).
 
De destaque neste ano, ainda haverá o Pan de Luta Olímpica, em Santiago, no Chile, de 24 a 26 de abril, classificatório para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, com a competição da luta olímpica sendo realizada de 15 a 18 de julho.
 
Antes de seguir ao Canadá, as brasileiras terão novo período de treinamento no Japão e um camping já marcado para Las Vegas, Estados Unidos, onde será o Mundial, de 7 a 13 de setembro, por sua vez classificatório para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O Brasil tem quatro vagas garantidas, como país-sede, mas vai brigar por mais, por classificações.
 
“O Japão tem a melhor seleção feminina do mundo na luta olímpica”, lembra Pedro Gama Filho. “Conseguimos passar essa fronteira difícil de treinar com asiáticos em 2014 e os japoneses gostaram muito. Tanto que vieram para a Copa Brasil (em dezembro passado). E muitas das seleções que participaram também vieram para cá por causa do Japão. Temos um bom relacionamento com o Japão para intercâmbio. E vamos seguir com ele pelo menos até a gente começar a incomodar as japonesas”, diz o dirigente, bem-humorado.
 
Veja Também: