Superliga 16/17: Ananda, a capitã pinheirense

Conheça um pouco da história da levantadora Ananda Marinho, atual capitã do E.C.Pinheiros / Fotos: Ricardo Bufolin/ ECP

São Paulo - No auge dos seus 27 anos, Ananda Cristina Marinho (#14 Ananda), é uma das jogadoras mais experientes do grupo nesta temporada da Superliga 16/17 e atualmente exerce a função de capitã do time, fazendo a ponte entre a equipe e a comissão técnica.
 
A levantadora, conta que nunca teve nenhum outro atleta na família e que o seu interesse pelo vôlei veio através de um professor de educação física. “Eu sempre gostei de vôlei e no colégio tinha um professor de educação física muito bom, ele dava todas as modalidades, daí eu cheguei a praticar de tudo, mas o vôlei era o que eu mais gostava”.
 
Ananda tinha 11 anos, quando viu que o seu futuro estava no vôlei e pediu para que os pais procurassem um lugar em que ela pudesse jogar. “Como nós morávamos próximo de Osasco, eu comecei lá no Núcleo de Formação. Com seis meses eu já fui para categoria de base e fiquei a minha base inteira, o pré-mirim e o juvenil, no Osasco”, ela conta.
 
Além de despertar o interesse pelo esporte, o antigo professor também influenciou Ananda de outra forma, já que hoje a atleta também é formada em educação física. E apesar de ainda não pensar na aposentadoria e achar que ainda tem muita coisa para viver dentro da modalidade, ela já faz planos para o futuro.
 
“Quando eu entrei na faculdade eu fiquei com muita vontade de trabalhar com algo mais voltada para idosos, destinado a reabilitação de “grupos especiais”, como hipertensos e obesos. Eu fiz bastante cursos especializados para estes grupos e eu gosto muito, tenho muita vontade de daqui alguns anos abrir uma clínica minha e trabalhar com este tipo de público”.
 
Fora das quadras a jovem prefere usar o tempo livre para curtir a família. “Eu sempre procurei times em São Paulo, justamente para poder estar aqui perto da família. Esta é minha terceira temporada no Pinheiros e eu moro com a minha família super perto daqui, então para mim é ótimo”, ressalta a jogadora.
 
A única distância que Ananda teve que aprender a conviver, é a que separa ela do noivo, que é jogador de futsal e atualmente joga da Itália. Os dois procuram administrar o relacionamento de acordo com as rotinas.
 
“É muito difícil manter um relacionamento a distância, eu não vou dizer que é fácil, porque não é, mas sempre que possível estamos juntos. Muitas vezes nas minhas férias eu passo uns dois meses lá com ele”.
 
A levantadora afirma que ela e o noivo pretendem casar em breve e que assim como boa parte das mulheres, ela também sonha em ser mãe. “A gente tem muita vontade de ter um filho, quem sabe daqui uns 3 ou 4 anos. E uma coisa que nós já havíamos combinado há um tempo atrás, é que quando nós nos casarmos, esta distância não ia mais existir. Como vai ser nós vamos resolver ainda”, ela comenda em tom descontraído.
 
Em relação a carreira dentro do vôlei, Ananda afirma que não enxerga o fato de ser capitã como um “fardo” e sim como uma motivação a mais. “Eu fiquei muito feliz quando ele me escolheu. Nosso grupo é muito novo, então eu acho que eu fui escolhida não só por ser uma das mais experientes e o Paulinho já me conhecer há muito tempo, mas também pela parte da liderança. As meninas me ouvem bastante, eu tenho uma abertura legal para falar com todo mundo”.
 
A atleta ressalta que o esporte tem um papel de destaque na sua vida e que apesar de acreditar que ter ambição é algo necessário, acredita também que é preciso também sempre manter os pés no chão.
 
“Tudo que eu tenho hoje foi o esporte que me proporcionou, desde bolsa em faculdade, que fez com que eu conseguisse me formar, hoje em dia são poucas atletas que já são formadas, até conhecer lugares novos, ter as minhas coisas materiais a minha estabilidade financeira. Eu prefiro não pensar no que ainda falta para mim alcançar dentro do esporte. Hoje o meu objetivo é que o Pinheiros faça uma excelente Superliga, que eu consiga ajudar o time a chegar além do que foi o ano passado. Nesta nossa vida não dá para fazer planos muito longos, tem que ser a curto prazo, pois a gente nunca sabe o que pode acontecer”, conclui a capitã pinheirense.
 
Pinheiros na Superliga 16/17 - O Pinheiros terminou o primeiro turno da temporada em sétimo na tabela, com 05 vitórias em 11 jogos.
 
A ponteira Maira (#5), foi uma das jogadoras que se destacaram no primeiro turno. Com cinco pontos de saque em uma partida, foi quem mais marcou neste fundamento.
 
O time já começou o ano com o pé direito, estreando com vitória no primeiro jogo do returno no último sábado (07), jogando  contra o Terracap/BRB/Brasília Vôlei, na casa das adversárias, onde ganhou por 2x3 (21-25; 25-19; 23-25; 25-20; 14-16).
 
O próximo desafio do E.C. Pinheiros será na sexta-feira (13), jogando em casa contra o Vôlei Nestlé, a partir das 19h30.

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