Mundial Júnior: Dinamarca, Alemanha, França e Egito fazem semifinal

Dinamarca se classificou de forma heróica / Foto: Eugênio Sávio

Minas Gerais - Os quatro semifinalistas do Mundial Júnior Masculino de Handebol foram definidos nesta quarta-feira (29) nas cidades mineiras de Uberaba e Uberlândia. Em quatro partidas emocionantes, Dinamarca, Alemanha, Egito e França se garantiram na próxima fase, que será disputada na sexta-feira (31), na Arena Multiuso Tancredo Neves, o Sabiazinho, em Uberlândia. Nos cruzamentos, a Dinamarca enfrenta a Alemanha, às 15h30, e a França joga com o Egito, às 18h. Os vencedores fazem a grande final no sábado (1º), no mesmo local. 

As equipes que perderam hoje se enfrentam em duas rodadas para definir as posições de quinto a oitavo lugares. 
 
Pelas eliminatórias, o 'Dream Team' da Suécia não teve vida fácil contra o Egito na primeira partida das quartas de final em Uberaba. A duas equipes começaram muito fortes, com um ritmo acelerado. Os suecos, atuais campeões, como sempre, com um ataque impecável, já o Egito com destaque na defesa, o que possibilitava também os contra-ataques adversários. Os egípcios conseguiram começar na frente e ficar assim até o fim do primeiro tempo, quando com um ataque pela ponta de Niklas Mork, a Suécia que já havia empatado, passou à frente. Porém, os egípcios não desistem nunca. Foram buscar e conseguiram terminar o primeiro tempo empatados em 15 gols. 
 
O segundo tempo foi um duelo gol a gol do início ao fim. Com as duas equipes empatadas em 27 gols e o cronometro faltando menos de um minuto, o Egito conseguiu passar à frente com um belo gol de Mohab Hossan. A Suécia, então, partiu em contra-ataque rápido, mas foi parada por uma espetacular defesa do goleiro Mohamed Akram Abdelbaset, que garantiu a vitória para o Egito por 28 a 27 (15 a 15) e a classificação. 
 
A vitória deu ao Egito a esperança de voltar a repetir o resultado de 1993 em casa, quando subiu ao lugar mais alto do pódio. Na época, o técnico da equipe Wael Abdelaaty Sayed Alyestava estava dentro de quadra e tudo que quer é ter o mesmo sentimento daquela época. "Eu me sinto muito feliz. Essa vitória foi algo como quando fomos campeões em 1993 e eu ainda era jogador", confessou. Sobre a partida, ele garante que a equipe entrou sem nenhum medo por estar enfrentando os atuais campeões. "Nós fizemos nossa parte hoje e somente jogamos o que tínhamos que jogar", acrescentou. 
 
Na sequência, França e Romênia protagonizaram um jogo eletrizante, cheio de velocidade e muitos contra-ataques. Porém, os franceses foram bem mais completos e colocavam a bola no gol da forma que queriam. Somado a isso, o goleiro Julien Salmon estava em um dia excelente, acabando com as tentativas do romenos, para fechar a primeira parte em 17 a 8. No segundo tempo, a diferença foi ainda mais ampliada, apesar dos romenos não desistirem. Os jogadores franceses pareciam voar na quadra e mostraram que mereciam estar nas semifinais. No fim, o marcador apontava 30 a 20. 
 
Já em Uberlândia, a partida entre Espanha e Dinamarca foi equilibrada do começo ao fim, mas sempre com vantagem espanhola, com destaque para as jogadas de pivô. Os dinamarqueses, porém, não deixaram os adversários se distanciarem com as boas defesas de Kristian Pedersen e terminaram o primeiro tempo apenas dois gols atrás (12 a 10 para a Espanha). Na segunda etapa, a Dinamarca continuou a perseguição aos espanhóis e conseguiu um empate aos 14 minutos, mas logo a Espanha retomou a vantagem. Faltando dois minutos para o fim do jogo, a Dinamarca fez o gol da virada com Sebastian Hennenberg, e segurou a vantagem até o final para fechar a partida em 22 a 21 e, de forma dramática, garantir a seleção nas semifinais do Mundial Júnior.
 
Treinador da Dinamarca, Claus Hansen, parabenizou a equipe. "A Espanha joga um handebol no mesmo nível que o nosso, mas com estilo completamente diferente. Estou orgulhoso dos meus jogadores. Foi uma partida que demandou muito esforço físico. Nossa defesa foi bem e nosso goleiro fez grandes defesas", disse.
 
Já o duelo entre Bielorrússia e Alemanha contou com o show dos pivôs Mortiz Preuss, da Alemanha, e Artsem Karalek, da Bielorrússia. Apesar de ambas equipes se mostrarem muito bem na defesa, a categoria dos dois pivôs se sobressaía e, por isso, eram sempre procurados no ataque. Com o mesmo nível de handebol apresentado, a Alemanha fechou o primeiro tempo com dois gols de vantagem (19 a 17). Na segunda etapa, a equipe alemã se mostrou mais efetiva no ataque e começou a abrir vantagem, que chegou a sete gols. Mesmo com uma virada improvável, a Bielorrússia continuou com tudo, mas não conseguiu se recuperar e a Alemanha venceu por 43 a 37.
 
Artilheiro da partida com impressionantes 17 gols, o pivô alemão Mortiz Preuss falou do estudo que fizeram para neutralizar a Bielorrússia. "Assistimos muitas jogadas e sabíamos dos pontos fortes deles. Vimos que a Bielorrússia marca alto e soubemos aproveitar isso", afirmou. "Acho que nunca marquei tantos gols em apenas um jogo", acrescentou Preuss.


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