Diogo Silva vira comentarista de TV e critica Spider: "marketing"

Diogo Silva, em Londres 2012 / Foto: Bruno Santos / Terra

Rio de Janeiro - Campeão pan-americano nos Jogos do Rio, em 2007, e semifinalista olímpico em Londres 2012, Diogo Silva embarca num novo desafio a partir de agora, como comentarista de TV. O contrato assinado com a ESPN, no entanto, não abafa o sonho de estar nos Jogos Olímpicos de 2016. 
 
"Sigo lutando e trilhando o meu caminho, fazendo viagens para competir e somar pontos no ranking. Não fui para o Pan porque não concordei com o processo de seleção adotado pela Confederação", explica, em entrevista ao UOL Esporte. 
 
Para Diogo, as seletivas foram injustas. "Fizeram várias seletivas e os atletas chegaram muito cansados, tanto que tivemos um resultado muito ruim (duas medalhas de bronze). Por não concordar com o processo, preferi ficar de fora e focar no meu próprio caminho. Tenho este desejo de competir em uma Olimpíada em casa", destaca. 
 
Como país sede, o Brasil tem quatro vagas garantidas (duas no feminino e duas no masculino) e os atletas ainda não foram definidos pela Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTkd). 
 
"Não sabemos como vai ser o modelo que a Confederação adotará nas categorias na qual escolher a vaga. Mas nos bastidores, escuto que será uma seletiva aberta, na qual poderá participar qualquer lutador que é faixa preta. Seria algo surreal, pois é injusto com os atletas que investem para figurar no ranking mundial e aí enfrentam qualquer um", disse Diogo, atualmente 75º na categoria até 68 kg, com o brasileiro Gustavo Almeida à sua frente (43º). 
 
Caso Spider - A respeito da postura do atleta de MMA Anderson Silva, que disse em junho estar em busca de uma vaga olímpica na modalidade, Diogo foi taxativo em deslegitimar a posição. 
 
"Conheço o mundo da publicidade e marketing esportivo. Ali foi uma jogada de marketing para fugir da questão que estava tendo no UFC (doping). Foi algo genial. Mas é muito inocente da parte de um administrador não ter conhecimento sobre isso e aceitar tal proposta", conta. 
 
Para o campeão pan-americano, Anderson nunca participaria. "Tinha certeza que ele não ia participar do processo. Respeito-o por sua trajetória como atleta, mas ai foi marketing. Se o Anderson tivesse a perspectiva de atrelar seu nome para ajudar no crescimento do esporte, eu seria um grande apoiador", conclui.
 
Veja Também: