Brasil é goleado pelos EUA em torneio que era para ser evento teste

Equipe brasileira se reúne antes do início do terceiro quarto / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - A seleção brasileira feminina de polo aquático enfrentou, nesta segunda-feira, na piscina do Botafogo, no Rio de Janeiro, seu maior desafio no Rio Water Polo. E não conseguiu se sair bem. As americanas, atuais campeãs olímpicas e mundiais, impuseram forte ritmo de jogo no segundo e no quarto quartos e saíram da água com uma vantagem enorme: 18 a 4 no acumulado. 

Com uma fina garoa e algumas dezenas de pessoas nas arquibancadas do Mourisco, sobretudo amigos, familiares e equipe técnica de ambas as seleções, o Brasil entrou na piscina depois de derrotas para China, Holanda e Canadá. 

O Rio Water Polo começou na sexta-feira, dia 15, e termina na próxima quarta, 18. Reunindo seis das melhores seleções de polo aquático do mundo atualmente, o evento foi pensado para ocorrer nesta data, mas como evento-teste das Olimpíadas. A indefinição do local do polo na Rio 2016, no entanto, impediu que ele ocorresse dessa forma. A última indicação do Comitê Rio 2016 indica que a modalidade será disputada no Maria Lenk e na piscina do Complexo de Deodoro. 

O jogo - As meninas do Brasil entraram em campo humildes, cientes de que uma vitória sobre a melhor equipe do mundo seria pedir demais. Mas buscaram um jogo parelho no primeiro quarto, chegando a empatar em 1 a 1 nos primeiros minutos. 

Marianna Rugê e Viviane Bahia, ambas entraram na piscina contra os EUA nessa segunda-feira / Foto: Esporte Alternativo

O segundo quarto, porém, ficou marcado pelo forte ataque das americanas. "Cada quarto é um quarto e a gente tomou seis gols no segundo quarto. Aí no terceiro quarto a gente conseguiu manter um 2 a 1, só que aí caiu o rendimento de novo e dai a gente tomou todos esses gols", analisa a jogadora Viviane Bahia para o Esporte Alternativo após o jogo. 

Viviane se refere à chuva de gols sofrida pela defesa brasileira nos últimos dois minutos. Foram ataques um atrás do outro. "Como eles estão acostumados a ter muito contra ataque, muito volume de jogo, o técnico provavelmente não deve ter ficado satisfeito com o resultado de 2 a 1 no terceiro quarto, dai ele mandou nadar, nadar. E por isso que elas começaram a pegar o volume", emenda a brasileira. 

Outra que se arriscou na análise foi Marianna Rogê, atacante. A jogadora acredita que a falta de Izabella Chiappini, com o ombro lesionado, foi preponderante para derrota com placar largo.

"Eu acho que a gente está sem uma peça importante do nosso time. Uma das nossas melhores atacantes, a Isa, ela teve um problema no ombro. É diferente jogar sem ela, mas os Estados Unidos é um time forte, atual campeão olímpico e melhor do mundo hoje em dia. Então cada jogo é diferente, tem uma pegada. Em Kazan era um campeonato mundial então a gente estava se comportando de forma diferente", finaliza. 

O Brasil ainda joga contra a Austrália nesta terça-feira e ainda não pontuou no campeonato, sendo já impossível se classificar para as partidas finais.

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